A pesquisa Datafolha sobre as eleições municipais em Fortaleza indagou a forma como o eleitor o que pesa mais para o eleitor ao decidir o voto para vereador.
Mais de um quarto dos entrevistados, 26%, destacou a afinidade de valores e ideais políticos com o candidato como o aspecto crucial.
Para 19%, ter um passado político conhecido e honesto é o fator de maior relevância na decisão de candidato.
Para 13%, a resposta se aproxima do perfil tradicional do chamado "vereador de bairro". Esses consideram como mais importante o parlamentar conseguir obras e serviços para aquela região da cidade.
Há 9% que citam como fundamental a crença em Deus, numa demonstração da atual relevância da religião como influência eleitoral. Mesmo percentual dos que falam da experiência administrativa como determinante.
Outros 7% escolhem candidato nascido no bairro. Para 5%, o que mais influencia é a afinidade partidária, o escolhido pertencer a uma legenda com a qual o eleitor simpatize.
Para 3%, a busca é por um representante na Câmara Municipal que seja da mesma categoria profissional.
Há 2% que querem uma proximidade maior e votam em quem é conhecido deles próprios ou da família. E 1% afirmam que o fator preponderante é o apoio de políticos importantes.
As motivações podem variar bastante conforme a geração. Entre os mais velhos, com 60 anos ou mais, apenas 12% acham fundamental o candidato à Câmara Municipal ter valores e ideais políticos próximos aos do eleitor. Entre os mais jovens, no eleitorado de 16 a 24 anos, o índice vai a 39%.
Esse quesito também pesa mais entre quem tem ensino superior, segmento no qual chega a 42%. Entre os que têm ensino fundamental, o percentual é de 8%.
Também há mudança grande conforme a renda. No segmento com ganhos familiares mensais até dois salários mínimos, 21% buscam a identidade de valores e ideais. Na faixa acima de cinco salários mínimos, são 42%.
O aspecto religioso tem maior influência na faixa de 35 a 44 anos e de 45 a 59 anos. Em ambos os casos, o índice atinge 12%. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos, o percentual fica em 6%.
A crença em Deus também é tida como o mais importante na faixa de menor escolaridade. Para quem tem ensino fundamental, o critério é adotado por 17%. No recorte com ensino superior, são 5%.
Do ponto de vista da renda, 12% dos que têm renda familiar de até dois salários mínimos acham a fé a característica determinante na opção. Entre aqueles com ganhos mensais da família acima de cinco salários, o percentual cai para 4%.
A religião é mencionada como preponderante para 6% dos católicos. Entre evangélicos, o índice vai a 19%.
Os eleitores que não se identificaram com nenhum dos aspectos somaram 4% e 2% disseram não saber o que mais importa na decisão de voto.
A pesquisa foi realizada nos dias 20 e 21 de agosto de 2024. Foram realizadas 644 entrevistas em toda a cidade de Fortaleza.
A margem de erro máxima para o total da amostra é de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com número CE-08395/2024.