Os Estados Unidos advertiram ontem que o ataque com mísseis contra Israel terá "consequências", sobre as quais começou a conversar com o país aliado.
"Os Estados Unidos apoiam totalmente Israel", ressaltou o presidente Joe Biden, acrescentando que há conversas em andamento sobre uma resposta. Ele considerou o ataque do Irã "ineficaz", e ressaltou que a agressão foi interrompida pelas forças israelenses, com o apoio americano.
"É totalmente inaceitável, e o mundo tem que condená-lo", disse o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. O Irã disparou ontem o dobro de mísseis do ataque anterior, em abril, anunciou o Departamento de Defesa americano. Segundo Blinken, foram disparados cerca de 200 mísseis balísticos.
O ataque iraniano ocorreu um dia após Israel anunciar operações militares terrestres contra o Hezbollah, aliado do Irã, no sul do Líbano, uma semana depois de intensos bombardeios contra o movimento islamita libanês, que deixaram centenas de mortos em todo o país.
"Certamente deve haver consequências para o Irã por esse ataque", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
"Não vou entrar em quais são estas consequências hoje, mas há coisas que vamos coordenar com nossos colegas israelenses".
Miller ressaltou que o Irã não informou os Estados Unidos sobre o ataque, mas que soube que mísseis balísticos seriam lançados contra Israel.
A escalada de violência também ganhou a campanha eleitoral americana. Enquanto Kamala Harris, candidata democrata, apoiou Israel e chamou o Irã de "força desestabilizadora", o republicano Donald Trump criticou a Casa Branca.
"O mundo está fora de controle. Temos um presidente omisso e uma vice ausente", disse. "Quando eu era presidente, o Irã estava completamente sob controle." (das agências)