A vitória de Donald Trump em 2024 marca um capítulo controverso na política dos EUA. Aos 78 anos, ele se torna o presidente mais velho e o único a assumir o cargo com uma condenação criminal e três processos em andamento e além de receber um impeachment.
Após a vitória, Trump declarou que ela seria uma vitória para o povo americano, prometendo "tornar a América grande novamente". Críticos, no entanto, alertam para os riscos de polarização crescente, ataques às instituições democráticas e um discurso de ódio que divide a sociedade e desafia as normas estabelecidas.
Trump foi condenado por fraude contábil relacionada para evitar um escândalo sexual. Ele também enfrenta três processos enquanto réu: por interferir nas eleições de 2020 na Geórgia, por incitar a invasão do Capitólio em 2021 e por reter documentos confidenciais da CIA após deixar a presidência.
A campanha de Trump, centrada em questões como imigração, economia e inflação, resultou em sua vitória ao conquistar os estados-chave, assegurando os 270 delegados necessários. Sua vitória no voto popular, a primeira de um republicano desde 2004, evidencia o apelo do discurso nacionalista e suas promessas de "restaurar" os Estados Unidos.
Kamala Harris, primeira mulher negra e asiática-americana a concorrer à presidência da Casa Branca gerou grandes expectativas como defensora da democracia e dos direitos humanos. Seu discurso na Convenção Nacional Democrata, que enfatizou suas origens imigrantes, conectou-a a eleitores afetados pelo racismo e discriminação.
Contudo, não obteve uma vantagem significativa entre negros, jovens, mulheres e hispânicos, que foram decisivos para a vitória de Trump. Esse resultado levanta questões sobre o futuro das democracias, o impacto dos discursos populistas e o papel das redes sociais na mobilização de eleitores, inclusive em minorias tradicionalmente democratas.