O presidente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia-CE), Luis Carlos Queiroz, também associa o crescimento da GD à expansão da cadeia solar fotovoltaica.

"As expectativas são as melhores possíveis para o ano que vem, quando estamos esperando instalar 13 GW de geração solar. Ou seja, continuaremos com um crescimento de dois dígitos em termos de gigawatts de instalação no Brasil", projetou.

"É impressionante imaginar que isso basicamente aconteceu nos últimos cinco ou seis anos. As perspectivas continuam muito firmes, embora tenha havido o aumento do imposto de importação, que foi elevado para 25%", disse Queiroz, citando decisão recente da Câmara de Comércio Exterior que mudou a alíquota do de importação de células fotovoltaicas, visando estimular a produção local dessa tecnologia.

E o potencial de crescimento da GD no Ceará e no Brasil se concentra, mas não se resume ao uso da radiação solar. Além do biogás, citado no início da reportagem, a Aneel aponta outras dez fontes de geração distribuída, incluindo a eólica, a hidráulica e o gás natural, por exemplo.

Sendo assim, não é de se estranhar caso até o fim da década, esse número anual de novas conexões siga quebrando recordes, ainda mais em um contexto de transição energética, com a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis.