Em tempos de celebrar o nascimento de Jesus, o homem que veio ao mundo para nos ensinar o valor da humildade, da justiça e do amor ao próximo, reflito sobre os significados das nossas vidas e me questiono se seguimos corretamente os ensinamentos de Cristo.
Imagino o que Ele sente ao ver a desigualdade entre o que Fortaleza entrega para os turistas que visitam a Beira-Mar, com tanta beleza, e os moradores de assentamentos precários no Jangurussu, sem acesso a serviços essenciais. Essa disparidade é injusta, desumana e os fortalezenses demonstraram, em outubro último, que não aceitam mais viver realidades tão distintas numa mesma cidade.
Para a maior parte dos fortalezenses, um futuro com oportunidades depende da atuação do poder público. Dessa forma, na expectativa de iniciar os trabalhos como prefeito de Fortaleza, a partir de 1º de janeiro de 2025, já sinto o tamanho da responsabilidade que me foi dada, muitas vezes passada por mensagens de confiança e fé das pessoas que, apesar de pouco assistidas, conservam no seu sorriso mais sincero o sentimento de busca pela renovação.
É justamente nessas interações que me abasteço de energia e disposição para escrever novos capítulos da história de nossa cidade. Teremos uma Fortaleza que olha para seus filhos e filhas mais vulneráveis com o carinho e a atenção que merecem. Uma Fortaleza onde a desigualdade será enfrentada com coragem e compromisso, acolhendo e empoderando aqueles que hoje se sentem invisíveis.
Esta mudança passa, inevitavelmente, pelas pessoas, e para isso estamos montando uma equipe com gestores e colaboradores afinados na missão de promover a justiça social em cada canto da cidade. Em nossas periferias, trabalharemos para garantir moradia digna, acesso à saúde, educação de qualidade e oportunidades de trabalho.
Este é o compromisso que assumo: fazer de Fortaleza uma cidade que reflete o espírito do Natal todos os dias do ano. Um lugar onde a dignidade esteja no centro das decisões e onde cada cidadão se sinta parte da cidade, com muito orgulho.