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O futuro não admite retrocessos e desesperança
Reportagem

O futuro não admite retrocessos e desesperança

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Em 2025, a cidade de Belém do Pará será sede da 30° Conferência das Partes da Convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). O evento tem a missão de debater as mudanças climáticas no mundo e desenvolver estratégias para a melhoria das condições do clima. E principalmente: sob a perspectiva da desigualdade e seus impactos.

É preciso considerar que os efeitos das enchentes, das secas, dos deslizamentos, dos alagamentos são sentidos de forma diferenciada pelos mais vulneráveis. Para o alcance da meta climática, precisam estar envolvidos diferentes segmentos da sociedades civil e também dos governos.

Com discussões que contemplem temas como adaptação climática, restauração ecológica, sistemas alimentares, demarcação territorial e governança climática. O mundo viveu avanços significativos nos últimos 25 anos, mas ainda há mais, muito mais a discutir.

A importância de ter um evento desta envergadura internacional em solo amazônico brasileiro tem o peso de aproximar o mundo do clamor da floresta. Se reflete ainda nos mais de R$ 4,7 bilhões em investimentos estruturais para receber mais de 60 mil pessoas de 193 países.

O evento no Brasil tem espírito de futuro e responsabilidade por avanços depois de uma COP 29, neste ano, no Azerbaijão, com poucos resultados globais. Essa insuficiência no maior evento temático torna as discussões e decisões sobre as mudanças climáticas ainda mais urgentes. São necessários esforços nunca vistos e é inaceitável qualquer retrocesso nas lutas já travadas.

A aprovação, no Ceará, de projeto que permite a pulverização de agrotóxicos por drones, apenas cinco anos depois de a pulverização aérea ser vetada através de Lei, que leva o nome de um ativista assassinado, é a prova de que o interesse de uns ainda é ameaça ao futuro. E que é também desesperança.

Que o ano que se apresenta, para o qual tanto nos preparamos, seja de ações que projetem o futuro das gerações como prioridade. Que os parlamentares e gestores consigam entender a importância das políticas públicas para garantir sustentabilidade, que é saúde, das pessoas, mas também econômica, social e geográfica. Que haja vida, a maior forma de proteger o meio ambiente.

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