Das mensagens extraídas pela PF do celular de Bebeto, despontam indicativos de que ele transferiu dinheiro para pessoas que lhe pediam favores variados, incluindo eleitores e candidatos a vereador. Em uma conversa, Bebeto pede que a pessoa "arrume uma conta para você botar 100"; o beneficiário era o coordenador da campanha de uma candidato a vereador de Canindé.
Ele também pediu que ela "arranje os 200" para o Professor Evelton (PRD), também candidato a vereador de Canindé. Conforme o MPE, os "200" são R$ 200 mil, dinheiro usado para garantir apoio do candidato a prefeito Professor Jardel. A promotoria destaca que Evelton, inicialmente, estava alinhado com o candidato Kledeon Pinho, mas, em outubro, logo no dia seguinte ao diálogo de Cleidiane e Bebeto, uma publicação mostra Jardel agradecendo o vereador Evelton pelo apoio.
"Chama atenção, ainda, a completa ausência de publicações no perfil da rede social de Evelton até a data do dia 03/10/2024 no tocante à declaração pública de apoio à candidatura de Jardel, o que pode ser facilmente observado em seu perfil no Instagram", pontua o MPE.
Eleitores também teriam tido votos comprados. Um deles, em 1º de outubro, aparece em mensagens no Whatsapp dizendo estar "precisando de uma ajuda", pois estaria com salários atrasados e devendo dois meses da mensalidade da escolha do filho.