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Entre preconceitos e sucessos, o funk brasileiro se reinventa e conquista espaços
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Entre preconceitos e sucessos, o funk brasileiro se reinventa e conquista espaços

Polêmico desde sua estreia no Brasil, o gênero funk marca presença nos rankings musicais do país e deve ganhar um dia nacional em sua homenagem
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MC Marcinho (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação MC Marcinho

Para muito além de uma combinação de melodia, ritmo e harmonia, o funk brasileiro representa uma cultura que luta há décadas por inclusão. O gênero, que cresceu com a ascendência do movimento Black Rio, se popularizou, deu origem a dezenas de estilos derivados, mudou a realidade de muitos artistas da favela e é atualmente o gênero mais ouvido nas principais plataformas de streaming.

Ao abrir uma playlist de músicas em alta procura, algo chama a atenção: a quantidade de MCs que dominam o ranking. Entre nomes que parecem novos e outros que já foram favoritados em nossos aplicativos, o fato é que não há como negar que o funk deixou de ser um gênero queridinho apenas no sudeste e já conquistou no Brasil.

Em consulta feita pelo Vida&Arte no dia 29 de março deste ano, o Spotify - streaming de música mais popular do Brasil - possuía seis músicas do gênero funk entre as 10 mais tocadas da plataforma, com atenção para o top 3 que era 100% ocupado pela categoria. Ampliando a lista para as 50 canções mais reproduzidas, 25 representavam funk.

A força da Cultura Funk é tão grande que o gênero musical foi declarado em 1º de setembro de 2009 Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. A manifestação artística ganhou reconhecimento ainda em anos seguintes pela sua importância histórica na região. Em 2023, os antigos bailes funk, chamados de “Bailes das Antigas” também foram definidos como Patrimônio Cultural Imaterial pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. O mesmo se repetiu com o Passinho, em 2024.

Para a pesquisadora fluminense Tamiris Coutinho, que escreveu o livro “Cai de boca no meu b*c3t@o - O funk como potência do empoderamento feminino”, dois fatores importantes potencializam o gênero musical na história cultural do Brasil: “Uma das razões é que ele é manifestação única aqui do Brasil. Por mais que a gente tenha sofrido influência de referências externas, é uma música popular eletrônica propriamente nossa. Além disso, o funk continua se reinventando, criando coisas de onde a gente nem imagina”.

“E eu acho que outra questão que dá popularidade também é a perseguição, que acontece desde o movimento Black Rio. Até hoje, que ele tem essa popularidade pelo lado negativo que as pessoas dão, pelo lado da criminalização. Acaba aparecendo muito funk na televisão porque ele é muito criminalizado, fazem essa associação do funk com questões violentas", lamenta a pesquisadora.

Para Leonardo De Marchi, professor de comunicação da UFRJ e pesquisador da indústria da música, o funk brasileiro cresceu nos últimos anos também pelos features “muito bem sucedidos em 2010” em outros gêneros geralmente desassociados.

“Você tinha cantores sertanejos, com cantores de funk. Já se juntou à música sertaneja com hardcore, cantores de música romântica com banda de heavy metal, coisas do tipo, e isso funcionava no seguinte sentido: a partir desse estranhamento você botava os dois públicos diante de um outro gênero musical e isso permitia que esses artistas pudessem efetivamente acessarem outros públicos”, explica o professor.

No cenário do funk, ele especifica a estratégia: “Para o funk em particular, o funk carioca, essa foi uma situação muito bem-vinda, porque permitiu que o funk se afastasse de um certo discurso de que era uma música de violência, de tudo mais, e ela apareceu como uma possibilidade pop, como uma potência dentro da música pop. E a partir daí você efetivamente tem. Os artistas de funk acessaram novos públicos em várias partes do país e isso ampliou imensamente o acesso que as pessoas, que o mercado de música em geral, tinha à produção do funk”.

A história do funk no Brasil se desenvolve há muito tempo e veio por influências externas que chegaram ao país. Em 1970, a popularidade da música negra no Rio de Janeiro, em ritmos como o soul, iniciou o que foi convencionado chamar de “Movimento Black Rio”. Foi nesse contexto que surgiram os primeiros bailes funk no Estado.

O gênero funk surgiu como uma primeira derivação pop eletrônica da música soul no Brasil, em festas com equipes de som e de DJs. Os apelidados “bailes funk” foram ganhando cada vez mais público e importância no cenário musical, como o emblemático Furacão 2000.

O marco oficial do nascimento do gênero no Brasil é considerado o LP Funk Brasil, do DJ Marlboro, em setembro de 1989. Antes desse álbum, nas festas, os DJs tocavam músicas instrumentais e canções estadunidenses famosas em versão em português. A estreia do disco foi tão importante que o artista passou a ser considerado o criador do funk carioca e projetor do gênero ao longo dos anos com seus hits que tocavam em todas as rádios, segundo ele.

Com muita luta e muito trabalho de precursores do gênero, como Marlboro, o ritmo “estourou” e mudou a realidade de muitos artistas que viram no funk uma possibilidade de transformação social. Como exemplo, o participante do Big Brother Brasil 24 MC Bin Laden, que foi ao topo das paradas musicais de 2017 com o hit “Tá Tranquilo Tá Favorável”. Segundo depoimentos do funkeiro dentro do reality show, ele conseguiu mudar a vida de sua família após emplacar a canção.

Um ano depois, em Pernambuco, uma jovem de 15 anos se tornou a artista mais ouvida no Carnaval por um videoclipe gravado em brincadeira com as amigas. Essa artista é MC Loma, responsável por popularizar o ritmo brega funk pelo Brasil. A pernambucana é um caso emblemático de quem teve sua vida mudada pelo sucesso no funk. Por meio das redes sociais, foi possível acompanhar as conquistas financeiras da jovem, desde a compra do primeiro smartphone para a mãe até casas próprias para seus familiares.

“Como as barreiras de entrada ao mercado do funk são muito baixas, eu diria até inexistentes, qualquer pessoa do ponto de vista teórico pode fazer uma carreira e a partir daí ganhar visibilidade, ganhar outro status de vida. Sem dúvida alguma, o funk representa não apenas um caminho para a ascensão social, mas como uma indústria da música que funciona como provedor de emprego”, destaca Leonardo De Marchi.

DJ Marlboro, considerado o criador do funk carioca, destaca o avanço do gênero fora das fronteiras brasileiras: “O funk conseguiu reconhecimento internacional por causa da batida. É som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado. Até a Beyoncé colocou um sample de funk do Brasil na música dela”.

Movimento Black Rio
Movimento Black Rio

Black Rio

É impossível falar de funk sem fazer menção ao Black Rio, movimento de contracultura que surgiu nos anos 1970 no Rio de Janeiro impulsionado pela ascensão do funk norte-americano. O contexto é até hoje um dos momentos mais importantes da cultura negra do Brasil e sua consequência à época foi ser considerado uma ameaça à ditadura que o país enfrentava.


Ao mesmo tempo que preocupava à direita no Brasil, grupos de esquerda também criticaram o movimento por se inspirar em estéticas e ideias estadunidenses, que era rejeitado por representar o “imperialismo”. No entanto, a manifestação cultural conquistou a juventude da época e foi responsável por grandes festividades da cultura negra.


Em 1976, durante o governo Geisel, considerado o mais violento da ditadura militar no Brasil, foi publicado uma reportagem com o título “Black Rio: o orgulho (importado) de ser negro no Brasil” no caderno B do Jornal do Brasil. A publicação foi considerada um grande insulto da burguesia reacionária que buscava descredibilizar o movimento, que reunia mais de 15 mil jovens negros e periféricos que se reuniam para escutar soul e funk.


O movimento Black Funk, além de cultural, foi uma manifestação política que buscava criar uma identidade e representação brasileira do movimento negro.

Funk x Rap x Trap

Uma dúvida que surge quando são analisadas as novas produções musicais é a relação entre o funk, o rap e o trap. Os ritmos se confundem por semelhanças de batidas, ritmos e por serem feitos, em alguns casos, pelo mesmo artista.


Os três gêneros são vertentes da música black. O pesquisador Leonardo De Marchi pontua: “Nos anos 80 e 90, até os anos 2000, o funk carioca se desenvolveu de uma maneira completamente autônoma do rap de São Paulo. Eles não tinham sequer diálogo, pelo contrário, até se viam com certa desconfiança”.


O destaque de Leonardo lembra a divisão musical que se estabeleceu entre Rio de Janeiro e São Paulo com a música negra que se popularizou no Brasil: enquanto o estado fluminense desenvolveu as batidas do funk estadunidense sem se prender a rimas, foram justamente nelas que o rap paulista se formou.


O trap é um gênero musical oriundo do funk, que ganhou visibilidade nacional em 2020. A vertente vem da música negra e tem uma série de características estilísticas que flertam com o eletrônico do funk carioca, ao mesmo tempo que com as rimas do rap paulista.


Com o tempo, esses estilos musicais saíram de seu estado precursor e dominaram novos espaços. “O centro produtor de funk no Brasil hoje é São Paulo e o centro produtor de rap hoje no Brasil é o Rio de Janeiro. Então, o que nós temos é justamente uma mistura que o trap permitiu fazer um meio de campo entre essas duas cenas e hoje elas são praticamente a mesma”, diz o pesquisador”.


“Há artistas de rap que cantam trap e fazem singles como funk e, ao mesmo tempo, cantores de funk que fazem trap, que fazem rap e assim sucessivamente. As gravadoras também, elas não são especializadas. Ou em rap, ou em funk, ou em trap, mas elas passam por essas três vertentes da música black contemporânea”, conclui.

 

Dia Nacional do Funk

Diante da importância cultural, política e histórica do movimento funk, coletivos passaram a defender o reconhecimento legislativo do gênero musical. Em São Paulo, o Dia do Funk já foi institucionalizado e é uma referência ao dia da morte do funkeiro MC Daleste, 7 de julho de 2013. A data, no entanto, não é bem aceita por estudiosos e funkeiros precursores do gênero, que discordam de relacionar uma tragédia ao dia da celebração do movimento.

A pesquisadora Tamiris Coutinho, que foi coordenadora de comunicação do Coletivo Funk no Poder, responsável por propor o Dia Nacional do Funk, declara: “A gente quer que cada Estado possa ter a sua mobilização para ter os seus aparatos estaduais, mas a gente também pensou que seria importante a gente ter uma mobilização no âmbito nacional. Até porque o funk já ultrapassou o limite do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ter isso sob uma ótica nacional ajuda a gente a avançar cada vez mais com os nossos debates”.

O projeto de lei que pede a criação do Dia Nacional do Funk está atualmente esperando a votação no Senado e conta com a participação de grandes nomes do funk, como Kondzilla e DJ Marlboro. A proposta é estabelecer a homenagem no dia 12 de julho, em homenagem ao primeiro Baile da Pesada que aconteceu em 1970.

 

FORTALEZA, CEARÁ, 28-03-2024: Fotos de Nik Hot, cantora e musicista que produz músicas do gênero funk. Nik é a primeira cantora travesti de Funk, em Fortaleza. (Foto: Fernanda Barros / O Povo)
FORTALEZA, CEARÁ, 28-03-2024: Fotos de Nik Hot, cantora e musicista que produz músicas do gênero funk. Nik é a primeira cantora travesti de Funk, em Fortaleza. (Foto: Fernanda Barros / O Povo)

é proibido Proibir

Lara Nicole, conhecida artisticamente como Nik Hot, é a primeira funkeira travesti do Ceará e fundadora da ONG Casa Transformar, que oferece serviço para a população LGBT em situações de vulnerabilidade. Atualmente com 11 músicas produzidas, ela conta que o funk "a escolheu".

"É um movimento que é muito audacioso. É um movimento que é de resistência porque é um ritmo que, mesmo sendo forte no Brasil, sempre vai sofrer preconceito por vir da periferia e por ser inicialmente feito por pessoas pretas. Infelizmente, tem a questão do racismo, mas o funk veio para mim e deu muito certo porque eu tenho muita personalidade do funk. Eu adoro a pegada do funk, a ousadia do funk, principalmente porque eu canto proibidão (que fala sobre a realidade das favelas, abordando a violência e muito sexualizado)", conta Nik.

Destacando a importância de estar presente no funk, a artista destaca: "Eu vim para quebrar essa questão de que mulheres não podem cantar proibidão, travestis não podem cantar proibidão". Ela pontua que, num gênero tão hegemonicamente masculino como o funk, é necessário que as mulheres entendam que "podem e devem" cantar "putaria" também.

Sobre tentar a carreira de funk no Ceará, Estado que tradicionalmente valoriza artistas do forró e sertanejo, ela afirma que não há diferença entre tentar fazer sucesso na música quando não há valorização do artista.

"Na verdade, é difícil cantar tudo aqui quando você é um artista que se valoriza, que valoriza o seu 'corre' e sabe do seu esforço. Infelizmente, aqui no Ceará, as pessoas não valorizam o trabalho diante seus locais. Principalmente uma travesti que canta putaria e que não aceita menos do que merece", diz.

Nik compara ainda cachês que recebe por shows grandes que já fez. Ela conta que já fez show de abertura para uma grande artista nacional e a ofereceram apenas R$150, e ainda parcelado, por seu trabalho. "É difícil sair uma travesti que canta funk no Ceará, sem dúvida. E, na maioria das vezes, a própria população LGBTQIA não valoriza o nosso trabalho", declara.

Em relação ao gênero musical que dedica à sua carreira, ela conta que o vê de forma acolhedora. Nik cita nomes de mulheres trans consagradas no funk, que são inspirações para ela: Garota X, Mulher Banana, MC Xuxu e Lacraia.

"Eu acho que o funk é um dos poucos ritmos musicais que acolhe todas as pessoas. Se você for parar para observar, existem pessoas de todos os perfis cantando funk. O funk, ele é um movimento muito livre. Eu acho que é por isso que o funk tem dado tão certo".

Ela finaliza falando de sua experiência pessoal produzindo funk: "Eu vejo o funk como um lugar onde eu posso ser livre, falando na minha perspectiva enquanto alguém que faz funk. Quando eu estou gravando, esqueço todos os problemas porque o funk é minha válvula de escape".

Ping Pong DJ Marlboro

Fernando Luís Mattos da Matta, o artista conhecido como DJ Marlboro, é considerado o criador do funk carioca, ou "funk brasileiro", como prefere chamar. Ele foi o responsável por transformar o funk estadunidense em um gênero do Brasil, para isso, introduziu bateria eletrônica na melodia e língua portuguesa nas composições.

Basicamente funcionando como uma mistura de hip hop, eletrônica e MPB, nasceu o gênero que veio a se tornar uma das mais populares manifestações da juventude nas periferias do Rio de Janeiro.

Em longa entrevista por telefone ao Vida&Arte, DJ Marlboro falou sobre temas da atualidade que envolvem a produção de funk no Brasil.

MinC e o Dia Nacional do Funk

"Quando o Gilberto Gil entrou no Ministério da Cultura, a gente queria muito um chancelamento nacional. Eu vi o pedido de várias culturas por chancelamento e elas não tinham a popularidade do funk, não tinham o alcance que o funk tem, não geravam os empregos que o funk gera, não davam oportunidades como o funk dá. Ele falou que ia ver, que ia estudar, que precisava de projeto, mas eu vi que não tinha boa vontade"

Influência do TikTok nas produções de funk

"Quem for contra a modernidade tecnológica está dando tiro no próprio pé, não tá conseguindo acompanhar. Eu acho que é o TikTok, ele tem um lado positivo e negativo. A música vai para o TikTok, viraliza e todo mundo curte aqueles 15 segundos dela. O lado negativo é que a música não passa daqueles 15 segundos. Você toca ela no baile o pessoal só dança aquele pedaço da música, ninguém a conhece porque elas são feitas para o TikTok, e às vezes não consegue ser sucesso além da plataforma porque ela é fraca"

Funk proibidão

"Eu não acho que é uma evolução, eu acho que é uma fase e não vejo como uma fase muito boa. É um tiro no pé. Eu não sou a favor, não toco e não apoio. Mas eu não criminalizo, porque muitas vezes o que o funkeiro está cantando é o que ele está vivendo e a gente tem que se alertar como sociedade para ajudar ele a melhorar de vida, dar perspectiva para ele. A gente tem que ouvir essas músicas e não ficar horrorizado querendo proibir, mas temos que servir de estudo para os pesquisadores e para as autoridades para todo mundo buscar solução para aquele garoto"

Internacionalização do funk brasileiro

"O funk conseguiu o reconhecimento internacional por causa da batida. É som de preto, de favelado, mas quando toca ninguém fica parado. Cresceu muito o reconhecimento nacional e até internacional a ponto da Beyoncé agora colocar um sample de uma música de funk do Brasil, de o Paul McCartney e sua equipe pesquisar como ele poderia usar elementos do funk brasileiro nas próximas composições dele. Isso é incrível, eu atingi um Beatle, cara. A gente está sendo sampleado pela Beyoncé. A gente está com a Madonna no carro, a Madonna! A pop star no carro o filho dela cantando funk! A Rolling Stone me colocou entre os 100 artistas mais importantes do Brasil… eu sou um DJ, eu não me via configurado com esse título"

SUBGÊNEROS DO FUNK

O funk é um movimento político e cultural, que, na música, se dividiu em inúmeros subgêneros ao longo do tempo, com diferentes batidas e influências pelo Brasil. A pluralidade envolve principalmente a região onde se desenvolveu, as roupas, as composições e as melodias. A seguir, nove subgêneros que se destacaram nos últimos anos.

Funk Proibidão

Nascido no Rio de Janeiro, o “Proibidão” é o mais polêmico entre os subgêneros do funk, por estar diretamente relacionado à violência nas favelas cariocas. As letras são majoritariamente sexualizadas, ousadas e com palavrões. Os primeiros funkeiros do gênero foram os MCs Júnior e Leonardo, da favela da Rocinha, em 1995.

Funk Ostentação

Muito popular em São Paulo e de sucesso nacional no início da década de 2010, o funk ostentação se popularizou nas vozes de MC Guimê e MC Boy do Charmes. As composições desse subgênero falam sobre marcas de luxo, bebidas alcoólicas, jóias, dinheiro, mulheres, carros importados, etc.

Brega Funk

Brega funk é um subgênero nascido em Pernambuco, que se tornou o mais ouvido de 2018 na voz de MC Loma e as Gêmeas Lacração. No entanto, seu surgimento é popular há pelo menos 10 anos nas regiões norte e nordeste do Brasil. Com sons metálicos, sinos e viradas rítmicas marcantes, outros artistas como Aldair Playboy, MC Bruninho e Dadá Boladão também já ficaram famosos com esse tipo de funk.

Funk 150 bpm

Datado oficialmente em 2017, o funk 150 BPM é uma aceleração muito bem recebida do 130 BPM. O primeiro funkeiro a aumentar essa batida eletrônica foi o DJ Polyvox, que se inspirou no som de uma garrafa de refrigerante batendo na porta do estúdio para produzir o som. Desde então, grandes nomes do funk cresceram com essa batida, como Kevin o Chris e o DJ Pedro Sampaio.

Funk Mandelão

Famoso nos bailes paulistas, o funk mandelão foi criado em 2016 pelo DJ GBR do projeto Ritmo dos Fluxos, que criou a música famosa pelos versos “Quem mandou se apaixonar pelo amigo DJ // Tu empinou ele pei”. O subgênero é caracterizado por uma batida pesada com muitas repetições.

Funk Minimalista

Criado em Belo Horizonte, o funk minimalista tem característica de ser um som “ambiente” e com batidas mais lentas. Se destacam nesse subgênero os DJs PH da Serra, DJ Swat, Cheab, TG da Inestan, Lukinhas da Inestan e João da Inestan.

Beat Bruxaria

Também oriundo de São Paulo, o funk tipo “beat bruxaria” é considero um som pesado e distorcido. Nesse subgênero, se destacam os produtores DJ K e DJ Menor 7.

Funk Pop

Este é o tipo de funk que popularizou Anitta em todo o Brasil e internacionalmente. Cercado de batidas do pop, o subgênero tem ritmos dançantes que envolvem elementos do reggaeton e da música eletrônica. Além de Anitta, Ludmilla, Pabllo Vittar, Lexa e Gloria Groove também produzem nessa categoria.

Rave-funk

O rave-funk é uma boa mistura de vários subgêneros do funk, como o eletrônico e o 150 bpm. Comum em festas por todo o Brasil e, principalmente em raves, o ritmo ganhou popularidade com o artista GBR.

 

 

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