Logo O POVO+
Rapper Duquesa celebra cena Ballroom em "Taurus Vol.2"
Vida & Arte

Rapper Duquesa celebra cena Ballroom em "Taurus Vol.2"

Duquesa explora gêneros como house em novo álbum "Taurus Vol.2" e fala sobre relevância da cena ballroom brasileira
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
Rapper Duquesa
 (Foto: IsaBella Cardoso/Divulgação)
Foto: IsaBella Cardoso/Divulgação Rapper Duquesa

Desde 19 de abril o sol entrou na constelação de Touro, dando início a um período de boas energias para aqueles do signo de Touro. Claro, para quem acredita em astrologia, como é o caso da rapper Duquesa, nascida em 1º de maio de 2000, em Feira de Santana na Bahia. A artista tem tanto apreço em ser taurina que nomeou seu primeiro álbum com a versão em latim do segundo signo do zodíaco.

A musicalidade da artista baiana está tão interligada com sua identidade que em seu segundo trabalho de estúdio repete o título do primeiro: “Taurus Vol.2” vem para mostrar o público mais de Duquesa. “Então, eu queria que as pessoas tivessem mais tempo de experiência comigo, sabe? O primeiro álbum teve um efeito tão bom, tão positivo e fora da internet”, destaca.

“No primeiro consegui levar um corpo de baile para o show, que já era uma experiência nova, então, esse volume 2 do ‘Taurus’ vem para experimentar coisas que ainda não havia amadurecido tanto artisticamente para tornar realidade no primeiro”, conta Duquesa.

A rapper afirma que o foco do trabalho anterior era apresentar-se ao público, para depois experimentar novos gêneros, como o House, na nova produção. “Acredito que para o público é meio estranho, quando você faz algo novo, você é meio estranha. Aí você cresce os números e você vira uma diva pop. Você fica ‘ai meu Deus fenomenal’”, explica.

“Quando na verdade as pessoas que não te conhecem. Então, eu conquistei as pessoas, me apresentei, falei oi, eu sou Duquesa eu existo e agora trouxe um ‘bagulho’ mais versátil para as pessoas”, defende a baiana.

Inspirada pela série “Pose” (2018 a 2021), a rapper decidiu explorar o gênero House na música que leva o mesmo nome da produção assinada por Ryan Murphy. “Conheci a cena Ballroom quando eu cheguei em São Paulo e fiquei encantada com o evento, as pessoas performances, com tudo”, relembra.

“Acho que todo mundo independente da pessoa, que não tenha preconceito, tem que ir em uma Ballroom porque é muito legal, interessante. As pessoas dão tudo de si na própria competição”, acrescenta Duquesa. “Depois conheci a Zaila no ‘Ralachão’ (evento dedicado a população LGBTQIAP+ e negra de São Paulo), onde ela foi mestre de cerimônias”, conta.

“E ela conduzia o evento da mesma forma como fez no Ballroom e eu fique encantada. Comecei então a a ouvir, consumir e eu fiquei tipo: ‘Nossa eu preciso fazer uma House. Eu preciso fazer um bagulho assim’”, rememora a artista de Feira de Santana.

Apesar da empolgação, Duquesa relata ter ficado receosa de experimentar o gênero. “Porque era um universo no qual eu não participava. Então, pensei que não posso me limitar enquanto artista. Decidi convidar a Zaila e a Urias para participarem dessa faixa, sabe?”, ilustra a cantora, “Pose” traz colaboração de Urias e Zaila.

A música fecha o “Taurus, Vol.2”, com batidas futuristas que remetem ao techno. “Ela também tem uma vibe mais futurista, enquanto as outras têm uma sonoridade mais nostálgica. Mas eu queria trazer mais uma vibe de hip hop, mais rap antigo, tipo dos anos 90. Mas acho que a identidade visual do álbum está um pouco mais futurista”, comenta.

“E nós queríamos trazer mais essa ideia da evolução” complementa. Outra inovação explorada pela artista é o uso de autotune em “Purple Rain”, que traz um feat com Yunk Vino. A baiana destaca que não houve preocupação em usar o recurso porque sabia que o público entenderia sua proposta.

“Acredito que as pessoas entendam e confiem na minha capacidade. Então, não tenho receio quanto a isso. Acho que se usar com moderação, não há problema de ficar caricato”, defende.

Além das já citadas colaborações, o álbum traz músicas em parceria com as gêmeas Tasha&Tashie, com Baco Exu do Blues e o Jovem Dex. “Tasha&Tracie eram artistas com quem já queria muito trabalhar, o (Yunk) Vino embora ele seja de casa era um artista com quem eu ainda queria fazer mais uma música com ele”, detalha Duquesa sobre os critérios de escolha para os feats.

“O Dex também foi uma realização, porque nós representamos muita coisa, somos da mesma cidade, então abrimos caminho para algo muito grande, para que as pessoas vejam que na nossa cidade há artistas muito bons quanto na capital”, conta a rapper, que assim como Jovem Dex vem de Feira de Santana.

“ O Bacu foi algo inusitado, foi uma aposta, eu pensei: 'Ah, vou chamá-lo. Será que ele topa?' E ele topou, deu certo”, conclui. “Outras pessoas não deram certo de rolar,, mas enfim, o ano está apenas começando, ainda há muitos símbolos para rolar e estarei nos projetos das pessoas que não foram meus. Vai acontecer”, diz a baiana.

Para 2024, a artista deseja realiza fazer uma turnê no Brasil com os dois álbuns. “Quero lançar um projeto mais reduzido, talvez o single para os próximos meses, participar de projetos dos meus amigos, tenho poucos feats na minha carreira”, finaliza.

Ouça Duquesa

  • "Taurus Vol. 2" está disponível em todas as plataformas de streaming
  • Instagram: @duquesa

 

O que você achou desse conteúdo?