Em 2020, foi exibida pela primeira vez a série "Bridgerton". Baseada na saga de livros da escritora Julia Quinn, a produção se tornou sucesso de audiência na Netflix desde então e angariou fãs de diversos países, incluindo o Brasil. Havia, portanto, grande expectativa para o lançamento da temporada.
Para além da estreia da primeira parte dos oito episódios na plataforma, a empresa decidiu se aproximar ainda mais dos admiradores da série. Por isso, os protagonistas Nicola Coughlan e Luke Newton, que interpretam o casal Penelope Featherington e Colin Bridgerton, entraram em uma "turnê mundial" de divulgação de "Bridgerton".
Depois de passar por países como Holanda, Austrália, Irlanda e Inglaterra, a dupla pousou no Brasil para aproveitar de diferentes maneiras o Rio de Janeiro (RJ). A dupla visitou pontos como o calçadão de Copacabana e a mureta da Urca. Entre "baile funk" com MC Carol no Theatro Municipal do Rio e passeio pela cidade, a dupla também concedeu entrevistas a veículos de imprensa do Brasil.
Realizada no hotel Copacabana Palace no dia 20 de maio, a mesa-redonda reuniu diferentes jornais brasileiros, entre eles O POVO. Nicola e Luke responderam a perguntas sobre a produção, seus personagens - incluindo a relação entre Colin Bridgerton e Penelope Featherington observada na nova temporada - e o que acharam do Brasil.
"É a minha primeira vez no Brasil e me disseram com antecedência que os fãs estavam muito animados em nos ver e eram apaixonados pela série. Fomos recebidos com tanto carinho e é muito bom ver isso pessoalmente", disse Luke Newton.
O POVO - Nas duas primeiras temporadas, tivemos como histórias principais casais que não se conheciam. Além disso, casais que no início não se gostavam, e acabaram virando uma espécie de "inimigos para amantes". Nesta temporada, não: Penelope e Colin já se conheciam e já se gostavam, pelo menos como amigos. O que essa nova dinâmica traz para a série?
Nicola Coughlan - Amo isso, porque também significa que podemos saltar para a história. Nós não precisamos esperar e explicar quem os personagens são, porque o público já sabe. Ter esse desenvolvimento dos personagens por dois anos é brilhante, porque você conhece essa pessoa e sente algo mais real. Como atores, ter esse nível de conhecimento e de conforto um do outro é maravilhoso, porque tínhamos confiança. Há muita vulnerabilidade nesta temporada, não apenas com as cenas românticas, mas com as de comédia também. Você tem que gostar e realmente confiar no seu parceiro de cena. Com comédia, você se arrisca e, se você não tiver um parceiro "aberto" nisso, vai impedir o que você quer fazer, mas o fato de que podíamos tentar coisas juntos e fazer o outro rir era ótimo.
Luke Newton - Parece tão apropriado para a história de amor deles. O público tem uma incrível experiência de jornada com eles. Sinto que tinha que ser assim. Se trocássemos as ordens dos livros e a terceira temporada fosse a primeira, não teria feito sentido, porque você precisava ver estes personagens evoluindo, crescendo, se encontrando e não se encontrando e todas as complicações que vêm disso… Acho que significa que a recompensa é ainda melhor, porque as pessoas vão pensar: "Nossa, estávamos esperando por isso". Acho interessante que a cada temporada uma história de amor diferente vem à tona. É empolgante.
O POVO - Nicola, nas duas primeiras temporadas foi possível perceber como a independência feminina foi uma questão abordada de diferentes maneiras. Daphne com sua autodescoberta sexual, Kate com sua determinação de escolher quando se casar, Eloise em busca de ideias revolucionárias… Como você acha que esse tema é desenvolvido na Penelope?
Nicola - É interessante, porque em cada temporada ela está diferente. Na primeira, ela é muito jovem, não quer se casar, mas é meio romântica, tem a cabeça nos livros… Na segunda temporada, o público sabe que ela é a Lady Whistledown. Há uma certa fama que sobe à cabeça e ela luta para lidar com isso. Neste início de temporada, é como se ela estivesse negando quem é. Vemos ela partir em busca de um marido, não se importar com o amor, mas à medida que progride ela percebe que é uma jovem que quer tudo. Ela quer o amor da vida, quer o trabalho, e não quer se comprometer ao mesmo tempo… Eu amo isso dela.
O sucesso "Bridgerton"
Nos primeiros três dias de exibição da terceira temporada de "Bridgerton", a Netflix registrou mais de 45 milhões de visualizações. O índice representa a maior estreia da história da série e demonstra o impacto da produção na plataforma.
"Bridgerton" tem história baseada nos livros de Julia Quinn, e cada volume narra a trajetória de um membro diferente da família que nomeia a produção. Ao todo, oito irmãos formam o núcleo familiar, sendo eles Anthony, Benedict, Colin, Gregory, Daphne, Eloise, Francesca e Hyacinth.
Esta temporada foca no amor entre Colin e Penelope, casal conhecido como "Polin". Assim, o enredo do terceiro livro, que aborda a vida amorosa de Benedict Bridgerton, foi adiado. A segunda parte da série estreia em 13 de junho.
Baile Funk Bridgerton
Os protagonistas da terceira temporada de "Bridgerton" aproveitaram a noite carioca com um "baile funk" temático da série. Realizado no Theatro Municipal, no Centro do Rio, o evento reuniu famosos, fãs e jornalistas, além, claro, de Nicola Coughlan e Luke Newton.
A noite contou com pequeno show de MC Carol e apresentação de passinho. O Vida&Arte participou da noite de lançamento da nova temporada da série, que contou também com "carruagem-paredão" e outros elementos que remetiam à obra.
Muitos convidados estavam vestidos com roupas alusivas aos figurinos de "Bridgerton". A Funk Orquestra abriu o baile com versão inédita da música-tema da série, que ganhou arranjo com pitada de funk. Na sequência, MC Carol deu boas-vindas aos atores, que declararam o amor pelo Brasil.