Com artistas que já passaram pelo Hub Cultural Porto Dragão, o equipamento celebra os cinco anos com programação durante todo o mês de julho. Anteriormente conhecido como Centro Cultural Porto Dragão, o equipamento, em 2023 adotou o novo nome, tendo em vista que suas ações vão além de exposições e apresentações.
O Porto Dragão trabalha com programas de produção de conteúdo e a inclusão de artistas cearenses no mercado artístico nacional e internacional. "Mostrar para a sociedade esses artistas que nem sempre possuem espaço para expor de uma forma mais justa", comenta Leo Porto, gestor do Hub Cultural.
O intuito desses programas, como o "Zona de Criação", é fortalecer o portfólio dos artistas para serem inseridos no mercado econômico cultural. "Fomentar e abrir o mercado para os artistas cearenses, auxiliar nas dificuldades que eles possuem e na qualificação. A gente oferece para esses artistas consultorias que possam ajudar a fortalecê-los nessas adversidades", salienta Leo Porto.
Um dos grandes focos do Porto Dragão é fazer essa conexão do artista cearense com o empreendimento cultural local, nacional e internacional. Leo Porto comenta como o Hub tem um diálogo institucional com equipamentos culturais de outras regiões, como o Circo Voador no Rio de Janeiro e a Semana Internacional de Música em São Paulo.
"Estamos agora em diálogo com o Festival Afropunk em Salvador, que está querendo levar o Mateus Fazeno Rock. A forma que auxiliamos é no processo da logística, para que o artista cearense consiga alcançar novos mercados", diz o gestor.
O centro cultural tem um olhar especial para regiões periféricas e interioranas por terem mais dificuldade de alcançar esses espaços de massa. "Todos as nossas ações são pensando na descentralização", diz Leo Porto. Com a gestão da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e do Instituto Dragão do Mar (IDM), há um desenvolvimento estratégico para que as ações do aparelho cultural se expandam para fora do ambiente físico localizado no Centro de Fortaleza.
Dados divulgados pela gestão do Hub Cultural Porto Dragão, nesses cinco anos de atividade, mais de 40 cidades no Ceará foram atingidos por programas do centro cultural. "Temos fechado parcerias com outras secretarias e outras entidades para tentar levar mais informação e oportunidades para o interior do Estado", explica Leo.
Por meio de seminários, palestras e apresentações, o Hub Cultural consegue atingir artistas e pessoas com interesse no mercado da arte de regiões periféricas e mais distantes da capital do Ceará. Uma das ações mais recentes realizadas pelo centro cultural foi uma exposição de artes visuais no bairro Jangurussu, em parceria com o artista Léo Silva, para a construção de um mural.
Durante esses cinco anos de atividade, o Hub Cultural Porto Dragão também enfrentou desafios. Para Leo Porto, não é possível fazer arte sozinho, então foram necessárias as parcerias e diálogos. O gestor destaca que o projeto ganhou maturidade, o que possibilitou atingir cearenses de diversas partes do Estado
Para o gestor do Porto Dragão, a economia da cultura é um reflexo dos investimentos. "A gente tem conseguido nesses cinco anos chegar à maturidade de entender que o investimento na economia da cultura gera retorno também para o Estado e para a sociedade", explica.
Observando-se um avanço cada vez maior da área cultural no Brasil, o gestor comenta que a Lei Paulo Gustavo tem grande influência nesse quadro. De acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, a cada R$1 investido foi gerado R$6,52 na cidade do Rio de Janeiro. "Com isso, podemos ver o impacto que a cultura no Brasil está vivenciando", comenta Leo Porto.
A existência e permanência de espaços culturais como o Porto Dragão é essencial para a movimentação cultural cearense. "O impacto é percebido quando nossos artistas vão conseguindo reconhecimento local, nacional e internacional", comenta Leo Porto.
Para ele, é uma alegria conseguir levar conhecimento e oportunidade para jovens artistas sonhadores. Ele explica que o processo não é fácil, mas especial de viver e ver a arte cearense conquistando espaço é a recompensa.
A comemoração dos cinco anos do Hub Cultural Porto Dragão está sendo uma programação repleta de artistas que passaram pelo centro cultural com oficinas, apresentações e festivais durante todo o mês de julho.
O Hub Cultural é um espaço para debater economia da arte, um lugar para os artistas desenvolverem projetos. "O Hub é um potencializador da economia da cultura, para produzir projetos mais qualificados e aumentar a renda dos artistas e produtores cearenses", finaliza.
Hub Cultural Porto Dragão