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Estreante nos Jogos Olímpicos, Breaking movimenta o Ceará e muda histórias
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Estreante nos Jogos Olímpicos, Breaking movimenta o Ceará e muda histórias

Nova modalidade olímpica, breaking tem cena pulsante no Ceará, mas enfrenta desafios como falta de infraestrutura e necessidade de maior apoio para praticantes
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FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 11-07-2024: b-boys e b-girls que ensaiam no Cuca Mondubim o Breaking (break dance) que será nova modalidades desta edição da Olimpíada. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo) (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 11-07-2024: b-boys e b-girls que ensaiam no Cuca Mondubim o Breaking (break dance) que será nova modalidades desta edição da Olimpíada. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)

Quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou em dezembro de 2020 a inclusão do breaking nos Jogos Olímpicos de Paris de 2024, a notícia escancarou a ascensão enfrentada pela modalidade ao longo dos últimos anos. Este será o maior evento para o breaking em questão de visibilidade, mas o fato é que a prática não chegou à Olimpíada por acaso.

Estilo de dança desenvolvido em Nova York, nos Estados Unidos, na década de 1970, o breaking é parte importante da cultura hip hop e conhecido pelos movimentos acrobáticos e performáticos de seus praticantes (chamados de b-boys e b-girls). Nele, os atletas dançam ao som de uma música.

Campeonatos e batalhas de breaking cresceram nos últimos anos, como o Battle of The Year, o The World Battle e o Red Bull BC One - um dos maiores do mundo. Apesar de não contar com representantes nos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil tem uma cena forte no breaking - e o Ceará está inserido nisso.

Não à toa, afinal, Fortaleza recebeu em maio a seletiva regional do maior campeonato de Breaking 1x1: o Red Bull BC One, realizado no Dragão do Mar. As batalhas, chamadas de Cyphers, atraíram competidores de diferentes estados nordestinos, e os campeões foram cearenses, com direito a disputarem a final nacional em São Paulo (SP), em agosto.

Mesmo com vários praticantes e atletas premiados, porém, o breaking enfrenta desafios no Ceará. Os problemas envolvem a necessidade de maior apoio financeiro, falta de locais adequados para treinamento e até mesmo discriminação quanto ao esporte. Seria a Olimpíada, então, uma forma de melhorar esse cenário?

De fato, o anúncio do breaking nos Jogos Olímpicos de Paris provocou mobilização para que o País se organizasse e conseguisse enviar representantes a partir da ação da Confederação Nacional de Dança Desportiva (CNDD), criada em 2013. Assim, surgiram federações por todo o território. No Ceará, não foi diferente.

Em 2022, foi fundada a Federação Cearense de Breaking (FCBK), construída por b-boys e b-girls atuantes na cena no Estado e presidida por Janaína Barros. Com experiência em produção cultural de eventos em danças urbanas, foi escolhida por breakers para assumir a função.

"A Federação surgiu com o objetivo de fortalecer o breaking não só no segmento cultural, mas também esportivo", afirma. Segundo Janaína, a FCBK tem bom diálogo com a CNDD, tanto que Fortaleza sediou a etapa Nordeste do Campeonato Brasileiro realizado pela confederação.

Quanto ao Ceará, a presidente considera que existe uma cena bem consolidada - não à toa duas atletas chegaram a integrar o primeiro time da Seleção Brasileira de Breaking, sendo elas as b-girls Loirinha e Karolzinha. Por questões "de circuito e estruturação", elas não fazem mais parte da equipe, mas estiveram no processo inicial.

Janaína cita uma "dificuldade" da cena e das instituições, porém, de se adaptarem às especificidades esportivas do breaking que são distintas do segmento cultural. Mesmo assim, observa avanços: "Estamos conseguindo diálogo com setores do Governo e da Prefeitura. Hoje, temos mais de 12 atletas beneficiados pelo programa Bolsa Esporte, com auxílio financeiro para continuarem investindo na prática. Acho que isso vem a partir dessa nova oportunidade dentro do segmento esportivo".

Além disso, a recepção de eventos como o Red Bull BC One em maio e o campeonato nacional Breaking do Verão em setembro mostram o trabalho de fortalecimento da cena cearense. "São eventos de grande importância que estão sendo direcionados para a nossa Capital. É muito relevante, porque vários b-boys e b-girls enfrentam dificuldades financeiras. Receber isso em casa torna mais fácil eles usufruírem e terem mais chances de representarem o Ceará em outros espaços", avalia.

Há também a força do breaking enquanto um agente transformador. Segundo a presidente da FCBK, a federação realiza trabalho em Centros de Medidas Socioeducativas em que b-boys dão aulas para jovens em privação de liberdade. Além disso, há eventos de breaking no Cuca Mondubim.

"O breaking transforma vidas. É uma linguagem urbana que dialoga muito com a galera da comunidade. Quando um jovem tem acesso a essa cultura, ele consegue se sentir acolhido, ter prazer. São significados fortes de se expressar por meio do seu corpo, de ter união, porque cada um se ajuda e se fortalece", indica.

A importância do Breaking nos Jogos Olímpicos também é percebida por quem faz parte da cena. Além da maior visibilidade ao esporte, a b-girl cearense Karolzinha (Carolaine Navarro) destaca que esse movimento pode ajudar as pessoas a "reconhecerem e não discriminarem" a modalidade.

Campeã da etapa Nordeste do Circuito Brasileiro de Breaking, condição que a tornou representante da região na final brasileira em São Paulo, em novembro, Karolzinha acumula destaques na carreira, como a passagem pela Seleção Brasileira. Ela também tirou o primeiro lugar no Festival Cearense de Hip Hop e na etapa Nordeste da Red Bull BC One.

Junto com outros cearenses, ela viajou para a Europa com recursos próprios para disputar campeonatos como Outbreak, The Notorious IBE e The World Battle - nesses dois últimos, sua expectativa é ficar entre os oito primeiros colocados.

O primeiro contato da b-girl com o breaking ocorreu em 2009, em uma associação no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza. Em 2011, aos 14 anos de idade, começou a treinar em um colégio no bairro Henrique Jorge e passou a competir em diferentes campeonatos. O primeiro evento no qual viajou foi no Piauí, dois anos depois. Desde então, não parou mais.

Hoje, Karolzinha também é jurada e treina às terças e quintas-feiras na capital cearense, fazendo musculação às segundas, quartas e sextas-feiras. Os locais incluem o Cuca Mondubim e a Associação Pequeno Nazareno, no bairro Mucuripe.

"Os principais desafios do breaking em Fortaleza são conseguir espaço adequado para treinamento. Infelizmente não temos centro de treinamento especializado ou uma estrutura que seja adequada para o esporte. Treinamos no chão do Cuca Mondubim, no tablado da ginástica do Centro de Formação Olímpica, mas é tudo muito improvisado", elenca.

Ela destaca que, mesmo com a força do breaking cearense, a cena enfrenta dificuldades para conseguir patrocínio e apoio financeiro. Os principais polos, então, acabam sendo São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Outro cearense que viajou para o Velho Continente para participar de torneios foi o b-boy Fly Jan (Janderson Silva). Em 2024, ele já acumula algumas premiações, sendo as principais a medalha de ouro na etapa nordeste do Circuito Brasileiro de Breaking e a conquista da fase regional da Red Bull BC One.

Outra vitória recente para Fly Jan foi em 2022, quando alcançou o segundo lugar no Top Rock Battle, na Holanda. Neste ano, a meta é ser campeão. "O objetivo é ficar em primeiro lugar. É também a primeira vez que estamos levando um time cearense, apenas com recursos próprios e ajuda de conhecidos. A expectativa para este ano está muito boa", afirma.

Ele complementa: "Estou muito feliz só em estarmos indo para representar Fortaleza e fazer o que mais amamos. É muito da hora participar desses campeonatos mundiais que só víamos pela televisão, DVD ou YouTube. Neste ano vamos para competir".

Como ressaltado por Fly Jan, a viagem ocorre devido ao esforço dos próprios dançarinos de levantar recursos. A situação esbarra no desafio da "falta de apoio" para o esporte. Ele também aponta a falta de espaço apropriado para treinar. Antes, treinava seis vezes por semana, mas precisou diminuir a carga para dois dias devido aos problemas infraestruturais no Centro de Formação Olímpica (CFO) após forte chuva.

Fly Jan treina profissionalmente desde 2014. Ele conheceu o breaking há 19 anos, em uma fase na qual seus pais estavam se separando. Seu pai passou a morar em outro bairro e, quando o visitava, via a "febre" do hip hop e do breaking na rua da nova casa. "Quando conheci o breaking, pensei: Eu quero isso", relembra.

"O breaking na minha vida significa quase tudo, porque vim de uma comunidade carente. Cresci em uma favela onde o fim da maioria dos jovens é ir para a criminalidade. A partir do breaking eu não enxergava essas coisas, porque não tinha tempo para poder ser influenciado. O tempo que eu tinha eu estava treinando breaking ou indo para a casa do meu pai. O breaking me 'cegou' em relação às outras coisas que poderiam me influenciar para algo negativo. Ele conseguiu me salvar disso", revela.

Hoje, destaca como consegue viver do esporte, sendo um atleta que recebe bolsas e ganha campeonatos. "Isso, para mim, é muito gratificante. Eu amo fazer isso. Amo esse esporte e essa cultura. Se não fosse o breaking na minha vida, poderia não estar mais vivo, porque 90% dos meus amigos de infância morreram e os que estão vivos foram para a criminalidade. Graças a Deus o breaking me salvou de tal forma que hoje sou inspiração para a minha comunidade", enfatiza.

 

Ícone do breaking brasileiro, b-Boy Pelezinho foi o primeiro do País a chegar à final mundial do Red Bull BC One; ele esteve na Cypher Fortaleza em 18 de maio
Ícone do breaking brasileiro, b-Boy Pelezinho foi o primeiro do País a chegar à final mundial do Red Bull BC One; ele esteve na Cypher Fortaleza em 18 de maio

Do Brasil para o mundo

Há quase 20 anos, um evento histórico marcou a visibilidade do breaking brasileiro no cenário internacional. Em 2005, pela primeira vez um brasileiro disputou a final do mundial do Red Bull BC One, a maior competição individual de B-Boys e B-Girls do mundo. Disputado em Berlim, na Alemanha, o campeonato teve participação de Pelezinho.

Hoje, ele é considerado um dos melhores dançarinos do mundo. Vestindo camisa da Seleção Brasileira e repleto de ginga na apresentação, Pelezinho se tornou referência para novas gerações. Muitos dançarinos, por sinal, decidiram ingressar no breaking pelo DVD que trazia sua participação.

"Quando subi naquele palco, não acreditava que estava batalhando em um evento como aquele. Nunca tinha competido em um evento internacional. É uma das recordações que eu tenho. Entrei no palco batendo palma. Pessoal achou que estava chamando a galera (da plateia), mas a verdade é que esqueci alguns movimentos que ia fazer e bati palma para lembrar", compartilha.

Natural de São José do Rio Preto (SP), ele começou sua trajetória no breaking entre 1995 e 1996. "Naquela época eu não tinha informação. Praticava junto com meus amigos, mas não imaginava que poderia ter uma mudança de vida e história no breaking. A nova geração tem muitas coisas boas, vários eventos bacanas e pessoas que estão apoiando o breaking", afirma.

Diante disso, destaca a importância de existirem eventos voltados ao breaking, como o Red Bull BC One: "Você dá suporte a um menino que está começando e pode descobrir um novo talento". Com sua experiência, serviu para "abrir portas" a brasileiros em campeonatos internacionais e para incentivar o surgimento de novos dançarinos. Hoje, analisa que o Brasil tem um legado na cena mundial de breaking.

"Comecei na varanda da casa do meu amigo, o Alien Man. Ele desceu espaço para praticar breaking no final de 1995 e começo de 1996. O breaking mudou minha vida e me salvou. Até hoje estou envolvido com o breaking, tem todo um legado que está aí e muitas pessoas têm respeito pela minha história", aponta.

 

Festival Cearense

Um dos principais eventos que destacam a força do hip hop e do breaking em Fortaleza é o Festival Cearense de Hip Hop (FCH2), idealizado por Andres Perdomo e Flavio Viana, dirigentes do Instituto de Dança, Arte, Cultura e Educação (Idance). Ele foi criado em 2011 para contribuir para o "fortalecimento e difusão da cultura hip hop no Ceará utilizando a dança como veículo de comunicação e expressão cultural".

No final de maio, o FCH2 chegou à 10ª edição e foi realizado no Theatro José de Alencar e nos teatros da Rede Cuca. O evento tem programação voltada para apresentação de espetáculos de dança, mostras livres, circuitos/seletivas, mostras competitivas de dança e intervenções urbanas na capital cearense.

Flip Jay, produtor e curador das competições de breaking e DJ do FCH2, analisa que o cenário do hip hop em Fortaleza "é forte desde o final dos anos 1980 e se consolidou nos anos 1990 com um crescimento exponencial de competidores". Entretanto, o nível da dança era mais baixo em relação ao contexto atual. Isso ocorria tanto por ser "início de uma cena nova" quanto pela "pouca informação".

"Hoje, temos menos pessoas dançando e competindo, mas tivemos um grande salto no nível. Existem diversos b-boys da nossa Cidade residindo na Europa e trabalhando profissionalmente com o breaking", afirma. A modalidade, por sinal, sempre foi "a menina dos olhos do FCH2", com grandes nomes no júri das competições.

Em 2024, o festival voltou a ser realizado após pausa ocorrida em 2018 devido à falta de apoio. Antes, havia o patrocínio da Enel, capaz de permitir "ótimas edições, com convidados internacionais e mestres fundadores das danças vindos de Nova York". Neste ano, a edição ocorreu de forma limitada via Lei Paulo Gustavo.

Diante disso, ele aponta a importância do festival para a cena, sendo capaz de promover intercâmbios: "Conseguimos revelar grandes nomes em todas as danças, principalmente no breaking. B-boys que ganharam reconhecimento nacional e internacional a partir do FCH2. Fizemos parcerias com outros eventos, onde trouxemos competidores e enviamos os nossos, formando um intercâmbio entre os eventos. Seguimos formando uma geração de grandes dançarinos".

FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 11-07-2024: Hiago Braga no Cuca Mondubim fala sobre o Breaking (break dance) que será nova modalidades desta edição da Olimpíada. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL, 11-07-2024: Hiago Braga no Cuca Mondubim fala sobre o Breaking (break dance) que será nova modalidades desta edição da Olimpíada. (Foto: Samuel Setubal/ O Povo)

Documentação histórica

Para documentar o breaking em Fortaleza, Hiago Braga criou, em 2021, o canal Fortal Break TV. Ele grava vídeos de campeonatos, cyphers e também faz coberturas de eventos na Capital, cidades do Interior e em outros estados. Ele já cobriu, por exemplo, o Festival Cearense de Hip Hop (FCH2), a etapa Nordeste do Campeonato Brasileiro de Breaking e o Red Bull BC One.

"Faz três anos que eu documento o breaking. Depois que parei de dançar, comecei a trabalhar no audiovisual e senti a vontade de prestigiar o esporte com a minha identidade visual. O breaking em Fortaleza é uma potência", indica. No YouTube, o Fortal Break TV acumula mais de 1,1 milhão de visualizações.

Por dentro dessa cultura desde 2008, quando o b-boy Gilson Break apareceu em seu bairro e mostrou o esporte para um grupo de crianças e adolescentes, Hiago Braga foi b-boy até 2016. Uma de suas referências foi o b-boy Pelezinho. Ao longo do período em que registra a atividade em Fortaleza, destaca a "positividade" como um dos principais elementos do breaking na Capital.

"O que mais chamou a minha atenção foi a potência da galera, a positividade e a construção de poder trabalhar juntos em prol do breaking. É uma cena que ainda tem dificuldades por conta do preconceito e não é tão valorizada e conhecida. A Olimpíada pode melhorar essa visão", pensa.

"O breaking de Fortaleza tem sido uma potência tanto no Nordeste quanto no Brasil. Temos b-boys e b-girls maravilhosos, que competem em alto nível. Isso tem trazido uma boa esperança para os jovens que estão entrando agora e serão o futuro do breaking", encara. Ele cita referências como Fly Jan, Gaspar, Nanyn, Karolzinha e Mig.

Com o Fortal Break TV, Hiago deseja "dar visibilidade" a essa cultura e "ser uma das maiores referências audiovisuais quando se trata do breaking". Ele enfatiza seu aprendizado ao longo desses anos e a felicidade por filmar a cena da nova modalidade olímpica.

"Imersão em Arte Urbana em Paris - O Filme", de Wes Maria e Renata Fortes, será exibido no Festival de Cinema Expressão Urbana

Conexão Fortaleza-Paris

A cultura urbana pulsa em Paris. Uma das pessoas que tiveram a oportunidade de imergir nessa atmosfera foi o cineasta cearense Wes Maria, que participou de um intercâmbio promovido pelo Instituto Iracema, de Fortaleza.

Com a cineasta Renata Fortes, produziu o documentário "Imersão em Arte Urbana em Paris", lançado no Festival Cinema Expressão Urbana, em Fortaleza. A viagem a Paris ocorreu em 2022, via edital público de seleção de artistas e profissionais da Dança e do Audiovisual para Imersão em Arte Urbana na capital francesa.

Estiveram nessa empreitada também Eduardo Africano, Lucas Vaz, Core e Kew Ajani. Os artistas cearenses tiveram aulas de dança na Escola Thony Maskot, primeira escola francesa de formação profissional em Dança de Rua.

"Foi uma experiência muito enriquecedora. Quando pensamos na Europa, pensamos muito em arte e memória, um lugar com muita história. Viver Paris foi viver intensamente a cultura e principalmente o Hip Hop, porque estávamos dentro de circuitos artísticos a todo momento. Havia um cronograma em que precisávamos acordar cedo, visitar museu, depois ir à Escola Thony Maskot… Foi encantador", relembra.

Para visibilizar a produção e a cultura urbana, ele idealizou o Festival de Cinema Expressão Urbana, que uniu o cinema e o hip hop no Centro Cultural Belchior (CCBel) em 4 de julho. Além da estreia do documentário, houve uma cypher (roda de dança) e premiação para quem mais se destacasse.

"É como um festival duplo, porque muitas pessoas não conhecem o breaking e não têm acesso ao cinema. É uma proposta que abraça isso. Vi pessoas passando, parando e sentando nos bancos do CCBel e acompanhando os dançarinos. Foi divertido", avalia.

Alguns passos...

Apesar de b-boys e b-girls imprimirem suas personalidades aos passos, o breaking é guiado por alguns movimentos básicos. Entre eles estão o Top Rock (sequência de passos em pé antes do dançarino iniciar os movimentos no chão), o Footwork (quando o dançarino está no chão e coloca as mãos no solo para dar suporte ao corpo enquanto se move), os Power Moves (elementos mais dinâmicos que usualmente ocorrem quando os atletas impulsionam o corpo em rotação contínua) e os Freezes (quando o breaker executa uma parada total).

Jogos Olímpicos

As batalhas de breaking nos Jogos Olímpicos de Paris serão realizadas em 9 e 10 de agosto. Ao todo, participarão 32 atletas, sendo 16 b-boys e 16 b-girls 

No Ceará...

A Federação Cearense de Breaking (FCBK) tem afiliados atualmente atletas de 28 municípios cearenses, como Jericoacoara, Sobral, Itapajé, Horizonte, Maracanaú e Caucaia. A faixa etária abrange breakers de 18 a 30 anos, aproximadamente.

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