Há alguns anos, quando falávamos sobre brechó, a primeira imagem que passava na cabeça de muitas pessoas era o conceito de roupas rasgadas e de má qualidade. Entretanto, a ideia de que usar roupas de segunda mão poderia ser motivo de vergonha já é ultrapassada.
Somando sustentabilidade e inovação, os brechós trouxeram ao setor da moda uma forma diferente de consumo, que está ganhando mais espaço em Fortaleza. A capital cearense oferece uma gama de opções para quem gosta de garimpar suas próximas vestimentas, pagando um preço muito mais acessível.
A primeira parada, por exemplo, pode ser no Brechó Segundo Ato, promovido pela Escola de Desenvolvimento e Integração Social para Criança e Adolescente (Edisca). O brechó surgiu há pouco mais de um mês e já demonstrou que veio para ficar para expandir cada vez mais as práticas de consumo da moda consciente.
Com peças a partir de R$ 10, entre roupas femininas, masculinas e infantil, o Segundo Ato atualmente funciona como uma loja virtual no Instagram. Os planos é que o empreendimento possa se expandir para uma loja física, na qual, além de vestimentas e acessórios, serão comercializados móveis e objetos de decoração.
"Reconhecemos que o virtual não é a melhor opção, pois de cara priva o cliente da experiência do garimpo, de tocar os tecidos, de provar as peças escolhidas. Por isso, assim que finalizarmos a reforma na nossa sede, iremos agendar visitas presenciais de pequenos grupos a Edisca, para que acessem o nosso acervo. Hoje são quase 3.000 peças", conta a diretora da escola Dora Andrade.
Todas as peças do Segundo Ato advém de doações, também feitas por meio de escolas parceiras e marcas de estilistas locais. Muitas das roupas do acervo são, inclusive, novas. As que são usadas são escolhidas conforme o estado de conservação da peça e a relevância da marca.
Dora também chama atenção para a moda consciente e a prática de um consumo sustentável. De acordo com ela, quem trabalha na área social sente de perto a importância de ações que contribuam para a equidade social e para a superação das desigualdades.
Ela revela que, durante a pesquisa de mercado que fizeram no momento da construção do plano de negócio, se depararam com dados alarmantes sobre o famoso "fast fashion". "Mas, percebemos crescer a cada dia o número de pessoas que compram pela causa, que compreendem de forma profunda a importância do consumo consciente", pontua.
Brechó Segundo Ato
Brechó Bbrechada
Outro lugar que pode ser visitado é o Bbrechada, no Benfica, comandado por Ana Cristina Monteiro desde 2015. A ideia de montar um local que vendesse roupas de segunda mão e em boas condições foi da filha de Ana Cristina, Amandyra, que percebeu a alta procura pelo segmento.
"Ela me ligou dizendo que a gente teria que abrir um aqui em Fortaleza e que existiam vários espalhados pela Cidade", relembra Ana Cristina.
A proprietária conta que compra lotes com 300 peças, além de garimpar algumas em feiras livres. Ela explica que todas as roupas, vendidas a partir de R$ 10, precisam ser "diferentes e vintage".
Ana Cristina também reforça a importância da prática de reutilização de roupas para reduzir os impactos ambientais. "A indústria têxtil causa uma enorme poluição, precisamos reduzir a fabricação de roupas e reciclar mais", conscientiza a empreendedora.
Conheça mais opções de brechó
Peça Rara Brechó
Susclo Brechó
Garimpeira Brecho e Custom
Brecho Pretta
Brechó Bagaciaga
Brechó Avia
Brechó Reinvenção