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Festival une MCs do circuito nacional e revelações cearenses na PI
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Festival une MCs do circuito nacional e revelações cearenses na PI

Representando a música urbana cearense, o Festival Corpo Arte reúne nomes locais da cena do Trap na JamRock no próximo sábado, 31
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West Reis representa o trap cearense no Festival Corpo Arte 2024 (Foto: Luan Kawee/divulgação)
Foto: Luan Kawee/divulgação West Reis representa o trap cearense no Festival Corpo Arte 2024

Com um beat contagiante aos ouvintes, o trap tem alcançado novos públicos Brasil afora. Trazendo a representatividade do gênero musical em Fortaleza, o 5° Festival Corpo Arte reúne artistas da cena do trap para apresentações entre os dias 31 de agosto e 7 de setembro JamRock.

Nesta edição, o evento recebe nomes como MC Marechal, West Reis, 6utto, Emiciomar, Dudu MC, Doixton, entre outros. Além de protagonizar a final da batalha de breaking, na Estação das Artes, nos dias 6 e 7 de setembro a partir das 16 horas.

A seleção de atrações do festival promove o encontro entre artistas consolidados da música urbana, que dividem o palco com talentos cearenses que despontam na novíssima geração. O cantor West Reis, natural do Ceará, revela como o intercâmbio de experiências é um fator fundamental para a pluralidade do ritmo.

“Eu cresci no meio de várias vertentes musicais e sempre quis juntar os estilos regionais com o trap e o rap. Decidi misturar para trazer uma visão diferente, além de possibilitar que artistas se conhecessem melhor, facilitando as colaborações entre eles. Com o intuito que essa rede de artista reduzisse o tabu sobre o gênero”, destaca.

Para o também cantor de trap das terras alencarinas, Real Zed, trazer eventos que contemplem o subgênero surgido na década de 2000, fruto do rap e hip-hop, é um incentivo ao protagonismo artístico local.

“Considero muito importante esse sistema de trazer mais eventos que abracem essa cultura que vive em Fortaleza. A nossa cena precisa de apresentações que falem sobre a cultura em si, buscando mostrar todo o trabalho por trás, destacando a ideologia do rap e hip-hop”, enfatiza.

Além de mostrar o estilo musical, o evento é visto como oportunidade para artistas proporcionarem visibilidade aos movimentos culturais das periferias. O rapper e produtor de Niteroi, MC Marechal, confronta o estigma social de que os conteúdos que surgem da área periférica abordam exclusivamente as temáticas de sexo, dinheiro e poder.

“Acredito que a essência do rap é algo pessoal para cada artista. Nas minhas músicas, busco apresentar uma luta por educação, consciência humana e evolução espiritual. Isso reflete o que considero ser o fundamento do conceito do hip-hop, que tem base no ‘movimento de quem se mantém antenado’”, explica.

Animado com a participação, ele reforça a importância de celebrar a cultura do rap e hip-hop. “Importante ter festivais como esse em Fortaleza. Fico muito feliz e fico honrado em estar escalado para representar na parte do MC, com outras e outros MCs, essa força da cultura hip-hop dentro do festival e da cidade”, comenta.

Os artistas cearenses se unem ao cantor de “Favela vive 5” e mantém boas expectativas para a apresentação. “Vai ser maneiro. Esse é o primeiro show do meu álbum, em que passei um tempo trabalhando apenas nesse projeto. Para mim vai ser uma experiência muito massa, porque eu vou estar de volta no palco”, frisa West.

Autor do single “3 noites”, Real Zed afirma aguardar emoção em relação ao evento. “Gosto muito dessa troca de energia da galera e quero sair de lá realizado e saber que fiz o meu melhor, que as pessoas se sentiram bem em ouvir meu som e o meu trabalho. Assim a gente já parte para a próxima vez”, destaca o artista.

Os cantores Mc Marechal e West Reis integram as apresentações deste sábado, 31, enquanto Real Zed participa da edição na semana seguinte, no dia 7 de setembro. Ambas as datas iniciam a partir das 20 horas.

Cena do Trap cearense

O trap em Fortaleza tem ganhado força nos últimos anos, destacando-se como um dos movimentos culturais mais vibrantes da capital cearense. Fato notório no destaque do trabalho do cantor Matuê, cearense que possui quase 8 milhões de ouvintes mensais no Spotify.

Além disso, a identificação do público com as composições e o surgimento de novos talentos têm sido fundamentais para o crescimento da cena, que segue em expansão e promete colocar Fortaleza como um polo importante do trap no Brasil.

“Vejo a cena com enorme potencial e em um processo de constante organização. Acredito muito no futuro do trap no Brasil e na evolução contínua do gênero, que está cada vez mais ganhando espaço e se consolidando”, reforça MC marechal.

Real zed complementa o companheiro de arte: “Fortaleza é uma mina de ouro de artistas de trap, que já é bem falado até mesmo fora do nosso estado e tem uma sessão gigantesca na música e merece muito mais visibilidade e valorização”, aponta.

West Reis relembra que a atual expansão trap cearense tem ganhado destaque no cenário nacional devido à sua capacidade de misturar elementos culturais. Mistura buscada pelo músico no EP “Trapseiro”, que também se utiliza como referência o piseiro.

“A gente vê que está pegando bem mais esse estilo, tem mais pessoas fazendo isso. É muito gratificante ver, porque é o que a gente precisava, a gente batalhou muito para poder conseguir esse espaço”, comenta Reis.

Festival Corpo Arte

  • Quando: 31 de agosto a 7 de setembro
  • Onde: Jamrock (Rua dos Tabajaras, 402 - Praia de Iracema)
  • Quanto: R$ 100 (inteira); R$ 50 (meia) e R$ 70 (solidario 1kg de alimento )
  • Vendas: www.efolia.com.br
  • Mais informações: @corpoarte24 

Final da batalha de breaking

  • Quando: 6 e 7 de setembro, a partir das 16 h
  • Onde: Estação das Artes (R. Dr. João Moreira, 540 - Centro)
  • Gratuito
  • Inscrições: @corpoarte24
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