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Rock Cordel realiza maratona com 80 shows a partir deste sábado, 12
Vida & Arte

Rock Cordel realiza maratona com 80 shows a partir deste sábado, 12

Maior evento gratuito de rock cearense retorna após quatro anos e reúne 80 bandas de diversos segmentos musicais em seis dias de show, debates, formações e outras atividades
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Vanessa de Assis e Berg Menezes (acima) e Claudine Albuquerque são atrações da do 11º Rock Cordel
 (Foto: Thiago Matine/Divulgação)
Foto: Thiago Matine/Divulgação Vanessa de Assis e Berg Menezes (acima) e Claudine Albuquerque são atrações da do 11º Rock Cordel

A 11ª edição do Festival Rock Cordel inicia neste sábado, 12, no Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza (CCBNB), com a programação de shows seguindo no domingo, 13. Após breve pausa, o evento volta na quarta-feira, 16, e segue até sábado, 19. Sempre com acesso gratuito.

O Festival conta com três palcos funcionando de forma simultânea, além de espaço de comercialização de CDs, vinis, camisetas e acessórios. Além de cerca de 80 shows, a programação inclui debates, workshops, oficinas e outras atividades. Também será possível a interação com os artistas. "Os músicos estarão circulando pelos palcos antes e após as apresentações", afirma Amaudson Ximenes, um dos curadores do Rock Cordel e guitarrista da banda Obskure, que toca no festival.

A última edição do Rock Cordel foi realizada em 2020, até que veio a pandemia da covid-19. Pouco antes, o festival tinha sido ampliado como uma programação mensal. "O Rock Cordel chegou a acontecer durante o ano todo. Tínhamos o festival em um mês fixo, geralmente em janeiro. E o programa mensal", finaliza Amaudson.

Felipe Cazaux, cantor e guitarrista da banda Mad Monkees, destaca a importância histórica de eventos como o Rock Cordel para o intercâmbio de experiências. "É essencial existirem mais festivais como o Rock Cordel, que tem uma pluralidade muito grande de estilos no próprio rock. O número de festivais também diminuiu com o passar dos anos. Festivais com menos dias, com menos apoio, menos condições de realizar um evento grande. O Rock Cordel é muito bem-vindo nesse sentido, abrigando várias bandas de diferentes vertentes", afirma.

Para Roberto Lessa, músico e guitarrista de blues, o Festival reconhece os artistas locais. "E eu falo da cena autoral e vou incluir o blues também, que é o meu ramo. Existem elementos que tiram o rock e o blues autoral dos principais temas de comunicação", acrescenta.

Além da difusão da produção musical independente, o Rock Cordel visa revelar as influências das bandas em suas sonoridades e os elementos nordestinos e celebrar a diversidade cultural da região. Berg Menezes, cantor, compositor e produtor, acredita que a cena do rock cearense luta para se manter ativa, apesar dos custos e da ausência de espaços que incluam trabalhos locais.

"O Rock Cordel voltar a ser realizado é a prova de que o gênero ainda se mantém vivo e tem um público cativo. É uma forma de abrir os olhos para o fato de que a cena precisa de espaço e que não perde em qualidade", continua. "É muito importante que o festival volte com força no calendário da Cidade. Tivemos experiências muito marcantes no mês passado nos apresentando no Instituto dos Cegos e Instituto de Educação de Surdos. Foi uma experiência fantástica ver os públicos específicos em cada um desses espaços percebendo e sentindo a música, cada um ao seu modo", aponta Berg Menezes.

Claudine Albuquerque afirma que o Rock Cordel do ano de 2015 foi o palco de uma das suas experiências mais marcantes. "Eu estava passando por uma crise de depressão que me paralisava, mas tinha um show com a minha banda da época. O carinho e suporte da produção, e do público, que conseguiu lotar em um horário que não era fácil, foi um divisor de águas na minha história. História essa que estou aqui até hoje para contar, celebrar e continuar fazendo", comemora cantora e compositora natural do extremo sul da Bahia.

Claudine mora no Ceará há 18 anos e transita entre o rock e a MPB. Sobre suas influências no rock, ela iniciou com Deep Purple, foi voltando às origens e chegou em Rosetta Tharpe. "Descobri que o rock tem mãe e é negro como eu. Assim, comecei a pesquisar e consumir mais artistas negros. Chuck Berry, Jimi Hendrix, Bad Brains, Living Colour, Lenny Kravitz e mais atuais como Black Pumas", conta. "Faltam mais mulheres, mas as 'manas' estão cuidando de refazer o caminho da 'Sister' Rosetta", avalia.

O Rock Cordel surgiu em 2007 em Fortaleza e seguiu para outras unidades do CCBNB, como na Paraíba e Juazeiro do Norte. O Festival faz referência à canção "Rockcordel" de Ednardo, de 1983. A canção faz destaque a uma melodia que faz barulho, a energia pulsante do rock e a poesia cultural nordestina.

Leia no O POVO + | Confira mais histórias e opiniões sobre música na coluna Discografia, com Marcos Sampaio

Festival Rock Cordel

  • Quando: 12, 13, 16, 17, 18 e 19 de outubro
  • Onde: CCBNB (Rua Conde D´Eu, 560 - Centro)
  • Gratuito
  • Mais informações: @ccbnb_fortaleza

Programação do fim de semana

* Programação enviada pela assessoria do evento e sujeita a alterações

Sábado, 12/10

  • 12h30min - Dissídio
  • 14 horas - Last Blood
  • 14h40min - Ashes
  • 15h20min - Lucifer Priest
  • 16 horas - Faixa de Gaza
  • 16h40min - Asmodeus
  • 17h20min - Facada
  • 18 horas - Oráculo
  • 18h40min - Solipso
  • 19h20min - S.O.H.
  • 20 horas - Mad Monkees
  • 20h40min - Réu Podre
  • 21h20min - Darkside
  • 22 horas - Corja
  • 22h40min - Obskure

Domingo, 13/10

  • 11 horas - Hevelany & Lost Boys Band
  • 11h40min - Caíke Falcão
  • 12h20min - Quatorze Zeromeia
  • 13 horas - Gabriel Yang
  • 13h40min - Dantas Garage
  • 14h20min - Berg Menezes
  • 15 horas - Andrew Davis
  • 15h40min - Claudio Oliveira
  • 16h20min - Sou Funk
  • 17 horas - Rafael Balboa
  • 17h40min - Tatiana Freitas
  • 18h20min - Luh Lívia
  • 19 horas - Claudine Albuquerque
  • 19h40min - Marília Lima
  • 20h20min - Renegados

Quarta, 16/10

  • 15h20min - Jardim Suspenso
  • 16 horas - Love Gun
  • 16h40min - Terra Mórfica
  • 17h20min - Rockbitez
  • 18 horas - Dirty Bells
  • 18h40min - Shirley Cordeiro
  • 19h20min - Freddie Mercury Cover
  • 20 horas - André Marinho & Os Verdinhos
  • 20h40min - Mahogani

Quinta, 17/10

  • 16 horas - Fireline
  • 16h40min - Bull Control
  • 17h20min - Void Tripper
  • 18 horas - Dead Enemy
  • 18h40min - Sysyphus
  • 19h20min - Entorpecidos
  • 20 horas - Caixão 
  • 20h40min - Cover Restart 
  • 21h20in - Backdrop Falls 
  • 22 horas - Lavage
  • 22h40min - Thrunda 

Sexta, 18/10

  • 13h20min - Sala 13
  • 14 horas - Aderiva
  • 14h40min - Elaã
  • 15h20min - Necrofilosophy
  • 16 horas - Neverheals 
  • 16h40min - Teoria Dinâmica 
  • 17h20min - Dead Ratts (Horizonte)
  • 18 horas - Volurya (Pacajus) 
  • 18h40min - Another Path (Horizonte) 
  • 19h20min - Fast Evil (Piauí) 
  • 20 horas - Contempto (Pacajus)
  • 20h40min - Agressivium (Piauí)
  • 21h20min - Megahertz (Piauí) 
  • 22 horas - Betrayal - Trash Metal
  • 22h40min - Procreation

Sábado, 19/10

  • 13h20min - Conte! 
  • 14 horas - Infinita Madrugada 
  • 14h40min - Miss América do Sul 
  • 15h20min - Sobrecéus 
  • 16 horas - Ponta Agulha (Uruburetama) 
  • 16h40min - Taylor
  • 17h20min - Georgez
  • 18 horas - Quando o Oceano nos Engoliu 
  • 18h40min - Ariel Void 
  • 19h20min - Rubber Soul 
  • 20 horas - Roberto Lessa 
  • 20h40min - Caixeiros Viajantes 
  • 21h20min - Sulamericana 
  • 22 horas - Plastique Noir 
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