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Bienal Criança reúne 24 espetáculos para celebrar o universo infantil
Vida & Arte

Bienal Criança reúne 24 espetáculos para celebrar o universo infantil

|Artes cênicas| A abertura oficial será no dia 11 de outubro, às 19h, em Paracuru. O evento acontece até o dia 26 de outubro com programação em Fortaleza, Paracuru, Trairi, São Gonçalo do Amarante, Pacatuba e Juazeiro do Norte
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Espetáculo
Foto: Lú Barcelos/Divulgação Espetáculo "Fica Comigo", do Ateliê do Gesto, é apresentado na Bienal Criança

Quem pensa que o dia das crianças é uma data que somente deve ser destinada ao comércio de roupas e brinquedos para o público infantil, saiba que está completamente enganado. A data também foi criada com o intuito de lembrar e proteger os direitos à educação, saúde e protagonismo dos pequenos na sociedade.

A 3° edição da Bienal da Criança será realizada no Estado entre os dias 11 e 26 de outubro. O evento, que fará uma circulação por algumas cidades do Ceará, trará uma série de cerca de 46 apresentações artísticas de 24 trabalhos diferentes, com foco no público infantil e na importância da diversidade de uma categoria que, muitas vezes, é marginalizada. Toda a programação tem entrada gratuita, com acesso por ordem de chegada.

A abertura será neste fim de semana em Paracuru e Trairi, depois seguindo para São Gonçalo do Amarante, Fortaleza, Pacatuba e Juazeiro do Norte.

Segundo David Linhares, diretor do evento, a proposta da Bienal Criança é conscientizar as pessoas a respeito da inclusão e da acessibilidade de crianças negras, indígenas, neurodivergentes e com deficiências, por meio das linguagens cênicas. “Uma bandeira importante que levantamos é a da acessibilidade como inclusão. Isso é uma luta que é importante que nós abracemos. O trabalho com essas crianças, que podem ser autistas, podem ter uma deficiência auditiva ou física… Então, essas crianças passam a ser protagonistas”, afirma.

Sobre a terceira edição da Bienal, David fala da importância de utilizar as tecnologias de forma que não limite o seu uso às crianças que farão parte do evento. Para o diretor, é fundamental educar o público infantil de modo a usar celulares e tablets com o intuito de produzir conteúdo artístico e cultural. “Nós vamos trabalhar esses instrumentos, como tablets e celulares, de forma que as crianças usem na Bienal. Elas serão convidadas a serem as pessoas que estarão criando as dancinhas de TikTok”, continua.

O diretor da Bienal da Criança ressalta que, além do incentivo, os profissionais presentes no evento fazem formações com as crianças para o uso dessas ferramentas. “Existe toda uma formação para o TikTok e em vídeo. Tem pensadores, quatro da Suíça e quatro de vários países da América do Sul, com um projeto proposto para a Bienal. Então, na porta dos espetáculos, nós teremos câmeras nas quais as crianças vão poder entrevistar outras crianças e os artistas que vão se apresentar”, finaliza.

Uma das apresentações que estarão na 3° Bienal da Criança é intitulada de “Água Viva”. Esta consiste na sincronização de três artistas, que, envolvidos em uma lona azul, simulam o movimento da água. Clarice Lima, uma das artistas que integram o número, fala de como a apresentação pode envolver o público infantil de maneira lúdica. “O trabalho é todo construído como uma espécie de aproximação. Nós vamos nos aproximando das crianças. Então ele começa até um pouco misterioso e aos poucos vai chegando mais próximo, até que, no final, nós esperamos que as crianças dancem conosco”, enfatiza.

Para Clarice, a apresentação foi pensada para destacar a água como uma potência de vida, investigar a qualidade do movimento da água e explorar o objeto que é o centro, o cenário e o figurino. A ideia da água é subvertida, aquilo que pode destruí-la se torna o que ela é. “É curioso porque utilizamos um elemento que é plástico total, uma lona, que, inclusive, é uma coisa que polui muito as águas. E gostamos de pensar no que mais um plástico pode ser, além de poluição”, conta. “É muito arriscado porque é uma aposta. Pode ser bom e pode ser ruim. E eu acho isso incrível”.

A Bienal Criança, parte integrante da Bienal Internacional de Dança do Ceará - De Par em Par, foi criada após o projeto “Dança, Ceará, Criança” em 2021. Em 2023, em sua segunda edição, o projeto passou a se chamar Bienal Criança e a integrar a Bienal De Par em Par. Essa iniciativa busca formar as crianças por intermédio da dança e do teatro, o circo e o cinema. Com espetáculos e ações formativas, alcançar o público de todas as idades e garantir os seus direitos mais básicos.

Programação do fim de semana

11/OUT (SEXTA-FEIRA)

TRAIRI

15h - Escola de Ensino Fundamental Jonas Henrique de Azevedo

"Retalhos" - Escola de Dança de Paracuru

"O que você tem na cabeça" - Percurso de Criação de Jorge Garcia com a Paracuru Cia de Dança e a

Escola de Dança de Paracuru

PARACURU

19h - Teatro David Linhares

Cerimônia oficial de abertura

19h30 - Teatro David Linhares

"O que você tem na cabeça" - Percurso de Criação de Jorge Garcia com a Paracuru Cia de Dança e a Escola de Dança de Paracuru

12/OUT (SÁBADO)

TRAIRI

10h - Escola de Ensino Fundamental Jonas Henrique de Azevedo

"A Viagem de um Barquinho" - Percurso de Criação do Pavilhão da Magnólia

PARACURU

19h - Teatro David Linhares

"Alie e as estrelas" - Percurso de Criação do Teatro Máquina

VIII Bienal Internacional de Dança do Ceará De Par em Par - 3ª Bienal Criança

Quando: 11 a 26 de outubro de 2025;

Onde: Em Paracuru (11 e 12/out), Trairi (11 e 12/out), São Gonçalo do Amarante (15/out), Fortaleza (18, 22, 23, 24, 25 e 26/out), Pacatuba (21, 23, 24 e 26/out) e Juazeiro do Norte (24 e 25/out).

Gratuito

Mais informações:
@bienaldedanca

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