Alex Aguiar, proprietário da Freelancer Discos, loja também localizada na Galeria Pedro Jorge, afirma que o público jovem de 20 a 35 anos é o principal comprador de discos em sua loja fundada em 2015.
"A galera quer escutar música de maneira física, quando estão em casa fazendo alguma atividade, coloca um vinil ou algum CD para tocar e relaxar", destaca Alex.
Apesar dos artistas pop como a norte-americana Taylor Swift terem esse impacto no crescimento dos CDs entre os jovens devido a ampla quantidade de produtos colecionáveis à venda, Alex frisa que rock é um dos principais gêneros procurados em sua loja.
"Eu tenho que dizer que o CD tá voltando e não é apenas MPB. A galera procura muito jazz, rock e heavy metal, por exemplo, Black Sabbath, eu tô sem nenhum aqui na loja do Centro", frisa.
Para Elineudo Morais, da Planet CDs, a maior dificuldade para manter a resistência das lojas com mídias físicas na Capital em alta tem sido as lojas digitais e vendas online que, para ele, apesar de ter seus benefícios, tem suas desvantagens.
"Devido ao streaming, diminuiu um pouco do público, mas o maior impacto que tivemos foram das lojas online, porque, com elas, a galera não precisa sair de casa e pode comprar ali pela internet. E, às vezes, o cara tem todo o catálogo online e por não ter as despesas de uma loja física, ele não tem custo", explica.
Elineudo defende que agora é uma boa oportunidade para o investimento em CD e diz que a loja física tem um espaço vantajoso. "Então ele (vendedor virtual) pode vender mais barato, aí isso aí atrapalha um pouco. Mas ainda tem uma galera que gosta de vir na loja física pegar, ver e avaliar os produtos", conclui.
Alex também concorda que, apesar da venda digital ter a praticidade, a presença de um espaço físico aberto ao público é essencial e faz diferença nas vendas. Ele destaca como faz equilíbrio entre os negócios presencial e virtual.
"Iniciei virtualmente, com vendas de vinis e CDs por meio de grupos de WhatsApp, que devido à demanda precisei criar outro e ainda uso até hoje. Mas também tenho sede física no bairro Quintino Cunha desde 2015 e depois ampliamos para o Centro e hoje contamos com mais de 4500 CDs. Esses grupos me ajudam nas vendas e na busca por novos discos, é uma comunidade, temos uma parceria", destaca.