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As casas de forró na memória da noite de Fortaleza: "A minha vida é o forró"
Vida & Arte

As casas de forró na memória da noite de Fortaleza: "A minha vida é o forró"

Do Clube do Vaqueiro ao Cajueiro Drinks, as memórias de quem viveu o auge do forró na Grande Fortaleza se encontram na diversão, na renda e no estímulo à cultura
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Forró no Sítio Siqueira (Foto: Reprodução/Instagram @siqueiraclube)
Foto: Reprodução/Instagram @siqueiraclube Forró no Sítio Siqueira

“Apagam-se as luzes do Sítio Siqueira”, anuncia no microfone o radialista e locutor Rasga Baleia. O discurso é conhecido e ambienta o público na atmosfera que está por vir: em instantes, é hora da diversão. Mais que isso, aliás. Pode colocar no caldeirão a dança, a cerveja, a confraternização, a amizade e, claro, a música.

O “palco” é o Sítio Siqueira, mas ele é apenas um dos vários exemplos marcantes de casas de forró que ficaram consagradas entre os anos 1980 e 2000 na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A viagem no tempo é sonorizada por bandas icônicas que também surgiram nesse período, como Mastruz com Leite, Cavalo de Pau e Brasas do Forró, e artistas como Taty Girl e Samyra Show.

Trânsito intenso, lotação, bebidas baratas, forró por longas horas e clubes na periferia são memórias que rondam o auge do gênero musical na Grande Fortaleza. Além de proporcionarem diversão, os estabelecimentos foram importantes para a propulsão de novos artistas e estímulo à cultura local. Neste episódio da série de reportagens sobre a noite fortalezense, é tempo de revisitar as casas de forró.

Um dos pontos mais tradicionais para o forró em Fortaleza é o Kukukaya. A casa surgiu para celebrar a música do Nordeste e valorizar a cultura local - o nome também faz referência à canção “Kukukaya (Jogo da asa da Bruxa)”, de Cátia de França, lançada no final da década de 1970. O espaço segue em funcionamento.

“O Kukukaya surgiu inicialmente com uma proposta alternativa no polo do Benfica, um bairro tradicional da efervescência cultural de Fortaleza. Um espaço de música e boas comidas. O forró chegou no momento em que a cidade estava vivendo uma ausência dessa tradição e preencheu uma lacuna”, relata Walter Medeiros, um dos primeiros administradores do empreendimento junto com sua esposa, Elaine Brito.

Segundo Walter, quando o Kukukaya foi criado a capital cearense “vivia um momento de discriminação com as tradições” no qual “reinava o chamado forró de plástico”. “Foi um desafio, vencido com muito zelo com a música autêntica nordestina. Mas vencemos e o forró de Luiz Gonzaga e seus seguidores manteve-se no topo da preferência dos jovens e dos mais experientes”, afirma

Entre os artistas que passaram pelo Kukukaya estão nomes como Dominguinhos, Elba Ramalho, Geraldo Azevedo, Fagner, Moraes Moreira, Dorgival Dantas, Kátia de França, Beto Barbosa e Odair José. “Éramos muito ligados à boa música brasileira”, destaca Walter.

A tradição forrozeira foi herdada por sua filha, que abriu o restaurante Verdura, na Praia de Iracema. No local será realizado um “forró raiz” em 21 de dezembro. Há cerca de dez anos Walter e sua esposa venderam a marca do Kukukaya. Hoje o empreendimento localizado na avenida Pontes Vieira é administrado por outros parceiros, entre eles Bruno Monteiro.

“O cenário musical de Fortaleza passa pelas casas noturnas. É de grande relevância para a manutenção da música a existência de casas que unam a boa culinária e a boa música”, exclama o idealizador do Kukukaya.

No Parque Araxá, “bairro muito musical e diverso”, como destaca o sociólogo e produtor cultural Amaudson Ximenes, surgiu o Forró do Valdemar (1988-1990). A história do espaço se relaciona com a criação de um espaço de lazer para os brincantes do Maracatu Leão Coroado. Assim, foi idealizado o Forró do Leão Coroado.

Aos sábados e domingos, os integrantes do maracatu se reuniam ao som da vitrola para “desfrutar do tradicional forró cearense”. A sede passou a ocupar espaço na Rua Moreninha Irineu, sendo seus “vizinhos” os amigos José Pereira, Valdemar Gomes e demais participantes da agremiação carnavalesca.

O forró se firmou ao longo dos anos e se tornou uma grande atração. A agremiação carnavalesca, porém, enfraqueceu entre os anos 1980 e 1990. “O bloco aos poucos foi se despedindo das ruas, mas o Forró do Leão permanecia por iniciativa do então idealizador Valdemar Gomes da Silva. Assim, o forró passou a ser conhecido como Forró do Valdemar”, explica Aldecir Ferreira da Silva, filho de Valdemar.

“Aos sábados, o forró que ocorria na antiga sede do Maracatu Leão Coroado foi se mantendo, contando com a participação de um expressivo número de participantes. Além do forró que ocorria nas noites de sábados e domingos, eram realizados piqueniques onde os integrantes do forró tinham oportunidade de conhecer praias do litoral cearense”, acrescenta.

Com a iniciativa, foi possível “difundir a cultura carnavalesca e o forró tradicional do Ceará”, estabelecendo fortes vínculos de amizades e marcando história. Para a neta de seu Valdemar, Daniela Silva, a relação com o forró de hoje é “de estranhamento”, pois o ritmo é “bem diferente do período do seu avô”.

Como elencado pelo sociólogo Amaudson Ximenes, o Parque Araxá foi palco de acolhimento para o forró com espaços como o “Forró do Bosco” ou “Forró da Leda”. “Estava situada na Rua Azevedo Bolão. Acontecia aos domingos no quintal do casal. Começava às 17 horas e seguia até meia-noite. Era bem tranquilo. A vizinhança apoiava e frequentava o espaço”, indica.

Foi lá, por exemplo, que viu pela primeira vez músicos que posteriormente teriam maior notoriedade, como Kátia Cilene, João Bandeira e Clementino Moura, sendo o início do chamado forró eletrônico. “O Mastruz com Leite inaugurava uma estética ao estilo, inserindo componentes elétricos e vocais femininos às músicas”, explica.

O sucesso das casas de forró principalmente nas décadas de 1980 e 1990 não é novidade, mas surge a dúvida: o que pode explicar esse boom? Para Pedro Rogério, professor e pesquisador de História da Música Cearense na Universidade Federal do Ceará (UFC), duas grandes fontes de influência foram fundamentais para a ampliação das casas de forró.

Nesse leque entram o apoio de empresas ligadas ao agronegócio financiando grandes eventos de vaquejada no Nordeste e rodeios nas demais regiões do Brasil. Por outro lado, o impulso das telenovelas, nas quais muitas tiveram o ambiente da fazenda e negócios com gado como tema. Ele cita o Clube do Vaqueiro como a casa de shows de forró mais conhecida - “grandes festas patrocinadas por grandes empresas de bebida”.

Entram em cena, então, um grande setor do comércio favorável ao surgimento do fenômeno, uma cultura nacional alimentada por novelas, empresas interessadas na adesão ao tema nacionalmente e, claro, “a música que chega a seu auge com Beto Barbosa, se tornando o símbolo maior do forró”. Destaque também para Sidney Magal para o impulso no consumo nacional da lambada, uma dança que vem junto com a música.

Localmente, Pedro Rogério enfatiza a importância de Emanoel Gurgel enquanto “grande empresário com ampla visão comercial”. Ele investe em várias bandas de forró, que viajam por cidades do Interior do Brasil, e vira proprietário da rádio SoomZoomSat, com difusão nacional. Ela transmitia shows e formava “o gosto musical do público”.

“Estamos falando de uma cultura de massa, com divulgação em massa para consumo em massa. As festas eram o endereço natural dos finais de semana. A maioria longe dos bairros de classe média e alta da cidade. Não era uma cultura cult, era um produto de entretenimento produzido e vendido em larga escala”, analisa.

De fato, o rádio teve grande importância na disseminação do forró. O radialista Rasga Baleia, com quase 40 anos de rádio, teve - e continua tendo - influência no cenário. Ele surgiu no cenário do forró em 1996, quando foi convidado por Assis Monteiro para alavancar o forró na Rádio Tropical FM.

Antes, era conhecido como DJ Baleia e comandava programas de funk, rap, dance music e músicas românticas na rádio Jangadeiro. Ao passar para o forró, consolidou seu nome. Ele também teve passagem de dois anos pela Rede Somzoom Sat. Além de ser a voz da rádio, ele era a “cara dos palcos”.

“Era a cara do Sítio Siqueira. ‘Apagam-se as luzes do palco do Sítio Siqueira’: a frase que todo mundo me pede para falar hoje”, recorda Rasga Baleia. O locutor lembra alguns destaques das casas, como a entrada acessível do Sítio Siqueira e preço camarada da cerveja. Além disso, o público ficava junto, misturado, não havia divisão de lounge ou camarote. As casas ficavam lotadas.

“A minha vida é o forró. Tudo que tenho devo ao forró. Os amigos que tenho, tudo foi movimentado pelo forró. É a cara do Baleia”, complementa.

Bruna Monique se apresentou como dançarina em casas de forró na Grande Fortaleza
Bruna Monique se apresentou como dançarina em casas de forró na Grande Fortaleza

Quem fez a noite

As casas de forró na Grande Fortaleza conseguiram alavancar a carreira de muitos músicos. A observação é constatada por diferentes profissionais da noite, como o compositor e acordeonista cearense Adelson Viana. Em sua análise, na década de 1990 até 2000 havia um “cenário muito favorável” para festas onde o forró era predominante, tanto em casas como em clubes nos bairros.

“A importância dessas casas de forró é enorme. Alimentavam a nossa cultura, tradição, a música que fala da nossa terra, a nossa identidade como povo, e também alimentava todo um mercado de músicos, compositores, profissionais de som, de luz e tantos outros que estavam envolvidos”, reflete.

Apesar de reconhecer que ainda existem casas de forró tradicional, compreende que antes era mais descentralizado. O custo era menor, pois sempre tinha um clube perto das residências dos frequentadores. Hoje, analisa que os espaços são menores, há custo maior com bebida e grupos não são tão bem remunerados devido a uma frequência menor.

“O que resta são os grandes eventos feitos em estádios, onde se vende um ingresso no qual a pessoa passa a noite toda no evento e se diverte com um custo bem mais alto. São festas, porém, com distância maior entre si. Havia uma democratização da cultura naquela época. Era tanto mais em conta para o frequentador como também mais perto e acessível para as pessoas”, elabora.

Adelson Viana tocava em casas como o Kukukaya, Curral do Boi, Sítio Tá bonito, Pirata Bar e clubes de bairro. “Era muito bom. Tínhamos um público que sempre comparecia, gostava da música que fazíamos e se divertiam bastante”, confirma. Para ele, o mercado se fortaleceu muito na década de 1990.

A questão é ressaltada pelo professor de acordeon Turpim Araujo. Ele destaca a ascensão das grandes bandas de forró e do papel de empresários como Emanuel Gurgel, Posidônio, Chico Bil e Zequinha Aristides. Sua família veio do sertão para se estabelecer em Fortaleza em 1974. O pai, sanfoneiro e afinador, queria conquistar nova clientela, e assim seus filhos já frequentavam casas que também tocavam forró, como Grêmio dos Ferroviários e Secai.

Apesar de não ter se dedicado a tocar na noite, conseguiu acompanhar de perto a rotina das casas de forró. Entre os perrengues cita “burocracia”, altas despesas, concorrências desleais e fiscalização rigorosa, além de “proprietários que não têm respeito com o profissional da música”.

Sobre a importância das casas de forró, afirma: “As casas alavancaram a carreira de muitos músicos e artistas, mas temos que concordar que é uma disputa muito ferrenha desses profissionais por espaço. A desunião prejudica, o desrespeito ao profissional prejudica, o descaso da fiscalização em relação ao músico e artista também prejudica. Mas, tirando isso, temos muito a ganhar mantendo essas casas funcionando”.

Nonato Cordeiro, acordeonista e professor no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), afirma que o período no qual mais tocou em casas de forró foi na década de 1980, quando esteve na Banda Tropical. Alguns espaços pelos quais passou foram Cajueiro Drinks e Três Amores.

Na década de 1990, tocou na Banda Acaiaca como sanfoneiro - o grupo, que também tinha dançarinos, tocava vários estilos, mas o forró era parte obrigatória do repertório. Ele cita como grande desafio para as casas de forró ao longo desse tempo o aspecto de “trazer público”.

“Lembro que casas como Pau de Arara, Siqueira Clube, Mansão do Forró, Palácio do Forró situavam-se nas proximidades de terminais de ônibus, o que facilitava o acesso de um público de menor poder aquisitivo. 3 Amores, Cantinho do Céu, Parque do Vaqueiro, Clube do Vaqueiro era geralmente frequentado por um público que tinha seus próprios veículos, portanto de maior poder aquisitivo. Na década de 1990, na era Mastruz com Leite, as emissoras de rádio faziam transmissões diretamente das festas de forró, convidando os expectadores a se fazerem presentes. Era um chamado que surtia efeito.

O boom do forró movimentou a cena não só para instrumentistas, mas também para dançarinas, como no caso de Bruna Monique, 40. Formada em Educação Física e hoje coach de crossfit, ela se dedicou por 20 anos ao forró, com passagens por bandas como Forró Real, Gatinha Manhosa, Forró Exportação, Forró Caribe, Caviar com Rapadura e Aviões do Forró.

A trajetória começou em 1997, quando tinha 14 anos. Na época, relata que as bandas tocavam “metade forró e metade swingueira/axé”. Sua primeira banda de forró famosa foi o Forró Real. “Foi uma honra muito grande. Um sonho realizado. Todas as vezes que tocávamos no Parque do Vaqueiro arrastávamos multidões. Nessa época, a banda não tinha muito dinheiro como tem agora. Metade do ônibus era ‘baú’ e a outra metade eram cadeiras. Era uma época bem diferente”, elenca.

Bruna lembra também da agitação do público: as casas de forró ficavam lotadas. “Era um trânsito enorme para chegar no Parque do Vaqueiro, por exemplo. Quando a banda chegava, era praticamente impossível o ônibus passar”, afirma. Lembranças marcantes, portanto, de uma época na qual o forró viveu seu auge na Grande Fortaleza.

Lembranças únicas

A “viagem no tempo” das casas de forró em Fortaleza atinge em cheio o público tão assíduo desses espaços. As lembranças se amontoam atravessadas pela dança, pela música, pelas amizades e pela diversão. Para a servidora pública Verônica Brasil, 61, o roteiro era exatamente esse.

“Você sabia que indo até um desses lugares ia encontrar gente conhecida, divertida, que dançava a noite inteira”, declara. Em seu caso, os lugares eram casas como o Gigantão da José Bastos, Casa de Engenho, Cantinho do Céu, Parque do Vaqueiro, Sítio Siqueira, Viva Maria, Brisa do Lago e Clube do Vaqueiro.

Ela recorda como no começo “tudo era muito precário”, com o forró ainda iniciando no mercado. As bandas eram poucas e os shows eram feitos em praças, comícios e festas juninas — tanto que a primeira vez na qual assistiu a um show do Mastruz com Leite foi “no meio da rua”, nas festas juninas do Conjunto José Walter.

Verônica também aponta que, na época, os conjuntos eram compostos pelo “trio” sanfona, triângulo e zabumba, “varando a noite na quadra de cimento queimado” - mas, como afirma, “quem gostava dançava até em chão batido”. Com o boom do forró, as pessoas começaram a querer aprender a dançar e a cidade “começou a ver com outros olhos” essa cultura que “antes era mais ouvida na periferia”.

A servidora pública destaca que essa foi uma época importante de oportunidades para diferentes profissionais: “Vários talentos foram descobertos e até hoje estão conquistando espaços graças aos que vieram primeiro, sem muitos recursos, mas pelo amor à música, ao forró e às tradições. Deixaram um legado maravilhoso que deixou muita saudade”.

As boas memórias do forró também acompanham a assessora financeira Fernanda Nepomuceno, 54. O gênero musical “sempre fez parte de suas diversões”, fosse na época em que andava por Paracuru (a 90 km de Fortaleza), pelas “calouradas” da Universidade Federal do Ceará (UFC) ou nas próprias casas de forró.

“Tinha a casa Obá Obá, na avenida Washington Soares, onde sempre tinha uma atração especial, mas antes e depois tinham as bandas de forró local, como Limão com Mel, Brasas do Forró e Mastruz com Leite. Podíamos estacionar o carro aos redores da antiga avenida sem a preocupação de roubo ou assalto”, pontua.

Fernanda lembra de detalhes marcantes, como no Cantinho do Céu, ainda “uma casa de tapera”, com banda de no máximo quatro integrantes, “onde se dançava no barro batido e a poeira subia”. Outra casa que estava no seu radar era o Siqueira Clube: “A importância dessas casas foi de criar memorias que até hoje eu e meu marido, juntamente com amigos da época, tiramos boas risadas quando nos encontramos”.

Para a empresária Juliana Gomes, 41, esses espaços também foram palcos de ótimos momentos com amigas. “Nos divertíamos muito”, compartilha. Elas marcaram presença em lugares como Forró do Sítio, Cajueiro Drinks, Sítio Siqueira e Cantinho do Céu. “Lembro de dançar a noite toda e de ficar rodando com as amigas atrás de paqueras e ficantes”, recorda.

Enquanto frequentadora, destaca o ponto alto das visitas: “A experiência foi de diversão e muita resenha com minhas amigas, estávamos sempre em todos os eventos de forró”.

Casas icônicas

Kangalha: A casa de Fortaleza ganhou fama regional por causa de seus shows de forró. O lugar, que ficava localizado entre os bairros da Messejana, da Lagoa Redonda, do Barroso e do Cambeba, recebia artistas de várias regiões. Um deles foi Wesley Safadão na época da banda Garota Safada.

Clube do Vaqueiro: O Clube do Vaqueiro permaneceu aberto por quase quatro décadas. Referência dos eventos de vaquejada na região, teve seu auge entre os anos 1980 e 1990 por causa das apresentações de forró eletrônico. O local ficava no Eusébio e foi fechado há três anos por causa do aumento de preço do aluguel do espaço, causado pela especulação imobiliária. Vários artistas se apresentaram nos palcos, como Wesley Safadão, Limão com Mel e Mastruz com Leite.

Sítio Real: Em Caucaia, o Sítio Real foi o lugar para a realização de várias produções de grupos de forró. Era, por exemplo, o principal ambiente para as apresentações da banda Forró Real, que até hoje está na ativa e tem vários álbuns. A casa de show também foi responsável por levar ao público artistas ainda desconhecidos do gênero, como Samyra Show e Taty Girl.

Cantinho do Céu: Também no Eusébio, o Cantinho do Céu recebeu muitos artistas do forró brasileiro. Quando ainda era adolescente, Wesley Safadão era uma das pessoas que tocava no local ao lado de sua antiga banda, Garota Safada. Em sua época de ouro, DVDs foram gravados no lugar. Um dos exemplos é a apresentação ao vivo do Aviões do Forró, que era comandado por Xand Avião e Solange Almeida. O Saia Rodada era outra atração recorrente.

Forró no Sítio: Também no Eusébio, o Forró no Sítio era outro ponto de referência para artistas de forró no início dos anos 2000. Na comemoração de sete anos do Aviões do Forró, por exemplo, a banda fez uma apresentação no lugar e gravou um DVD. Wesley Safadão, junto com o Garota Safada, também tem um álbum gravado no local.

Sítio Siqueira: Aberto por quase 30 anos, a casa de show ficava localizada no bairro Siqueira e foi palco para grandes bandas de forró. Além das festas, recebia vaquejadas em meio à área urbana de Fortaleza.

Brisa do Lago: No Mondubim, o Brisa do Lago teve seu auge na década de 1990, mas continuou aberto pelos anos seguintes. O lugar foi cenário de gravação de um DVD da banda Garota Safada. Também recebeu nomes como Mastruz com Leite e banda Líbanos (Clara Menezes/Especial para O POVO)

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