Assim como as trajetórias de diferentes artistas, a paixão é cheia de fases. A combinação desses aspectos resultou no lançamento do primeiro álbum do cantor e compositor João Lucas, produção que marca sua inserção completa no gênero musical pop.
Lançado no dia 13 de novembro, o disco autointitulado é composto por 15 faixas e apresenta uma narrativa que acontece em 24 horas, passando por diferentes momentos de uma história de amor.
O primeiro passo da carreira de João Lucas como cantor foi dado aos nove anos de idade, quando participou de um programa de calouros na TV aberta. Aos 16 anos, ele fazia shows pelo Brasil como artista gospel e, aos 18, se lançou oficialmente no segmento com um trabalho autoral.
Após anos inserido no universo gospel, sua transição para o pop teve início com o lançamento do single "Meu bem" (2023). A música é uma homenagem à esposa Sasha Meneghel, filha da apresentadora Xuxa Meneghel, com quem é casado desde 2021.
Explorando diferentes ritmos, o álbum "João Lucas" convida o público a acompanhar o artista em uma jornada emocional, por meio de suas memórias e sentimentos, refletindo o momento atual de sua vida.
Em entrevista ao Vida&Arte, o compositor de 25 anos falou sobre a migração de gênero musical e as inspirações que guiaram a construção do novo álbum.
O POVO - Você deu início a sua carreira ainda muito jovem, o que te inspirava na época?
João Lucas - Eu sempre quis ser cantor, é um sonho de infância mesmo. Inclusive cheguei a participar de um programa de calouros quando era bem pequeno. E hoje, finalmente realizo meu sonho. Esse álbum é a coroação de muitos desejos.
OP - Em que momento você decidiu migrar do gospel para o pop?
João - A decisão de ir para o pop veio por vários motivos, um deles claro é a liberdade que o mercado pop te dá na hora de criar e comunicar suas ideias. Você tem mais liberdade na composição, na produção da parte visual, e essa liberdade também te faz chegar em outros públicos. Mais e mais pessoas vão escutando seu trabalho.
OP - Você sentiu alguma dificuldade nessa mudança de gênero musical?
João - Pessoalmente, não. Foi uma transição para mim que se deu de forma muito natural, era o que eu queria fazer e estava muito certo disso. De uma parcela muito pequena de um público que eu nem tenho certeza se me acompanha de fato, senti uma resistência. Mas também acredito que a mudança de gênero foi o menor dos problemas. Vai muito para um lado das roupas, das tatuagens, dos posicionamentos e por aí vai.
OP - O que te fez escolher as diferentes fases da paixão como tema para o seu primeiro álbum pop?
João - O álbum é muito romântico. Eu peguei inspirações do meu próprio relacionamento, que atualmente é uma grande parte da minha vida e o vetor de vários sentimentos, mas também de histórias de amigos.
OP - Como foi misturar ritmos no disco?
João - Acredito que o pop pode ser muita coisa. Eu não me coloco nessas caixas sonoras. Artistas pop, independente do seus gêneros, podem permear por vários estilos musicais. Meu álbum representa muito isso. Têm referência no rock, no R&B, em New Jack Swing, no funk, e até no sertanejo.
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