Em coletiva de imprensa durante a COP16 da Biodiversidade, Gabriel Smales, diretor do Programa Global da Sounds Right (Museu das Nações Unidas - UN Live), explicou que o projeto iniciou na Colômbia.
"Sounds Right começou em 2019 como uma iniciativa da organização colombiana chamada VozTerra, um coletivo de artistas musicais e ecologistas", relembra.
"E o desafio era descobrir como conectar os jovens com a natureza. A ideia foi ir pra natureza e gravá-la e, então, incluir os sons dela nas músicas. Foi um grande sucesso, graças a centenas de residentes ouvindo a Natureza".
O projeto convidou a comunidade digital do The Ghetto Project a gravar sons de suas janelas durante o lockdown de 2019, por causa da Covid-19. O material coletado, juntamente com paisagens sonoras previamente gravadas pela VozTerra na Reserva Florestal Van der Hammen e no Pantanal La Conejera (em Bogotá, Colômbia), foi utilizado por DJs e produtores do circuito mundial de música eletrônica.
Logo veio a percepção de que a Natureza deveria ser paga pelos sons, não apenas constar como uma parceira nas músicas. "Ela deveria ser adequadamente creditada por seu trabalho e, por consequência, ter seu valor reconhecido", define Gabriel.
"Nós queremos usar a Sounds Right para demonstrar como os modelos da sociedade podem ser usados para melhor valorizar a Natureza e assegurar a proteção dela", explica o diretor.