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Mamãe, tô na Globo
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O cearense Silvero Pereira foi campeão no reality
Foto: Mauricio Fidalgo/Globo/Divulgação O cearense Silvero Pereira foi campeão no reality "The Masked Singer Brasil"

Artistas cearenses conversam com O POVO sobre a participação na TV Globo

Sendo a TV Globo uma simbologia de sucesso para artistas, como foi se assistir na TV pela primeira vez?

Silvero Pereira - O imaginário de artista na cabeça da massa brasileira é estar na Globo. Sou muito grato a esse espaço pois, de fato, fez com que muita gente reconhecesse meu trabalho e tivesse mais valorização. Afinal, eu venho do teatro em Fortaleza, e agora, por exemplo, eu me apresento dia 2 de maio num dos maiores palcos da cidade com meu show “Silvero Interpreta Belchior”, que está com ingressos quase esgotados. Isso não é só sobre meu trabalho de artista, afinal existem muitos grandes artistas da cidade que não conseguem essa abertura ou público, isso se deve também ao espaço da fama construído pela televisão e a divulgação da minha arte.

Mateus Honori - Eu lembro que, quando eu passei Tela Quente, todo mundo dormiu mais tarde, a galera ficou acordado até tarde para assistir ‘Bem-vinda a Quixeramobim’, um filme que já tinham assistido várias vezes. É muito significativo ver um trabalho que deu certo, que funcionou. Isso enche a gente de orgulho.

Minha família é de noveleiros, minha avó é noveleira, minha mãe é noveleira, minhas tias amam novelas, meu avô gostava de novelas, meu pai ama novelas. Por isso, meu sonho é que essas pessoas, principalmente a minha família do interior, que nunca me assistiram em uma peça ou numa série da Netflix, pudessem ligar a televisão e eu tivesse passando.

Haroldo Guimarães - Foi uma grande emoção. Primeiro porque eu sou um menino que cresceu e não esperava me ver nos filmes. Eu achava que faria parte da “Escolinha do Professor Raimundo”, talvez. Segundo que em todos os filmes eu consegui expressar um Ceará que existe e faz sorrir. Na minha época o Ceará era representado por outro sotaque. Eu apareço falando como que falo lá em casa. Nos anos 80, comentava-se que nosso sotaque era feio. Me orgulhou muito mostrar que não é, e que tem um léxico e uma prosódia muito expressivas, importantes para dramaturgia e pro humor.

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