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Práticas sustentáveis podem aumentar o lucro e a competitividade dos negócios
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Adriana Schneider é CEO da Humanare by Cicclos, consultoria referência nacional em Gestão Humanizada e Certificada com Empresa B. É embaixadora do Capitalismo Consciente no Brasil. Membro ativa da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), Grupo de Praticantes de Estruturas Libertadoras, Facilitadores do Thinking Environment, Teoria U (MIT), Comunicação Não Violenta (CNV). Psicóloga, pós-graduada em Educação pela PUC-Rio. Foi gerente de grupo de produtos de Educação Corporativa e Sustentabilidade do Senac Rio, gerente de Produtos Online da FGV e diretora de Relacionamento da Etalent.

Práticas sustentáveis podem aumentar o lucro e a competitividade dos negócios

Negócios de impacto positivo mostram que é possível ir além da geração do lucro e gerar resultados para além da própria organização
Tipo Opinião
Adriana Schneider palestrou no Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD) 2022 (Foto: LARISSA HIRDES)
Foto: LARISSA HIRDES Adriana Schneider palestrou no Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD) 2022

A partir de hoje, 1º de agosto, vou estar com vocês quinzenalmente trazendo sempre temas de discussão atual no ambiente das corporações. Serão assuntos que tratamos na Humanare e que abordam a gestão de pessoas e seu impacto no resultado dos negócios.

O movimento de empresas boas para o mundo cresce e é reconhecido no CBTD – Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento

No CBTD 2022, tive a oportunidade de palestrar para 3.000 profissionais de RH sobre como ser uma empresa boa para o mundo, comprometida em causar impacto socioambiental positivo, trabalhar num modelo de capitalismo consciente e gestão humanizada.

Negócios de impacto positivo mostram que é possível ir além da geração do lucro e gerar resultados para além da própria organização. Para isso é preciso construir um time de changemakers que acreditem no propósito empresarial e o conectem aos de suas carreiras.

Quem são os changemakers e qual é a relevância para a nova economia?

Changemakers são pessoas que transformam ideias em realidade, geram mudanças e transformações de empresas, sociedades e pessoas.

A dinâmica é simples: pessoas capazes de articular a visão inspiradora de onde a organização precisa chegar, conseguem atrair outras como elas e potencializar a empatia com os stakeholders (clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores e acionistas) sentindo antecipadamente as necessidades de mudança.

Dessa maneira, entendem e trabalham para fazer com que a empresa caminhe em direção ao futuro, sempre com o olhar nas necessidades de todas as partes envolvidas no negócio, que são também as necessidades da sociedade e do planeta que habitamos.

E é aí que entram o o Movimento B e o ESG no mundo dos negócios...

O que é o Movimento B?

Surgiu nos EUA em 2006 como uma ONG dedicada a auxiliar empresas na missão de ter um impacto positivo e mantê-lo ao longo do tempo. A ideia era redefinir o sentido de sucesso empresarial solucionando problemas sociais e ambientais de produtos e serviços.

É uma comunidade global de líderes que usam os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo para as pessoas e para o planeta. Hoje, das 5 mil empresas, cerca de 300 são no Brasil.

As Empresas B além de produzirem, lucrarem e movimentarem a economia, oferecem benefícios sociais e ambientais. Os negócios que atendem aos mais altos padrões de desempenho social e ambiental e a critérios de transparência e de responsabilidade legal em equilibrar lucro e propósito são certificados com o selo “B”.

E o papel do ESG?

A sociedade tem cobrado um posicionamento socioambiental de líderes, empresas e governos. É fundamental dar visibilidade às práticas de impacto positivo, usando o negócio como uma força para o bem em uma série de medidas concretas mensuráveis e executáveis.

Promover as mudanças necessárias e pertinentes é uma longa jornada, iniciada de forma gradativa até ser possível endereçar algumas respostas, métricas críveis e mensuráveis que abram um diálogo direto com as questões de ESG.

Isso requer que nós mudemos de silos do sistema empresarial de ego para a consciência do sistema ecológico que considera os outros e inclui o todo. Essa é uma mudança do individual para o coletivo. Do ego para o eco, que considera todas as partes interessadas e as inclui.

Algumas empresas já estão fazendo a diferença ao fazer diferente! Consideram todas as partes interessadas, criam estratégias e tomam decisões que sejam realmente boas para todo mundo, de forma que as soluções sejam mais perenes e mais inclusivas. Esse modelo de gestão é uma abordagem que procura contemplar "uma coisa & outra", rompendo com o paradigma da escassez do "uma coisa OU outra".

Eu acredito que uma empresa boa para o mundo é feita de pessoas que são boas para o mundo. Toda transformação social nasce com um compromisso pessoal!

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