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Bastidores da demissão de Vojvoda têm pós-clássico cabisbaixo e reuniões no Pici
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Coordenador do Esportes O POVO. Jornalista curioso sobre os bastidores do mundo da bola e apaixonado pelo jogo nas quatro linhas

Bastidores da demissão de Vojvoda têm pós-clássico cabisbaixo e reuniões no Pici

Treinador tinha escolhas e treinos mal avaliados em 2025, fez discurso breve após derrota para o Ceará e teve saída decretada em conversa com Marcelo Paz e Sérgio Papellin
Técnico Vojvoda no jogo Fortaleza x Racing, no Castelão, pela Copa Libertadores 2025 (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Técnico Vojvoda no jogo Fortaleza x Racing, no Castelão, pela Copa Libertadores 2025

O trabalho de Juan Pablo Vojvoda no Fortaleza chegou ao fim na tarde desta segunda-feira, 14, após reunião na sede do clube. Depois de um primeiro semestre ruim, o comandante argentino entrou em xeque devido às eliminações, às escolhas em escalações e também à apatia no vestiário após derrotas, além da falta de reação do time, apurou a coluna.

O vice-campeonato cearense, a queda precoce na Copa do Brasil e o adeus à Copa do Nordeste pesaram na avaliação da temporada, somados às atuações ruins e um número maior de derrotas do que vitórias.

O clima no vestiário após os tropeços também chamava atenção internamente, inclusive depois do revés por 1 a 0 para o Ceará, nesse domingo, 13, pelo Brasileirão. Somente Vojvoda e Tinga discursaram, e o treinador, cabisbaixo, evitou se alongar na fala, projetando a conversa sobre o jogo para a reapresentação, na terça-feira, 15.

Os Clássicos-Rei, aliás, eram uma pedra no sapato da comissão técnica, o que também causava incômodo. A visão do departamento de futebol era de que faltava maior cobrança diante do momento ruim, o que não aconteceu nem mesmo em momentos de maior tensão, como na goleada sofrida contra o Flamengo e na derrota para o Cruzeiro.

Os treinos eram outro ponto de atenção no dia a dia, já que se entendia que não havia variações ou novas soluções, seja em bolas paradas ou em movimentações. Na parte anímica, os argentinos já não conseguiam extrair dos jogadores e nem subiam o tom na exigência.

A escolha e a insistência em algumas peças também causavam sinal de alerta. O clube se mobilizou para regularizar Jose Herrera na sexta-feira, 11, para deixá-lo à disposição de Vojvoda para o Clássico-Rei. O treinador valorizou o esforço, mas não utilizou o atacante, optando por Allanzinho no segundo tempo.

O fim do ciclo foi selado com reuniões nesta segunda-feira: inicialmente, pela manhã, do departamento de futebol, que foi unânime pela troca; à tarde, Vojvoda foi ao Pici e teve conversa com o CEO Marcelo Paz e o diretor de futebol Sérgio Papellin, decretando a saída.

O treinador já recolheu alguns pertences no Centro de Excelência Alcides Santos e retornará nesta terça-feira, 15, ao lado dos outros membros da comissão técnica, para buscar o restante do material e se despedir de jogadores e funcionários.

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