Logo O POVO+
Sem tempo a perder, contratação de Cléber foi um acerto do Ceará
Foto de Alan Neto
clique para exibir bio do colunista

Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Sem tempo a perder, contratação de Cléber foi um acerto do Ceará

Tipo Opinião

.OLHO no gato, outro no peixe, Robinson de Castro não dormiu no ponto. Quatro gols marcados em cinco jogos que atuou, o atacante Cléber entrou no radar dos empresários brasileiros, não só pela facilidade de chegar às redes dos adversários, quanto a de ter faro de gol.

.HOJE, no futebol brasileiro, é espécime rara. Mas Cléber sempre teve intimidade com as redes, desde que começou a jogar bola. Explodiu no Barbalha, quando tornou-se seu principal goleador, embora não do campeonato. Alguns clubes da terra foram em seu encalço, dentre eles Ceará e Ferroviário.

. FERRÃO chegou primeiro através de um pré-contrato, ou seja, com opção de compra. Ceará também não perdeu tempo, embora chegasse atrasado. Jeito foi negociar diretamente com o Ferroviário cedendo-lhe 25% do preço do passe quando o negociar em algum momento. Foi assim que teve seu caminho desviado.

Sete chaves

. FINALMENTE veio a tona o preço da multa contratual se um dia for vendido, apesar do segredo, guardado debaixo de 7 chaves, — R$ 25 milhões para qualquer clube brasileiro ou se para o Exterior, será 25 milhões de euros. A continuar balançando as redes, pois já é um dos principais artilheiros do Brasileirão, Cléber não demorará muito tempo no Ceará.

.DETALHE relevante, aliás, dois. Primeiro — Cleber é o menor salário do atual elenco do Ceará recebendo R$ 20 mil por mês, o mesmo que ganha Jacaré. Este ainda não explodiu pelo simples fato de que o técnico Guto preferir não se arriscar lançando-o de cara no time principal, optando por Mateus Gonçalves, aquele que corre mais que a bola ou Leandro Carvalho, imprevisível e irregular. Coisas de treinador que tem medo de ousar, nem quer se reformular.

Sem segurança

. INTERVALO do jogo o técnico Renato Gaúcho foi até o centro do campo tomar satisfações com o árbitro da partida. O que conversaram, não se sabe. Convidá-lo pra tomar um chá com torradas depois do jogo, podem ter certeza não foi. Quem se acercou dos dois foi o goleiro Fernando Prass, na qualidade de capitão do Ceará e conhecido de Renato há vários anos.

. NÃO é certo, nem correto, atitudes assim. Nunca foi. Mas como não havia policiamento, pelo menos na borda do campo, Renato Gaúcho sentiu-se à vontade pra fazer a cena. Depois retornou ao vestiário, sem nada falar, nem ao menos resmungar .

. FIQUEMOS a imaginar a seguinte cena. De repente, estoura uma briga campal envolvendo todos os jogadores. Sem policiamento, será um prato cheio digna das lutas do MMA.

.ATÉ se aceita o fato de não haver torcedor nos estádios por conta da pandemia. Inaceitável, porém, é não se dar a menor segurança a uma partida de futebol, principalmente numa competição, modelo Brasileirão, onde a guerra pelos três pontos se assemelha a uma guerra entre trogloditas...

Rame-rame

. GRÊMIO todo descaracterizado, deu todas as chances para o Ceará conseguir sua primeira vitória na Série A. O Alvinegro desperdiçou a grande chance mesmo tendo partido à frente do placar. Fez o gol e começou logo a tratar de garantir a vantagem apelando para o tradicional e chatérrimo rame-rame, aquele modelo de troca de passes excessivos para os lados.

. SEM exagero, contei nos dedos 15 passes para os lados sem a menor produtividade naquela de ganhar tempo ou colocar o adversário na roda do bobo. O Grêmio sabe também tocar bola, porém em velocidade um ou dois, o que é grande diferença. Foi através de uma jogada rápida pela extrema, com falha dos dois zagueiros, que chegou ao empate..

. SÓ não virou o jogo porque o goleiro Prass fez três defesas na base do reflexo. O Ceará até tentou em jogadas esporádicas, infelizmente carece de alguém que faça o que o galalau Cléber sabe fazer, ao encontrar o caminho das redes. E uma andorinha só, jamais fará verão...

Tome palavrões

.JOGO de futebol sem o barulho ensurdecedor das arquibancadas, microfone sensível das televisões, abertos na borda do campo, é um prato cheio para técnico que adora apelar para os palavrões. Renato Gaúcho sentiu-se à vontade pra desfiar seu rosários de dejetos verbais, plenamente audíveis.

.GUTO Ferreira, que faz outro gênero, pouco abre a boca a não ser pra chamar atenção de algum jogador. Não disse um só palavrão, mas não é por causa disso que ganhará o reino do céu...

. ALIÁS, convém lembrar, que a área técnica em par tidas quentes e disputadas, não é lugar para padres ou freiras. Com o devido respeito.

.TÉCNICO que não joga com o seu time, pouco demora nos cargos. O palavrão é pecado mortal, mas, na maioria das vezes é o único idioma que o jogador conhece. Entre eles, também, não há nenhum santinho. 

Foto do Alan Neto

Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?