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Alan Neto: Contra Brusque, Ceará provou que lhe falta ofensividade
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: Contra Brusque, Ceará provou que lhe falta ofensividade

Mesmo com a vitória, time poderia, por superioridade técnica, ter conseguido resultado melhor
Fernando Sobral deu assistência para o primeiro gol do Ceará na vitória por 2 a 0 sobre o Brusque pela Copa do Brasil (Foto: Israel Simonton/Ceará SC)
Foto: Israel Simonton/Ceará SC Fernando Sobral deu assistência para o primeiro gol do Ceará na vitória por 2 a 0 sobre o Brusque pela Copa do Brasil

QUEREM a verdade, não escondo. Fosse o Ceará um time mais proativo — isto é ofensivo, agudo, letal — teria metido uma goleada no Brusque dentro de seu campo, liquidando a fatura logo ali. O segundo jogo serviria, apenas, para match-treino

ACONTECE que cada técnico tem sua maneira de ser, a maioria deles entra no campo do adversário, pensando em não perder, pra só depois pensar em vencer, coisas de treinador demasiadamente cauteloso, pra não dizer medroso mesmo.

GUTO Ferreira não foge a esta regra básica da maioria dos técnicos brasileiros, seguindo a cartilha do Tite, que fez da Seleção Brasileira uma equipe medrosa. Aqui e ali, aparece alguém mais ousado, tipo Ceni, embora já tivesse sido mais.

CEARÁ venceu de 2 x 0 quando podia ter sido o dobro, caso não se preocupasse tanto em se defender, só ir à frente na base do contra-ataque. Seus dois gols surgiram de duas pixotadas da defesa. No primeiro, o goleiro rebateu de presente pro Ricardinho, daí Fernando Sobral, que lançou Leandro Carvalho entrando na diagonal, só deu um toque pras redes.

NO SEGUNDO, bola lançada da meia cancha, quando o Brusque se lançou desesperadamente pro ataque, Vina, que entrara fazia pouco tempo, pegou livre, passou pelo goleiro, que saíra no desespero. Leve toque pra selar a vitória. Sem muito brilho, mas, de qualquer forma, vencer é o que interessa.

MESMO jogando burocraticamente, não vem ao caso. Para quem esteve, diante da TV, tipo do jogo pra se tirar uma soneca, com direito a ronco. Robinson de Castro pode esfregar as mãos, porque a cota de R$ 2,6 mi já pode gastar por conta.

QUANTO ao Brusque, não é ruim, é péssimo. Atua desordenadamente, mesmo que ofensivamente, menos por méritos seus, e, sim, pela demasiada cautela do Ceará, que enseja qualquer adversário a ir pro ataque — naquela de esperar o bote fatal, em contra-ataque esporádico. Se querem saber, digo mais: até o Barbalha, venceria o Brusque.

POBREZA FRANCISCANA

ESTÁDIO onde o Brusque recebeu o Ceará não é seu, foi alugado. De uma pobreza franciscana. Só tem arquibancada de um lado, placar não existe, prédios ao seu redor com torcedores vendo do alto, muitos gritando "olé". Não devia ser pro Brusque, nem pro Ceará...

CONSELHO & RAPÉ

SOBIS teve a grande chance de, ao entrar de saída, mostrar se valeu a pena investimento tão alto. Não valeu. Chutou uma única bola acertando a trave superior. Conselho e rapé: ou aumentaram as traves pra ele ou jogou de chuteiras trocadas. E quando o Bergson entrou em seu lugar, desliguei a TV.

SOB MEDIDA

OUVINTE, melhor dizendo, passageiro do meu Trem das 5, da O POVO CBN, encontrou o batismo certo pro Fernando Sobral, apelidando-o de Máquina. Sob medida. Sobral está em, todo canto, todo tempo. Não cansa, não se contunde, não firula. Vou mais além: atual time do Ceará é ele e mais dez, incluso aí o Vina.

MAL COMPARANDO

DOMINGÃO, do simpático Horizonte, na frente daquele estádio onde o Brusque recebeu o Ceará, é um Castelão, aliás, pode ser comparado ao Vovozão local de treinamentos do Ceará. Dimensão tão diminuta que as placas de publicidade chegam a atrapalhar os jogadores nas batidas de escanteios.

QUAL A GRAÇA?

COLETIVAS de técnicos após os jogos, sem a presença de jornalistas, que graça tem? E como são enfadonhos falando. Aliás, sem presença de jornalistas, preferível que acabassem. Guto Ferreira, então, dá um cansaço só em vê-lo falar.

RASTILHOS DE PÓLVORA

FORTALEZA mandou o Cariús de graça pros Emirados Árabes. E está oferecendo o Bonilha, também de graça, a quem se interessar por ele. Pior é não aparecer ninguém. Que torcedor tricolor, por acaso, se lembra do Bonilha a não ser o Papelin que o indicou?

ESTÁDIO onde o Brusque enfrentou o Ceará, lia-se, lá atrás uma placa com o seguintes dizeres -"Vovô do futebol catarinense". Nenhuma semelhança com o Ceará, a partir da idade e futebol...

se foi o Juninho Quixadá acolhido pelo Vitória da Bahia. Saiu do Ceará, onde jogou pouco, sem nunca o DM alvinegro querer revelar o que na verdade ele tinha, pra entrar em campo não demorar meia hora, saía contundido.

PRESTARAM atenção? Qualquer treinador tem o Guardiola como referência. Este do Flamengo foi seu auxiliar, a partir daí o incluiu em seu currículo. Exceções à parte, como são chatos esses técnicos de futebol. Chatos e boçais.

 

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