Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
. PIXOTADA fatal do goleiro Fernando Prass, reta final do jogo, quando tudo parecia crer na vitória do Ceará, decretou o empate do Goiás (2 a 2), ontem à noite, dentro do Castelão. Não foi só uma frustração, foi uma grande frustração para o time alvinegro, com a vitória quase assegurada. O quase, no futebol, muitas vezes pode ser fatal. E acabou sendo para o Ceará.
MIL GUMES
. POR algumas razões. Principal delas. O Ceará saiu em desvantagem ao tomar um gol de surpresa de Rafael Moura, mal a partida havia começado. O que parecia fácil começou a se complicar a partir daí. Mesmo tendo tempo de sobra pela frente, o desespero começou a se instalar no Ceará. Ansiedade numa partida de futebol é uma faca amolada de mil gumes. Naquela de buscar o empate o quanto antes, desnorteou a equipe por completo. A falta de controle emocional também funcionou como outro fator negativo.
SEM RUMO
. NEM mesmo os gritos do técnico Guto Ferreira tentando acalmar seus comandados surtiram efeitos. Em ocasiões assim os jogadores parecem ficar surdos ao clamor do seu comandante. Adicione-se a isso a falta de um comando dentro de campo, apesar de tantos jogadores calejados. Efeito zero. O Ceará continuou sem rumo.
. DESEJO do Alvinegro era empatar, desempatar, decidir o jogo logo ali no primeiro tempo, levado pelo fato de que o adversário era o lanterna do campeonato, bem poderia acontecer o que houve em Bragança Paulista. Ou seja — se era pra vencer, que acontecesse logo. Só não esperava era pelo gol surpresa do Goiás.
ACOMODAÇÃO?
. SEGUNDO tempo, quem sabe com a injeção de ânimo aplicada pelo treinador, espécie de calmante psicológico, o Ceará voltou bem diferente, não se preocupando tanto com o tempo. Deu certo, sim. Empatou através de Charles e desempatou com gol de Vina, sempre ele.
. PIOR aconteceu. Ansiedade do primeiro tempo cedeu lugar a acomodação, tangida pela virada no marcador. Deu pane na equipe alvinegra, sem perceber que ainda faltava algum tempo para o jogo terminar. Detalhe — as mudanças feitas pelo técnico Guto Ferreira não surtiram efeitos. As do Goiás, sim.
MISTÉRIOS & ASSOMBRAÇÃO
. ANTES do gol de empate, o time goiano por pouco não empatava através de uma falta desnecessária na entrada da área. Perigo à vista. Minutos depois, surgiu o inesperado gol de empate. Inesperado, no caso aí, para o Ceará. Para o Goiás, não. Se havia tempo pela frente era buscar o gol de empate. Só não contava com a falha lamentável do goleiro Fernando Prass que redundou nos 2 a 2.
. EMPATE conseguido naquela altura de tempo tem travo amargo de derrota para o time da casa e de vitória para o visitante. A vitória seria ótima para o Ceará. O empate fê-lo subir um mísero ponto, mas para o Goiás aquele mesmo ponto teve gosto de três. Coisas do futebol, com seus mistérios e assombrações.
SABORES DIFERENTES
. SE o empate do Ceará com o Goiás teve travo de derrota, o do Fortaleza com o Santos (1 a 1) teve gosto especial de vitória. Fácil explicar? Talvez. Empatar com o Santos, na Vila Belmiro, é difícil, embora o Tricolor já tenha conseguido, ano passado, naqueles 3 a 3, dramáticos. O de ontem, nem tanto. O Santos partiu na frente e o Fortaleza chegou ao empate. Bem mais fácil que o empate da vez anterior. Empates, em futebol, por vezes tem sabores diferentes. Basta trocar os locais...
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