
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- VERDADE verdadeira? Vamos lá. Fortaleza ganhou o bicampeonato, aliás, merecidamente, não na partida decisiva, sim, no primeiro jogo, quando derrotou o Ceará por 2 a 1. Ali estava o prenúncio de que a partida final seria apenas para sacramentar o bi já anunciado.
- VANTAGEM de jogar podendo perder por um gol de diferença, o adversário, mesmo em se tratando do maior rival, teria uma tarefa hercúlea (que palavra!). Primeiro porque, time por time. o Tricolor era melhor. Segundo porque o Ceará, com aquele time de limitações técnicas, taticamente, muito a desejar, dificilmente reverteria a vantagem.
- EMBORA as chances aparecessem, com duas bolas na trave de Vina e Sobis, este, então, pródigo em acertar as traves, menos os sete metros dela, duas furadas, exatamente da dupla, Vina por perder o tempo da bola e Sobis pela rocambolesca bicicleta que mais pareceu um velocípede.
A ESTRATÉGIA
- QUAL era a intenção de Ceni? Deixar que o Ceará viesse pra cima, até porque só tinha esta alternativa, fechou a meia-cancha com quatro jogadores, deixou dois velocistas na frente, apostou no tempo que lhe favorecia. Aliás, este 4-4-2 que o Ceni redescobriu veio a calhar em dois jogos antes, contra o Atlético-MG e São Paulo. No primeiro conseguiu uma grande vitória. No segundo, um empate.
O MESMISMO
- ENQUANTO se esperava um Ceará agressivo, num 4-3-3 por exemplo, lá se vem o Guto com o tradicional e mofado 4-2-3-1 de quem não tem muita pressa em agredir. O mesmismo das vezes anteriores.
- ESTE modelo qualquer um conhece. Apenas com a diferença do Léo Chu, só recentemente reconhecido, agredir pela ponta-esquerda driblando em velocidade. Se tivesse outro no mesmo estilo na direita até podia modificar as coisas.
- DIFÍCIL mesmo é engolir o Leandro Carvalho ou o Fernando Sobral improvisado por ali. O primeiro já entra em campo com a intenção de ser expulso. Foi atendido. Sobral, mesmo improvisado ali é uma gracinha. Ele é primeiro volante e dos bons. Só o Guto não enxerga isso.
PARALELOS
- HÁ uma (quase) abissal diferença entre Ceni e Guto. O primeiro se aprofunda em seus conceitos, estuda o adversário, sua pretensa maneira de jogar, parece não dormir. Guto deixa que as coisas aconteçam ou não.
- ATÉ ali, na área técnica, é visível o comportamento da dupla. Ceni vive a partida, joga com os atletas, só falta entrar em campo, espalha broncas por todos os lados, é a vibração latejando. Guto, ao contrário, cruza os braços e deixa o tempo rolar. Jogador em campo olha pro comportamento da dupla, faz a diferença. Avaliem o torcedor.
NO DEVIDO TEMPO
- SE o empate (0 a 0) já estava de bom tamanho para o Fortaleza arrebatar o bicampeonato, se saísse um gol melhor seria. Acabou acontecendo no devido tempo, pixotada do zagueiro Pagnussat, com colaboração do Prass, pois na pequena área a bola é do goleiro, todo mundo sabe, desde os tempos da pré-história.
- QUANDO resvalou na trave e voltou, Tinga entrou como um bólido, gol a sua mercê, estufou as redes. Estava sepultada ali a nesga de esperança do Ceará de tentar reverter o quadro. E ao Fortaleza a chance de sacramentar o bi já anunciado.
- TÍTULO ficou para quem mereceu ganhá-lo. Ceará, rival maior, ficou na vontade que também consola. Detalhe — contrariando as previsões, os times entraram em campo com suas forças máximas. Nada de poupar ninguém, pois jogador é bem pago pra jogar, não pra descansar ou ser poupado.
- MÉRITOS para o Fortaleza, sim, como não. Mas mérito também, com especialidade pra Rogério Ceni, que a cada jogo vai firmando seu nome no cenário nacional. Sem medo de errar, a preço de hoje, no Brasileirão, ele está entre os três melhores, com tendência a subir cada vez mais.
- CENI sempre foi perfeccionista. Como goleiro do São Paulo, onde raramente deixava de entrar em campo pra jogar. Como técnico, no Fortaleza, sua verdadeira escola, segue a linha reta de quem quer alçar novos horizontes. Por este caminho, tenham certeza, ele não se perderá.
BOCA DE FORNO...
- PÚBLICO, zero. Placas de publicidade entupidas. Se mal pergunto — pra onde vai este dinheiro?
- BERGSON, com a maior cara de pau do mundo, estava lá, todo paramentado pra comemorar o bi do Fortaleza, que nunca foi seu, inclusive vestindo a camisa comemorativa.
- FASE de Tinga é tão esplendorosa, predestinado que é, já balançou as redes 17 vezes. Ceni o batizou de ídolo, ao lado de Clodoaldo e Rinaldo. Exagerou na dose. Coisas de euforia.
- RAPHAEL Claus, fez jus ao título de melhor árbitro do Brasil. Por acaso, alguém o viu em campo?
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