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A bomba de mil megatons: Rogério Ceni no Flamengo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

A bomba de mil megatons: Rogério Ceni no Flamengo

Tipo Opinião

.CENI para o Flamengo? Primazia de estourar a bomba de mil megatons foi, mais uma vez, do meu Trem das 5 da rádio OPOVO CBN, inclusive com depoimento, para dar mais veracidade à informação do repórter, Marcos Coelho, da CBN-Rio, que cobre o Mengão, em linha direta.

.NÃO só confirmou o interesse do Fla pelo técnico do Fortaleza, quanto alimentou detalhes exclusivos sobre a negociação. Principal deles — o Flamengo estava mandando a Salvador um dos seus diretores para, pessoalmente, concluir as negociações com o técnico tricolor.

.DETALHE. É lá que o Fortaleza enfrentará o Bahia, pelo Brasileirão, talvez o último jogo de Ceni no comando técnico do time. Ou, talvez, não, se Ceni recusar a proposta, preferir continuar do Pici. Existem duas vertentes, ponto-contraponto, que no jornalismo torna-se praxe.

NASCEDOURO

.COMO nasceu a ideia de o Flamengo vir atrás de Ceni? Primeiro lugar, pela dispensa do técnico Domènec após aquela extravagante goleada levado do Atlético-MG (4 a 0). Instile-se outro detalhe. Sua forma de fazer o time rubro-negro atuar não vinha agradando a maioria dos torcedores, nem a diretoria.

.TIME não engrenava, tão diferente daquela equipe aguda, veloz, vencedora do português Jesus. Mengão queria algo parecido com aquele estilo. Apesar das boas referências de Domènec, a realidade foi outra bem diferente. Entre o sonho e a realidade a distância é abissal, também no futebol.

.SOME-SE o fato de os jogadores não assimilarem bem o seu estilo, gerando daí uma equipe confusa em termos táticos. Fla vencia, tudo bem, mas não convencia. Havia algo que não ligava a teoria à prática. Além de um Flamengo de altos, baixos e confuso.

O PREFERIDO

.FLAMENGO não queria mais correr riscos de mandar buscar outro técnico de fora, com três competições em andamento (Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil). Logo, a solução não seria pra ontem, sim pra hoje, o quanto antes, se possível.

.UM técnico que estivesse vivenciando o Brasileirão. Na triagem feita, a escolha recaiu sobre Ceni, hoje o técnico brasileiro mais bem avaliado entre os clubes da Série A, por incontáveis razões. Principal delas — seu modelo tático de atuar de forma aguda, bem ao gosto do torcedor do Flamengo, veio a calhar. Foi o principal ponto pra fechar em torno do seu nome.

AS NEGOCIAÇÕES

.SEM perda de tempo, o Flamengo entrou em ação, procurando diretamente o técnico do Fortaleza. Queria saber da sua própria boca se tinha interesse em dirigir o Flamengo em pleno andamento do Brasileirão. Não caberia ao clube carioca procurar a diretoria se o foco era o treinador.

.DEPENDENDO da resposta de Ceni, daria andamento aos demais trâmites. Chega-se à conclusão de que positiva, caso contrário o Flamengo não mandaria um emissário a Salvador pessoalmente tratar do assunto. Agora, sim, de diretoria para diretoria.

.CONSTA, dentro do avião que trouxe a delegação do Paraná para São Paulo, os boatos começaram a aflorar, mas ninguém quis tocar no assunto, a partir do próprio Ceni. A posição do presidente Marcelo Paz foi de aparente tranquilidade. Tradução — que os fatos, se viessem a tona, ele emitiria opinião a respeito. Paz tem outra qualidade. Chefia a delegação do Fortaleza para onde o time se deslocar.

INVISÍVEIS

.COMO Ceni nada falou, Paz ficou na dele. Boato, todos sabem, se alastra na velocidade de um raio, especialmente nesses tempos de redes sociais. Mas havia, sim, aquele clima de expectativa com invisíveis pontos de interrogações zanzando no avião. Quem seria maluco de tocar no assunto, se o maior interessado fechava-se em copas?

.CENI aguarda que os entendimentos se acelerem. Se o Flamengo tem pressa, ele também tem. Há uma facilidade muito grande em torno dessas negociações. Qual, cara-pálida? O próprio Ceni é seu empresário. Logo, a decisão seria sua, de sim ou não. Os detalhes jurídicos ficam a cargo do advogado, que trabalha ao seu lado faz tempo.

.SABE-SE que a multa contratual gira em torno de R$ 1 milhão para o Fortaleza liberá-lo. Flamengo, atualmente, nada em dinheiro, logo, uma gota d'água. Desfecho de tudo isso se dará por todo o dia de hoje, mesmo que Ceni esteja à borda do campo amanhã, contra o Bahia, se esse for o seu desejo.

.HÁ o outro lado da questão. Qual? E se o Flamengo o quiser com urgência, pra assumir o comando da equipe, não a deixando à deriva? Seja como for, a decisão é do Ceni. Quem, por acaso, gostaria de estar na pele dele?

 

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