
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
- VERSÃO da escolha de Chamusca para o lugar de Rogério Ceni, não está bem contada. Ainda falta muito para sê-la. Remete a história da caixa preta do avião, no bojo da qual se ouve muitas verdades. Porém, não todas. As principais, então, com especialidade.
- PARA começo de conversa, se dependesse da opinião de mil torcedores do Fortaleza, mil responderiam que preferiam outra opção. Difícil o torcedor engolir a troca de um técnico de ponta, isto é, Brasileirão, por outro pinçado da Série B, mesmo que seja o Cuiabá a boa revelação da Segundona.
- SE essa escolha recai justamente sobre a figura de Chamusca, deglutir tal escolha, mais fácil será engolir uma espinha de tubarão.
- MENOS pela figura dele, aliás, boa gente, sim, pelo seu passado nebuloso quando comandava o Tricolor na Série C. Em duas ocasiões morreu na praia verde das decisões e do treme-treme.
- TRICOLOR, nas duas decisões, coincidência ou não, quem estava no comando era precisamente Chamusca. E nas duas, chamuscou-se todo.
- PARA tirar esse enorme fardo, que já se tornava histórico, precisou vir lá dos cafundós do Rio Grande do Sul o técnico Zago, outrora zagueiro tipo pau puro. De forma, até certo ponto, simples, fez o Tricolor finalmente subir.
- DEPOIS daí, o resto da história todos conhecem, embora Zago não tenha ficado para comandar o time no Brasileirão. O Fortaleza, já sob o comando de Marcelo Paz, ousou a maior jogada de marketing de todos os tempos, rebocando Rogério Ceni, o mito, ainda engatinhante na profissão.
- PENSOU alto, lançou-se mais alto ainda, acionou o marketing do clube. O que todos tinham certeza seria história de Trancoso, transformou-se em realidade plena. Foi no comando do Fortaleza que Ceni se transformou em técnico de futebol, ganhando a dimensão que ganhou.
FILHO PRÓDIGO
- SEM esquecer que esta não é a primeira fuga de Ceni do Pici. Houve uma outra, quando se mandou para o Cruzeiro pulando do navio em pleno andamento da Série A.
- COMO quem o sucedeu no comando do Tricolor era muito fraco, e fracassou, nesse ínterim, o Cruzeiro afundou-se em crises. Foi o Marcelo Paz que acolheu Ceni de volta ao Pici, qual o filho pródigo de que fala a Bíblia.
- SEGUNDA saída do Ceni, esta semana, repetiu-se o mesmo salto do navio, deixando ao relento seus comandados. História já contada em prosa e verso, neste espaço precioso, intitulado "Porta dos Fundos".
COINCIDÊNCIAS DEMAIS
- SAÍDA de Ceni, virada a página repleta de desilusões e ingratidões, Fortaleza não queria perder tempo, mandou-se a procurar alguém que o substituísse, preferivelmente, claro, técnico com experiência em Brasileirão.
- LISTOU três. Mas faltou um quarto que responde pelo nome de Luxemburgo, aberto ao diálogo, segundo revelou a um seu amigo particular, que aqui mora.
- ATENTEM, agora, para as "coincidências". Os três sondados tiveram quase que a mesma resposta para não aceitar o convite. Isso em plena pandemia, sem o dinheiro correr, à beira de uma recessão, um salário voando em torno de R$ 350 mil, um técnico desempregado rejeitar, dá ou não pra desconfiar?
- MEU bisavô já dizia do alto da sua santa sabedoria — coincidência demais o bicho vem de lá e engole.
PAI DA CRIANÇA
- AINDA sem confirmação, até porque na gestão Marcelo Paz, só ele fala. Os demais, que são empregados do clube ganham de souvenir uma mordaça para amarrar na boca.
- PELO fio especial, pois tem sempre alguém vazando algo, consta ter sido o gerente de futebol, Sérgio Papellin, boa praça, teria lembrado o nome de Chamusca com quem trabalhou algumas vezes. Quem confirma, quem desmente?
DEGRAUS ABAIXO
- O QUE é bom para o Cuiabá será bom para o Fortaleza? Quem bateu o martelo, no caso o presidente Paz, esqueceu-se de um detalhe, digamos assim, assaz importante.
- QUAL? Brasileirão é uma coisa. Segundona é outra bem diferente, muitos degraus abaixo em visibilidade. O Fortaleza resolveu correr esse risco.
PESADELO?
- QUE Chamusca, seja feliz, trate logo de recuperar os pontos perdidos, que estão fazendo o Fortaleza despencar. Caso contrário, a casa pode desabar. Que é tudo que a vibrante torcida tricolor sequer gostaria de sonhar. Seria um pesadelo sem fim. Com o Chamusca lá? Aí é azar pra mil anos...
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