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Ceará tem longa odisseia para tentar seguir vivo na Copa do Brasil
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará tem longa odisseia para tentar seguir vivo na Copa do Brasil

Tipo Opinião

- VANTAGEM de três gols que o Palmeiras leva sobre o Ceará, no jogo de volta, Copa do Brasil, hoje à noite no Castelão, não é uma vantagem qualquer. É uma grande vantagem. Simples ideia para o Ceará reverter a situação, permanecer na competição, terá de vencer por uma vantagem de quatro gols. Ainda que faça três, a disputa irá para os pênaltis.

- FÁCIL perceber que para fazer real essa odisseia é uma tarefa, digamos assim, quase impossível. Sim, porque esta palavra "impossível" não está escrita em nenhum dicionário do futebol. Muito menos aquilo que, volta e meia, alguém chama de "milagre em futebol".

- VALE lembrar. Ceará foi o principal responsável para que essa situação chegasse a tanto. Como assim? Ao levar 3 a 0 dentro do Allianz Parque, jogando futebol de péssima categoria, permitiu que o Palmeiras abrisse larga vantagem, dela tirasse proveito na partida de volta.

LADOS DA MOEDA

- REGIDO pelo sistema mata-mata, simples de ser absorvido na teoria, na prática a cartilha é outra, especialmente para quem faz o primeiro jogo fora dos seus domínios.

- SÃO os dois lados da moeda para quem entra em tal disputa, conhecendo as regras do jogo. É feita dentro do modelo rápido no gatilho para ganhar tempo, poupando o torcedor do chatérrimo lenga-lenga.

- EM dois jogos tudo se resolve, mesmo se tenha de apelar para a decisão por pênaltis. Lembram do que aconteceu no jogo Fortaleza x São Paulo, quando 20 pênaltis foram batidos para se conhecer o vencedor? Todos terminaram a disputa com os nervos em frangalhos.

SEM CAMINHO DE VOLTA

- QUALQUER leigo sabe, por exemplo, que o Ceará, para tentar reverter a situação, só tem um caminho a seguir, sem volta. Simples explicar. Bola começar a rolar terá de atacar em massa, sem deixar o adversário respirar. Não há outra via a seguir.

- CABE perguntinha ingênua. Ceará, por acaso, tem time para isso? Pronta resposta: da forma como atua, mais preocupado em se defender para muito depois pensar em atacar, será uma tarefa difícil, além de um martírio para os conceitos do técnico Guto Ferreira. Ele nunca foi chegado a ousadia. Iria mudar agora, de uma hora para outra? Ou muda ou se estrepa.

PIRULITO NA BOCA

- TODAS as vantagens do mundo são enfeixadas pelo Palmeiras. Qualquer um enxerga e sabe disso. Mesmo que venha com muitos desfalques, por conta da Covid, ainda assim é o franco favorito.

- FUGIR desta verdade é querer fazer o torcedor de trouxa, que ele não é. Sabe muito mais do que qualquer um de nós. Fora desta realidade, portanto, não há salvação. O que se disser em contrário é querer encher linguiça. Ou tentar botar pirulito na boca dos incautos.

CORRE-CORRE

- POR ser sexta-feira agora o prazo fatal para se fazer contratações de reforços, os clubes entraram naquela do corre-corre.

- DE técnico novo, embora de cara já surrada, o Fortaleza não fugiu a essa regra. Mercado (quase) fechado apelou para a Série B, de onde está vindo Chamusca. Indicou o meia João Paulo, da Ponte Preta.

- FAZ sentido. Se ele, Chamusca, dirigia uma equipe da Série B (Cuiabá), ali ele conhece cada palmo do terreno, pois conviveu de perto com todos os atletas que participam da competição.

- COMO da Série A ele estava totalmente por fora, jamais indicaria alguém, embora lembrasse do zagueiro Wanderson, do Bahia. Vai ver cochicharam no ouvido dele. Faz sentido.

NA ESPREITA

- E O Ceará, ficará de braços cruzados? Já disse mil vezes. Frio como uma lápide, do presidente Robinson de Castro não se arranca uma vírgula.

- RUMORES encharcam os céus de Porangabuçu, indicando um jogador de beirada, ponta com especialidade e uma meia que possa fazer sombra quando Vina ficar de fora. Os que estão no elenco, nenhum calçam-lhe as chuteiras.

- QUEREM um exemplo? Dou-lhes três — Baxola, Lima e Wescley. Trocando um pelo outro, nenhum de volta. Reza a cartilha do futebol, quando um time depende apenas de um jogador, tem algo de muito errado. Ou não souberam contratar ou acreditaram em milagre.

- BOATOS sobre a vinda de Arthur Caíke, do Cruzeiro. Ora, ora. Se o time do Felipão teve de apelar pro Sobis para ser o salvador da pátria, por aí se tira o que ficou lá...

 

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