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Nem por um milagre o Ceará reverteria o placar contra o Palmeiras; mas sai de cabeça erguida
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Nem por um milagre o Ceará reverteria o placar contra o Palmeiras; mas sai de cabeça erguida

.FUTEBOL não engana. Se o Palmeiras já entrou em campo vencendo por 3 a 0 como então reverter a situação? Nem por milagre, que em futebol não existe. Com a faca e o queijo na mão, ao Verdão cabia administrar o resultado. E assim foi feito. O mais era deixar a bola rolar, o tempo passar, para o Palmeiras sacramentar sua classificação.

.ALÉM de queda, coice. Com o Ceará mandando-se todo para o ataque, pouco se lixando com o que acontecesse lá atrás, o Palmeiras aplicou a velha tática de sair nos contra-ataques. Time desesperado em campo é um Deus no acuda. Mas ao Ceará só cabia fazer aquilo. Não havia alternativa. Perdido por três, perdido por quatro ou cinco.

.ESPERAR que o Alvinegro conseguisse fazer quatro gols na defesa do Palmeiras, apelar para os pênaltis, na pior das hipóteses, só na cabeça de um lunático. Enfim, o Palmeiras, mesmo recheado de reservas, tem nome, tem tradição, trazia em seus alforge um placar dilatado que lhe dava baita vantagem.

ESCUDO DE AFLITOS

.COMO se tudo isso não bastasse, o Palmeiras foi beneficiado por pênalti cometido por Charles, suscitando protestos. Na dúvida, o jeito foi o árbitro apelar para o VAR que confirmou a marcação. Se é assim, de nada adiantaram os protestos. VAR foi criado exatamente pra servir de guardião dos árbitros em suas aflições. Ou então, se for o caso, lhe servir de escudo para uma marcação duvidosa e para aplacar o enxame de reclamações.

.COM um gol no placar o desespero aumentou de vez no time alvinegro, com a diferença dilatada, o que já era muito difícil tornou-se impossível. Depois o Palmeiras fez mais um, liquidando de vez com as esperanças. Vina, sempre ele, mesmo saído de uma Covid, não desaprendeu a jogar futebol e diminuiu. Ceará até chegou ao empate (2 a 2), que para nada lhe serviu.

SAÍDA HONROSA

.SE servir como consolo, o empate foi uma saída honrosa para o Ceará. Pelo menos não perdeu dentro do Castelão, embora no somatório o Palmeiras saísse de campo classificado. O resto mais fica por conta de queixas e reclamações, batendo na mesma tecla tão surrada de sempre. No futebol há sempre algo a se reclamar, ou muito, para tentar justificar o injustificável.

.NÃO faltou empenho ao Ceará, mas não o suficiente para chegar ao que interessava. Outro consolo para ser acoplado ao da "saída honrosa". As regras que são impostas na Copa do Brasil são claras e por vezes cruéis. Qualquer vantagem de gol para a partida de volta já é um trunfo antecipado, imaginem se essa vantagem é de três gols.

A BULA DE SEMPRE

.PALMEIRAS construiu classificação dentro do seu estádio ao fazer 3 a 0. O segundo jogo seria apenas para cumprir tabela, respeitar o adversário jogando em casa, tomar precauções devidas, esperar o tempo passar, apostar no desespero tresloucado do rival, tal qual bula de remédio que todos conhecem.

.A RIGOR foi uma partida boa de se ver. Um adversário correndo atrás do prejuízo que já era grande. E o outro fazendo de tudo para manter o equilíbrio, levando o jogo até o fim. O empate de 2 a 2 já estava de bom tamanho. Somado aos três que já trazia ao seu favor, total 5 a 2.

OS MESMOS DE SEMPRE

.CEARÁ deixa a Copa do Brasil de cabeça erguida, indo até mesmo longe demais após ralar em oito partidas. Faturou um bom dinheiro, até sonhou que poderia faturar mais uma boa bolada, mas ficou no que estava. Delirar pode? E deve. Pelo que andou fazendo, pelo menos dá pra tornar bem mais nutrida as finanças alvinegras. Agora é focar no Brasileirão, afinal de contas, o que mais interessa. Copa do Brasil ficou pra turma do andar de cima, não por coincidência, os mesmo de sempre.

UNHAS DE FORA

.FORTALEZA, entra em campo hoje para enfrentar o Vasco da Gama. É a segunda chance dada ao técnico Chamusca, agora mais habituado com o elenco, a mostrar suas cartas e botar as unhas de fora.

.PARA ele o conselho que já venho dando há alguns dias. Pode repetir, cara-pálida? Se não conseguir espantar do Pici o fantasma do Ceni, de nada terá adiantado a sua vinda.

.SE veio para introduzir mudanças que comece logo, agora, contra o Vasco, a partir do modelo tático e principalmente da fixação de uma só equipe. O resto mais virá por osmose, ou não. O que atrapalha mesmo são as muitas "viuvinhas" assanhadas deixadas pelo hoje técnico do Flamengo.

CASO À PARTE

.NA decisão de ontem chamou atenção o empenho de Vina para estar no jogo. Mesmo saído de uma Covid recente, a diretoria deixou ao seu critério jogar ou não. Ele optou em ajudar seus companheiros, não se omitir, mesmo sabendo que a jornada seria inglória.

.EM futebol, como na vida, os fracos não têm vez.

 

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