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TÁBUA DE SALVAÇÃO
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

TÁBUA DE SALVAÇÃO

.FORTALEZA, 25 pontos, Ceará 24, entraram naquela via perigosa, tipo areia movediça, do permanecer no Brasileirão para o próximo ano ou se cairão pra Série B. Deus livre a dupla desta praga.

.DAQUI pra frente, única tábua de salvação, é somar pontos, mesmo que seja um, embora preferível fossem três cujo fito é darem uma alavancada.

.POR enquanto os dois se entrelaçam entre virtudes e defeitos. Segundo turno, codinome virada da montanha, sempre foi assim, recheado de aflições e desesperos, especialmente para os que não encontraram um rumo certo.

.BASTA atentar para os números da dupla, um ali, encostado no outro, cheios de esperanças, mas de medos também. Qualquer que seja um tropeço poderá levá-los ao desespero.

.FOCO, portanto, é Brasileirão, vencer mais, perder menos, empatar até se tolera dependendo do adversário e do local da partida. Tudo isso acaba por pesar na balança.

REFLEXOS

.FORTALEZA teve a súbita saída - ops! fuga - de Ceni trocando-o pelo Flamengo onde até agora, não acertou o passo. Murici Ramalho que conhece Ceni desde as fraldas do São Paulo, foi quem melhor o definiu, chamando-o de ambicioso, cuja meta sempre foi ganhar títulos.

.NÃO é um defeito, propriamente, pois querer vencer sempre é uma meta que todos perseguem, embora em futebol a toada seja outra pela imprevisibilidade que ele encerra. Não fora assim que graça teria?

.REFLEXOS da sua saída estão sendo sentidos, evidente. Imaginem como não fica a cabeça do jogador quando, de supetão, o comando da equipe é trocada em pleno andamento de uma competição tão difícil?

.CHEGADA de Chamusca, quando o torcedor esperava algo no mesmo nível do Brasileirão, teve impacto mais negativo do que positivo, embora se reconheça algumas qualidades dele como profissional sério e bem intencionado. Não é tudo num elenco tão plural.

.COMO ainda não deu para se fazer uma avaliação melhor da mudança, muito menos se Chamusca, nesses tempos longe daqui, progrediu ou estagnou, uma coisa, porém, é certa. Pela segunda vez apenas comanda um time da Séria A. O primeiro foi o Ceará.

.NA Segundona nunca lhe faltou emprego, pois ali o campo é mais fértil para técnicos que não são de ponta. Chamusca está neste rol.

PAPEL CARBONO

.SORTE está lançada. Quem apostou suas fichas nele, pode ter acertado em cheio, num aborto do destino, ou lamentavelmente patinado. Há um aspecto positivo. Qual? Desejo de Chamusca de treinar um clube da Série A. Se mal pergunto - e precisava ser logo o Fortaleza?

.VENTO a favor ter pegado um elenco já pronto, um time formatado pelo Ceni, o que não o deixa obrigado a seguir a mesma linha, sob pena de virar papel carbono.

.SUA filosofia, por acaso, não será outra? Seu modelo tático precisa seguir o mesmo figurino? O tempo, sempre ele, em sua santa sabedoria, não demorará a dar respostas. Amanhã, contra o Botafogo, poderá ser um indício. Ou não. RITUAL PARECIDO

.CEARÁ segue o ritual muito parecido, quando o presidente Robinson de Castro, apostou todas as duas fichas em Guto Ferreira, um técnico que fez relativo sucesso em suas andanças por clubes nordestinos.

.MENOS que o Ceará vá tão mal assim, embora não esteja empolgando seu torcedor. Vencer uma Copa do Nordeste não dá cacife a técnico nenhum, logo, Guto não podia ser exceção da regra.

PECADO CAPITAL

.SEU maior pecado, talvez capital, é o de se fixar num esquema tático, dali não sair nem amarrado. Em time comandado por Guto, o atacante por exemplo, come o pão que o diabo amassou.

.FAZER a equipe atuar de forma vertical, é mais fácil o mar secar. Seja quem for o adversário do outro lado, se pequeno, médio, ou de grande porte.

.OBJETIVO é não perder pra muito depois pensar em vencer, como se sucessão de empates salvasse a pele de alguém. Se bitola for uma qualidade, o Ceará já se dá por satisfeito com Guto.

UM ATRÁS DO OUTRO

.AMANHÃ, domingo, um dos raros que Ceará e Fortaleza jogarão em horários seguidos. Mais cedo (16 horas) o Alvinegro terá pela frente o Atlético-MG, líder do Brasileirão. Time de Sampaoli é um dos raros a jogar sempre de forma aguda.

.DUAS horas depois o Fortaleza, no Engenhão, Rio, enfrentará o Botafogo que vai mal das pernas. Uma boa chance para Chamusca começar a mostrar se valeu a pena reprisá-lo cinco anos depois.

Foto do Alan Neto

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