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Dupla pandemia de CBF botaram esse Brasileirão de cabeça para baixo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Dupla pandemia de CBF botaram esse Brasileirão de cabeça para baixo

Tipo Opinião

- INCRÍVEL, mas verdadeiro. Jogo de hoje, Ceará x São Paulo, cedo da noite, Castelão, estava marcado para muito antes da Copa do Brasil. Não aconteceu.

- MOTIVO? CBF resolveu, mesmo aos trambolhões, incrementar a competição, caso contrário não terminaria neste ano, mesmo sabendo que atropelaria o andamento da Série A, cuja tabela virou uma gororoba só.

- COMO o Brasil é o país do jeitinho, o Brasileirão não podia fugir a esta regra. Qual o jeitinho encontrado? Adiar a partida para quando houvesse uma brecha na tabela da Série A.

- COSTURA daqui, remenda dali, acharam a data de hoje a mais apropriada para que o jogo seja realizado. Assim será feito. Aqui pra nós, perdido nesse emaranhado de imbróglios, a própria competição perdeu seu rumo, com ele a decantada credibilidade.

CURVAS & MANOBRAS

- DUVIDA-SE que se encontra algum torcedor que acompanhe o Brasileirão, em seus mínimos detalhes, tão cheio de curvas e manobras. Embaralhou-se dentro da própria desorganização reinante.

- NÃO bastasse, ainda conseguiram brecha pra enfiarem a Libertadores. Não demora virá a Sul-Americana, tudo isso dentro de um mesmo mesmo calendário de um ano, digamos assim, pandêmico.

FAVOR esqueçam a tal prioridade deste ou daquele torneio. Foi chutado para o alto. Pandemônio perto de tudo isso virou ciranda-cirandinha.

QUEM É QUEM?

- JOGO de hoje, a rigor o que nos interessa, o São Paulo está furos acima do Ceará na Série A pela boa campanha que realiza. Tricolor Paulista demorou a pegar o tom do seu modelo tático, até ganhar o entrosamento necessário.

- SEU futebol é de toques rápidos e precisos, bem ao feitio do seu treinador que, por algum tempo andou caindo na desgraça da torcida. Mas nada como uma sequência de vitórias para que tudo voltasse às boas.

- CEARÁ vem entre altos e baixos. Mais estes do que aqueles. Tem até uma formação fixa, mas falta-lhe o principal, que é o entrosamento, somados aos pontos vulneráveis que saltam aos olhos de todos.

- DEFESA, por exemplo, a partir do veterano goleiro Prass, é uma baratinação de dar dó. Entra zagueiro, sai zagueiro, são visíveis os claros. Nem Luiz Otávio consegue se salvar, atravessando sua pior fase.

ALTOS & BAIXOS

- INEXORAVELMENTE passa pela meia-cancha, que já foi mais sólida. Guto Ferreira bem que tenta acertar o passo, mas seu olho clínico parece enxergar só para um lado.

- TOME-SE como exemplo Fernando Sobral, que sempre foi volante encarregado do primeiro combate. Foi assim que atuou a vida toda no Sampaio Correia, ao lado de Marlon e William Oliveira.

- PELO olhar do Guto, ele pode fazer também a função de atuar mais avançado e caindo pelas pontas, porque não há especialista para a posição. Dentro do seu modelo tático, bem entendido.

- HÁ técnicos de futebol que nasceram pra complicar o simples. Guto parece ser um deles. Mete na cabeça que tem de ser da forma como acredita e ninguém o faz mudar de ideia. Teimosia nunca foi sinônimo de inteligência. Tem outro significado.

ANDORINHA SÓ

- SALVA-SE deste cipoal o Vina, exceção da regra, ou, se quiserem, a andorinha que sozinha não faz verão. Vina está acima da média. Por esta razão, não que seja um supercraque, mas diante de tanta mediocridade alguém teria que se ressaltar. Precisamente ele.

- ANDAR da carruagem alvinegra neste Brasileirão deixa a cabeça do seu torcedor num redemoinho de dúvidas, sem saber se vale a pena acreditar ou melhor entregar a Deus os destinos do time no Brasileirão.

BOCA DE FORNO

- CONSTA que conhecido jogador do Fortaleza resolveu interpelar Chamusca, que queria vê-lo mudar seu estilo - "Com o Ceni eu jogava assim". Chamusca não deixou barato -"Não sou o Ceni, nem o sobrenome dele eu tenho".

- FERROVIÁRIO derrapa na Série C, onde levante as mãos para os céus se não cair. Não pode ir longe um elenco onde há um bando de jogadores desconhecidos, vindo de variados rincões dos cafundós, a preço de banana.

- QUER dizer, então, que o Castelão completou 47 anos? Ok, ok, e eu com isso...

- SE houvesse um campeonato para se saber qual jogador do futebol cearense com mais tatuagens não seria tarefa fácil. Porém, a mais original de todas fica com o colombiano Quintero — um enorme olho enorme cobrindo todo o pescoço...

 

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