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Ceará campeão carioca; Fortaleza repete o carimbo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará campeão carioca; Fortaleza repete o carimbo

Tipo Opinião

.SÓ tem uma coisa. Se aquela vitória do Ceará sobre o Flamengo (2 a 0), dentro do Maracanã tivesse torcida, o técnico Ceni receberia as contas ali mesmo, debaixo de estrondosa vaia. Só sairia do estádio protegido pela PM. Imprensa carioca caiu de pau nele. Não só pela derrota, quanto pela produção do time. Um jornal chegou a questionar - "Como é que ele passa 3 anos no futebol cearense e nada aprendeu de como o Ceará atua?".

PÂNICO

.COMO microfone na borda do gramado pega tudo, lá para as tantas Rogério Ceni entrou em pânico a um ponto tal, aos gritos, mandava Arrascaeta colar no Vina, quando devia ser exatamente o contrário. O jogador fez de conta que não era com ele...

COINCIDÊNCIAS?

.QUEM reparou? Dois gols do Ceará surgiram em jogadas de contra-ataque pela esquerda. No primeiro, Léo Chu passou em velocidade pelo seu marcador, lançando Vina na entrada da área livre. Dos seus pés saiu um míssil que o goleiro do Flamengo nem viu por onde passou. No gol que sacramentou os 2 a 0, o passe primoroso de Charles, encontrou Kelvyn, joia alvinegra, entrando em diagonal pela esquerda, daí para o fundo das redes. Conclusão — pela lateral direita, com o fraco Isla, a defesa do Flamengo é uma avenida.

CHAVE DA VITÓRIA

.QUEM estava lá ouviu, contou e pediu segredo. Na preleção, ainda no hotel, através de gráficos, o técnico Guto Ferreira mostrou como gostaria que o Ceará jogasse, fechando as duas laterais, com a descida dos pontas. Como tinha estudado o Flamengo, detectou que o time rubro-negro tem como forte as jogadas pelas pontas, como Ceni tantas vezes fazia no Fortaleza. A diferença é na qualidade técnica. Bloqueado este setor, pelo meio estaria congestionado. Se pensava em empatar, que já seria bom negócio, acabou premiado com os 2 a 0.

PÉSSIMA HERANÇA

.GUTO Ferreira herdou de Ceni uma péssima herança: a de reclamar da arbitragem e ser premiado com o cartão amarelo ou o vermelho. Já contabilizou três neste Brasileirão.

EUFORIA DEMASIADA

.DESTA vez o sempre frio presidente do Ceará, Robinson de Castro, não conteve a euforia pela vitória que nem ele, particularmente, esperava dentro do Maracanã. Terminado o jogo, desceu ao vestiário, anunciando para os atletas - "Vou liberar R$ 50 mil para serem distribuídos como premiação extra". Todos vibraram. Depois da palavra "mamãe", jogador de futebol adora a palavra "bicho". Se molhado, então, tem cheirinho especial...

DOIS PESOS

.CEARÁ dentro de casa é um. Fora do Castelão é outro. Já foi dito aqui. Atentem. Como visitante ganhou os últimos 4 jogos seguidamente. Aqui a toada é outra. Não consegue vencer desde 21 de outubro. Cabe perguntinha idiota — o que é que o Castelão tem enterrado que os estádios de fora não têm?

DUAS CARAS

.QUANDO aqui dirigia o Fortaleza, Rogério Ceni tinha por norma, final de cada partida, entrar em campo para cumprimentar vencidos e vencedores. Até o trio de arbitragem entrava no rolo. No Maracanã, petrificado com a derrota para o Ceará, não saiu do seu lugar, até beicinho fez, prevendo o terremoto que viria por aí.

CAMPEÃO SIMBÓLICO

.POIS é, quem diria! Ceará é, simbolicamente, campeão carioca. Não perdeu, neste Brasileirão, pra nenhum clube no Rio de Janeiro, vencendo Vasco e Flamengo, empatando com Fluminense e Botafogo. É a gloria...

O MESMO CARIMBO

.SEM tem sequer de respirar no Pici, Enderson Moreira, que chegou na véspera do jogo com o Grêmio, não tentou inventar nada. Como tinha em mão o mesmo time que perdera para o Sport, inclusive sistema tático, repetiu o carimbo. Apenas pediu a cada um dos atletas que redobrasse o esforço, pois se a vitória não estava no seu cardápio, o empate ficaria de bom tamanho. Como todo jogador come a grama pra mostrar serviço e garantir a posição com o técnico que vem chegando, assim foi feito. Menos mal ter empatado. Um pontinho não tirou o Tricolor da posição incômoda, mas pior poderia ser.

AFILHADO CAMPEÃO

.MEU afilhado Carlos Eduardo de Araújo Farias, naturalizado americano, há 10 anos residindo em Arizona, conquistou em dezembro na Flórida, o título de campeão I Campeonato Mundial de Jiu-jitsu Master World, categoria Master IV, após brilhante jornada, na qual venceu cinco lutas. Em Arizona, Carlos Eduardo dirige uma Academia da modalidade para 180 alunos. Quanto orgulho para todos nós.

 

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