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Além da retina: a péssima rodada de Ceará e Fortaleza no Brasileirão
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Além da retina: a péssima rodada de Ceará e Fortaleza no Brasileirão

Tipo Opinião

.PÊNALTI a favor do Ceará. Vina seria o batedor, como sempre o foi. Até que ele mesmo tomou a iniciativa de pedir ao meia Lima para assumir a responsabilidade. Vina preferiu não arriscar uma terceira cobrança seguida e outra vez errar. Lima nem questionou. Foi para a bola, com a maior tranquilidade, balançou as redes. Vina medrou? Sim. Mas foi o primeiro a correr em direção ao Lima para abraçá-lo.

COMUNICAÇÃO DIRETA

.MAIS uma fez punido com o cartão vermelho, que o deixou fora da área técnica, o técnico Guto Ferreira viu o jogo das cabines, porém em comunicação direta com o seu auxiliar. Seu foco, no time do Bragantino, era um só. Quem? O meia Claudinho, craque do time e autor dos dois gols de pênaltis. Mandou Sobral vigiar seus passos. Mesmo que nada. Pode até ter tentado marcá-lo, mas não conseguiu barrar suas investidas.

QUE MUDANÇA?

.QUANDO se esperava que Enderson Moreira fizesse alguma mudança tática no Fortaleza, mesmo que nada. Preferiu repetir o mesmo modelo, ou seja, nada de precaução ou retranca contra o Inter. Deve ter partido do princípio que se só a vitória interessava ao Fortaleza, devia tentá-la por todas as vias. Levou dois gols rápidos, aquietou o facho. Procurou dar mais solidez à meia-cancha, até chegar ao empate. Menos porque o Tricolor tivesse melhorado, sim porque o Inter afrouxou as rédeas. Só acordou pra realidade depois dos 2 a 2, quando, em dois ataques fulminantes, balançou as redes mais duas vezes, liquidando a fatura. Mudança tática do Fortaleza? Nenhuma. Melhora? Também não. O time continua repetindo os mesmos erros de sempre. Do que serviu a semana dedicada aos treinamentos para afinar as linhas? Pra nada.

PÉ NA FORMA

.INCRÍVEL, mas verdadeiro. Havia 22 rodadas que Romarinho não balançava as redes, aliás, nunca foi seu forte. Deixou pra fazê-lo justo no Beira-Rio pra tirar o pé da forma. Foi premiado com um gol de bela feitura. Ficou só nisso porque minutos depois o Internacional desempatou, venceu a partida, encostou no líder São Paulo.

O NÓ TÁTICO

.BARBIERI, técnico do Bragantino, estudou muito bem o time do Ceará. Aliás, não precisou de tanto esforço assim, porque o Alvinegro não sai daquela "nota só", quer dizer, a mesma coisa de sempre. Não há uma alternativa tática, nem haveria, achando que o Jacaré entrando mudaria o rumo das coisas. Sua preocupação era com Vina, que faz toda diferença. Mandou dois jogadores vigiarem seus passos. Um deles o cearense Raul. Como Vina não jogou nada, a ponto de só ter chutado duas bolas em direção ao gol, anulou as investidas alvinegras. Sim, porque esperar que algum outro o fizesse foi mesmo que nada. Tirante Vina, o Ceará é um time absolutamente comum.

POSSE DE BOLA

.NA falta do que inventarem, os chamados cientistas (?) do futebol resolveram achar que a posse de bola pode fazer toda a diferença. Pode até fazer no quesito de reter a evolução do jogo, deixando-o modorrento. Desde que a bola é redonda, futebol se ganha com as redes balançando. O resto mais é conversa fiada. Que tal enxugar gelo na beira da praia?

A LONGA ESPERA

.PASMEM. Perdeu-se a conta da última vez que o Fortaleza tinha vencido. Apesar da mudança de técnicos, há 8 não vence. Os gols saíram, logo dois. Mas vencer que é bom, nada. Resultado: não saiu de onde estava, permanece naquela agonia de não saber o que virá pela frente, com o Bahia no seu encalço, tão ruim das pernas quanto o Tricolor. Os dois se igualam em ruindade, além das cores idênticas.

DIA DE LEITERIA

.RICHARD, que sempre foi um goleiro imprevisível, resolveu ter seu dia de leiteria contra o Bragantino. Fez três defesas de pagar ingresso, isto é, se público tivesse e nenhuma culpa nos dois gols de pênaltis. Essa culpa deve ser imputada ao lateral Pacheco, que empurrou o adversário dentro da área e ao volante Willian Oliveira, que pôs a mão na bola.

CHUVA DE PALAVRÕES

.EM estádio vazio, zero de público, microfones abertos por todos os lados, os palavrões comem soltos. Quem estiver vendo pela telinha farta-se à vontade. Explica-se. Dentro de campo, onde o sangue ferve, não tem como jogador tratar o outro - neste rol até os próprios companheiros - com gentilezas ou fazer pedidos na base do por favor e muito obrigado. Não há livro de etiquetas em futebol...

 

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