
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
.FORTALEZA, após 8 jogos de total jejum de vitórias, finalmente conseguiu desencantar, vencendo o Santos (2 a 0), dentro do Castelão. Em Goiânia, o Ceará não sentiu a menor dificuldade de derrotar de goleada o Goiás por 4 a 0. Uma noite cearense, com certeza. Isso não é bom, é ótimo.
.CASO do Fortaleza com especialidade que, no dia anterior, amargara entrar na zona de rebaixamento, deixando sua torcida em polvorosa. A vitória aqui foi muito mais importante por este aspecto, claro. O Tricolor precisava vencer, fosse da maneira que fosse, e teve pela frente, bom que se diga, a inestimável colaboração do Santos, que mandou para o Castelão a equipe totalmente reserva, exceção de Felipe Jonatan. Sim e daí?
.TRICOLOR não teve nada ver com isso. Se o Santos tinha suas prioridades, pois mais importante é a decisão da Libertadores, problema do clube santista. A prioridade do Fortaleza era única e exclusivamente tentar a vitória a qualquer preço. Qualquer outro resultado seria tragédia grega.
OBJETIVO MAIOR
.NÃO foi um bom jogo, nem seria. O Fortaleza, com os nervos a flor da pele pela situação vexatória em que se achava, enquanto o Santos com seu time reserva, deu mostras de que aquele jogo a ele pouco estava importando.
.MENOS que os garotos da Vila Belmiro facilitassem. Não foi bem assim. Deu certo trabalho até, mas não o suficiente para evitar que o Fortaleza buscasse seu objetivo maior e conseguisse chegar lá, embora não fosse tão fácil assim.
O ALIVIO
.TANTO que o primeiro gol surgiu por conta de uma penalidade sofrida por Osvaldo, tão clara e nítida que o árbitro sequer consultou o VAR. Nem carecia, pois ninguém do Santos reclamou. Juninho marcou com categoria, exímio batedor de pênaltis e faltas que sempre foi. Abertura do placar deu ao Tricolor o alivio de que tanto precisava.
.DEPOIS daí, era saber administrar a vantagem, diante de um Santos apenas esforçado, por conta da ansiedade dos seus jovens atletas, maioria dos quais vindos das equipes de bases. Há uma diferença enorme, claro, entre titulares e reservas do segundo ou terceiro escalões.
.FORTALEZA também não tinha nada a ver com isso, pois em campo, com titulares ou reservas dos reservas, estava ali o Santos. E foi precisamente este Santos que tirou o Fortaleza o atoleiro em que se achava, alçando-o a uma posição bem mais cômoda, onde pode respirar aliviado. Os outros que ficaram na zona de rebaixamento que se trucidem.
A SINA DO ARTILHEIRO
.ALGUM progresso na equipe tricolor? Sim. Enderson Moreira, a partir da vitória de ontem à noite, já tem o perfil do time que quer ver jogando. O que virá pela frente, o tempo dirá. Fundamental mesmo era a vitória ontem à noite e esta foi conseguida.
.NO segundo gol de Wellington Paulista, com um toquinho encobrindo o goleiro, é de quem sabe das coisas, pois nesta gleba já atua faz tempo. Conhece cada palmo deste terreno. WP9 é o tipo do artilheiro que, mesmo não fazendo nada, pode a qualquer momento decidir o destino de uma partida. É a sina que acompanha o artilheiro, acostumado com o caminho das redes.
ASSIM ESTAVA ESCRITO
.CEARÁ venceu o Goiás de goleada (4 a 0) porque assim estava escrito. O time goiano é um dos piores do Brasileirão, no rol da turma dos pretensos rebaixados, só um milagre, que em futebol não existe, evitará que seja um dos quatro a cair.
.MÉRITO alvinegro foi o de não tomar conhecimento do adversário, ajudado pela abertura do placar nem bem a partida havia começado. A partir daí tudo se tornou muito mais fácil para construir a goleada de quem, aliás, não está acostumado a tais feitos.
.SE a memória não falhar, embora nela não confie, e recomendo vocês também não, já faz bom tempo que o Ceará não vence com diferença de quatro gols. Precisava encontrar um adversário como Goiás, fraco que bem baba de neném, para vencer com facilidade.
.A RIGOR foi mais um match-treino para os próximos compromissos que virão. Esta vitória deixou o Ceará a três pontos para cruzar a fronteira dos 45 pontos. Depois daí, novos horizontes deverão se abrir. Ao vencer o Goiás, mesmo dentro do terreno do adversário, o Alvinegro cumpriu com sua obrigação, facilitado pela tabela e pela fraqueza do adversário.
.QUEM já não tem nada a perder como Goiás, tanto faz perder de um como de quatro, quer dizer, perder de pouco ou perder de muito, pra ele, nada acrescentará a não ser se afundar ainda mais no fundo do poço. O Goiás pode enrolar a bandeira deste Brasileirão no qual fez figura de papelão, embora não esteja só neste rol, se é que serve de consolo. Entre perdedores, a mistura de ruindades é uma só. Tanto faz jogar em casa, como fora. Este fator é irrelevante.
Não para... Não para... Não para de ler. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.