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Ceará troca de chaves para a Sul-Americana
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Ceará troca de chaves para a Sul-Americana

Pelo andar da carruagem o Ceará tem condição, sim, de classificar-se para a próxima etapa. Bairrismo à parte.
Tipo Opinião
Vizeu, do Ceará, disputa a bola com Carabajal, do Arsenal
 (Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP)
Foto: RONALDO SCHEMIDT/AFP Vizeu, do Ceará, disputa a bola com Carabajal, do Arsenal

- CEARÁ está de volta ao redil da Sul-Americana, hoje, cedo da noite no Castelão, deixando a perda do tri do Nordestão pra lá, página virada, vida que segue. Não há nem como traçar paralelos entre as duas competições, embora a derrota para o Bahia tenha ficado engasgada qual uma espinha de tubarão. Mania de quem quer ganhar todas?

- NESTA troca de chaves, o Ceará enfrenta o Arsenal, da Argentina, abrindo a segunda volta do seu grupo. O Alvinegro, por enquanto, vai bem na fita do torneio, invicto, embora seus adversários sejam reconhecidamente fracos. Mas aí é outra história e os personagens também. Tirante o timbre de ser internacional a Sul-Americana em termos técnicos, fica muito a desejar.

- TEM motivos? Incontáveis até. Enumerá-los, seria perda de tempo. Aliás, este item ficou claramente demonstrado nos três jogos que o Alvinegro realizou enfrentando os dois bolivianos e o Arsenal, seu adversário de hoje. Pelo andar da carruagem o Ceará tem condição, sim, de classificar-se para a próxima etapa. Bairrismo à parte.

O PERFIL

- ARSENAL que é da cidade de Sarandi, nos arredores de Buenos Aires, é o lanterna do Campeonato Argentino disputado entre os 13 clubes. Seu ponto fraco continua sendo a defesa, a mais furada da competição, que sofreu 19 gols. É um time que não assusta, embora nem sempre as coisas no futebol acontecem conforme a previsão. Dentro do Castelão, o Alvinegro pode ser considerado favorito? Com as devidas reservas, sim.

- PARA se ter uma ideia do que é o Arsenal, ele conquistou apenas um título de relevância a nível nacional, nove anos atrás, o chamado Torneio Clausura, embora tenha embolsado uma Sul-Americana em 2007. De lá para cá, o feito perdeu-se na poeira do tempo.

- CABE a pergunta ingênua. Pode surpreender hoje a noite no Castelão? Em futebol fazer previsões é um risco que se corre, por vezes desnecessário. Teoria e prática são separadas por um linha tênue chamada imprevisibilidade. Ou seja - tudo pode acontecer, ou absolutamente nada.

QUAIS OS EFEITOS?

- ACHAR, também, que a perda do Nordestão pode ter causado danos psicológicos nos jogadores do Ceará, descartem esta possibilidade. Não será isso que vai tirar o Alvinegro do foco da partida de hoje a noite. São duas competições totalmente díspares. A começar pela cota que a Conmebol paga a quem dela participa.

- PEQUENO exemplo, apenas pra ilustrar. O Ceará nesta fase da Sul-Americana

embolsará 900 mil dólares, na qualidade de mandante, embora as despesas de deslocamentos corram por sua conta. Noves fora, ainda sobra uma boa grana de troco, caso contrário não alugaria avião para voos diretos quando sai pra jogar na Argentina ou Bolívia.

- CEARÁ toma seus cuidados para seguir em frente. O caminho está asfaltado a não ser que haja um acidente de percurso. Como joga duas em casa (hoje e mais adiante contra o Bolívar) tudo fica menos difícil. Teoricamente falando, que fique bem claro.

MESMO PERFIL

- PARA o jogo de hoje o Ceará não mudará a sua maneira de ser. Guto Ferreira não é chegado a tamanha ousadia, já foi dito mil vezes. Tradução - o Ceará terá a mesma cara de sempre. Se mudar, e deverá, a entrada de Jael, no comando do ataque e Charles na meia cancha. Aliás, camisa 9 sempre foi um calo na vida do Ceará. Raros os que vestiram aquela camisa e acertaram.

- JAEL, mesmo não sendo esse balaios todos, vale pela experiência de muitas camisas vestidas, perdidas as contas. Melhor que Vizeu, qualquer um é, enquanto Saulo não passa de um jogador meramente esforçado. Daquele tipo que nunca se sabe se sua produção será a mesma.

- ENFIM, espera-se um bom jogo. Se os fatores campo e clima funcionarem, o Ceará é o favorito. Do Arsenal, que ninguém conhece, daí a grande interrogação, espera-se que não atrapalhe a vida do Alvinegro, embora, também, nunca se sabe.

NOVOS ARES

- FORTALEZA tenta respirar novos ares com a chegada do novo treinador, o Argentino, Juan Pablo Vojvoda. Pelo menos disposição para o trabalho ele demonstrou que tem. É uma vantagem, sim, mas o tempo dirá se ele conseguirá reencaixar a equipe que ficou aos frangalhos.

- PARA ganhar tempo, pois lutará contra ele, Juan Pablo vai implantar dois expedientes. Ele quer ver um Fortaleza intenso e ofensivo, bem ao seu estilo fazendo lembrar o Ceni. Pela frente vem aí o Brasileirão. De permeio a decisão do Campeonato Cearense e mais adiante a Copa do Brasil. Remontar uma equipe de futebol não é tarefa fácil.

O TRADUTOR

- VOJVODA decidiu morar no Pici, no hotel lá instalado, onde os jogadores se concentram. Como não conhece nada da cidade, tanto faz morar na concentração, quanto na Beira-Mar.

 

Foto do Alan Neto

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