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Clássico-Rei da Copa do Brasil repete modelo atual de falta de brilho
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Clássico-Rei da Copa do Brasil repete modelo atual de falta de brilho

Fortaleza e Ceará ficaram no 1 a 1 em partida marcada por falhas dos bons goleiros Felipe Alves e Richard
Tipo Opinião
Ceará e Fortaleza farão Clássico-Rei pela 14ª rodada da Série A  (Foto: Aurélio Alves)
Foto: Aurélio Alves Ceará e Fortaleza farão Clássico-Rei pela 14ª rodada da Série A

. JÁ se esperava aquilo que se viu ontem à noite no Castelão. Mais um Ceará e Fortaleza opaco e sem brilho.

.IMPRESSÃO que se tem é a de que os dois rivais já entram em campo combinados de que não haverá vencedor. Ninguém ganha, ninguém perde.

.RESULTADO que a quase maioria dos jogos entre os dois, ao longo da história, sempre acontece o empate.

.UM gol em cada tempo, em duas falhas gritantes dos dois bons goleiros, Felipe Alves, pelo Fortaleza e Richard, pelo Ceará. Não há goleiro imbatível no mundo, muito menos um que não tenha tomado gol fácil ou frangos.

.DOIS gols do clássico, falha foi gritante dos goleiros. No primeiro, do Ceará, chute sem muita pretensão do Gabriel Dias que o Felipe Alves defendeu e largou no pé do Cléber, daí pras redes.

. DEPOIS culpou a grama do Castelão. Mil vezes preferível o Felipe ter ficado calado. A falha foi dele e a grama do estádio nada teve a ver com isso.

.DEPOIS do gol esperava-se o Ceará ficar mais agressivo, partir para tentar dilatar o placar diante dos claros enormes da defesa do Fortaleza, desnorteada com o gol, logo aos 11 minutos.

. ESPERAR do Ceará uma equipe agressiva e aguda, tendo como técnico o Guto Ferreira, é mais fácil o mar secar. O 1 a 0 já estava de ótimo tamanho pra suas pretensões. Para que, então, agredir o adversário? Coisas de técnicos que têm pavor a ousar.

.DEVE ter se esquecido que ainda havia um longo tempo a percorrer, quer dizer, tempo de sobra para o Fortaleza se rearrumar em campo, ir buscar ao menos o gol de empate.

.DITO e feito. Enquanto o Ceará, que já entrou precavido em campo, mais ainda ficou após a abertura do placar. O objetivo era cristalino — importante era segurar o placar (1 a 0) para só depois tomar outras providências.

.QUE tipo de providências, cara-pálida? Recuar ainda mais o time, esperar o adversário em seu campo e, num contra-ataque esporádico, ampliar a vantagem.

.TÉCNICO que tem pavor a golear, 1 a 0 já está de bom tamanho, pensa exatamente desta maneira. Guto é deste time de treinadores excessivamente medrosos. Por causa disso o Ceará jamais sairá do tradicional rame-rame.

.FORTALEZA, mesmo desarrumado taticamente, pois é quase impossível saber que desenho tático tem a equipe tricolor, ou quer impor o técnico argentino, Juan Pablo, teria dois caminho a seguir — reagir ou reagir.

.ENCONTROU facilidade pelo excesso de precaução do adversário. Até parecia que o Ceará estava pedindo que o adversário empatasse o clássico, pra decisão ser adiada.

.EM dérbi envolvendo tricolor e alvinegro isso é quase histórico. Se um parte na frente do placar, ao invés de tornar-se mais agressivo, faz é recuar, abrindo enormes brechas para o adversário atacar.

.EMPATE surgiu através de Wellington Paulista, que, manda a sina do artilheiro, não fazendo nada em campo, acaba fazendo tudo, que é o gol.

. LANÇAMENTO pra dentro da área, Richard, sempre confuso em lances assim, permitiu o assédio de WP9 e daí, em lance maroto, a bola bateu em sua cabeça e foi pros fundos das redes.

.WELLINGTON Paulista nem acreditou que a bola tivesse entrado, por conta do inesperado, só depois dos abraços dos companheiros acordou pra realidade.

.EMPATE fez jus ao que Ceará e Fortaleza produziram em campo, ou seja, nada, ou quase nada.

.PUDERA. Com o futebol pobre que produziram, não poderia ter mesmo um vencedor. Se tivesse acontecido seria o resultado mais injusto do mundo.

. FORTALEZA continua tateando em busca de um modelo tático que o Juan Pablo procura, como quem procura uma agulha no palheiro.

.FICA difícil improvisar homens de meio-campo em laterais, deixando a equipe às tontas. Intensidade é uma coisa. Organização tática é outra completamente diferente. Nem rimar, rima.

.QUANTO ao Ceará com o Guto sem sair do seu trivial, a ponto de querer improvisar o Sobral como ponta quando tinha Jorginho à sua disposição pra fazer a função, faz do Alvinegro uma cópia fiel do que vem sendo sempre.

BOCA DE FORNO

(1) - CHUTE de Richard na reposição de uma bola atravessou todo o campo. Foi colhido por Felipe Alves, do outro lado...

(2) - ATAQUES tão inoperantes que ao todo, se chutaram quatro bolas em direção ao gol se deram por satisfeitos...

(3) - RICK, tudo bem, leva jeito, mas precisa aprender que sozinho tentando driblar o lateral, em todo lance, não vai resolver nada...

(4) - PIKACHU, arma secreta do jogo contra o Atlético-MG, entrou de saída, mera figura decorativa...

 

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