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É só o começo do Brasileirão, tudo aberto para Ceará e Fortaleza
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

É só o começo do Brasileirão, tudo aberto para Ceará e Fortaleza

Tipo Opinião
Fortaleza e Ceará se reencontram pelo Campeonato Brasileiro neste domingo, 1º/8, no Castelão (Foto: Aurélio Alves/O POVO)
Foto: Aurélio Alves/O POVO Fortaleza e Ceará se reencontram pelo Campeonato Brasileiro neste domingo, 1º/8, no Castelão

- CEARÁ, hoje à noite, 21 horas, contra o Santos, na Vila Belmiro; Fortaleza, amanhã à tarde, aqui no Castelão, diante do Internacional. São os jogos programados para o Brasileirão, neste fim de semana, envolvendo os dois representantes cearenses.

- POR enquanto a competição engatinha, todos ainda tateando em busca de afirmação ao longo (e bota longo nisso) do torneio. Cada qual com suas esperanças, muitas das quais além da imaginação daquilo que pensam.

A PERDER DE VISTA

- DIGO assim porque, até chegar novembro, quando o Brasileirão alcançará sua reta final, haja tempo a perder de vista. Enfim, junho mal começou e a Série A também. Fazer qualquer tipo de previsão é pura perda de tempo. Usar os tradicionais bordões tão manjados é jogar conversa fora de quem não tem o que fazer.

- FAVORITOS, para não fugir a regra de todos os anos, são os de sempre, quer dizer, as forças maiores do nosso futebol. Listá-las seria pleonasmo. Quem se lembra de uma grande zebra no Brasileirão? Zebra, no caso aí, algum clube de menor porte, chegar ao título? Quem souber, favor sair em meu socorro.

POEIRA DO TEMPO

- QUANDO em vez pinta um clube fazendo alguma presepada, até dá a impressão de que poderá chegar além, porém se perde nas brumas das ilusões. E se querem a verdade, lá se vai: Série A não foi feita para clube sem grande expressão nacional vencê-la. A prenda vai sempre para os maiorais porque se assim não for, a própria competição perde a graça.

- HÁ mil interesses em jogo, principalmente os políticos e financeiros que acabam por fazer prevalecer seus desejos e vontades. Perdeu-se nas poeira do tempo a época do futebol romântico.

DESVIOS DE PERCURSO

- QUE destinos terão, neste caso, nossos dois representes? Pronta-resposta. Antes de mais nada, o grande objetivo da dupla é de alcançar um lugar ao sol na Sul-Americana, já estará de ótimo tamanho. Tentar chegar à Libertadores, pode até ser, se acontecer alguns desvios de percursos. Essa possibilidade não está descartada.

SE COLAR, COLOU

- DENTRO das possibilidades financeiras de cada um deles, alvinegros e tricolores, conseguiram formatar bons times. Um pouco mais para o Ceará, que tem elenco mais robusto, principalmente no quesito financeiro.

- FORTALEZA ainda é uma interrogação com a chegada de mudanças a partir do atrevimento e da ousadia da diretoria de trazer um técnico argentino. Juan Pablo nunca foi da primeira linha dos treinadores da Argentina, o que não o impede de implantar no Tricolor uma nova filosofia de jogo e de trabalho, a partir dos treinamentos. Usou o rótulo de "intensidade e objetividade" para ver se dá certo. Se colar, colou. Por enquanto está dando para os gastos.

MESMA CARA

- CEARÁ preferiu não mudar a sua forma de jogar. E não foi muito feliz na contratação de reforços, além de não ter levado sorte de seu melhor jogador, Vina, ainda não ter aprumado o passo. Distante daquele ótimo jogador do Brasileirão do ano passado. Poderá, sim, reencontrar o caminho. Sabê-lo quando é que são elas.

- ADICIONE-SE a isso ter no seu comando, caso Guto Ferreira, alguém que não se renova no item de cartilha tática. Tantas opções de mudanças, mas ele prefere, teimosamente, permanecer naquele avaro sistema do primeiro pensar em não perder, só muito depois pensar em ganhar. Coisas de técnicos que têm pavor à palavra ousadia. Quem pensar que irá mudar a cara, podem tira o cavalo da chuva.

BOLA DE CRISTAL

- ESTE o desenho dos nossos dois representantes. Claro que se espera muito mais deles, que ao menos alcancem o objetivo da Sul-Americana, nunca, jamais o de entrarem naquela agonia do rebaixamento como, por pouco, não acontece com o Fortaleza ano passado, salvo no penúltimo gongo porque Botafogo e Vasco eram muito piores que ele.

- O QUE poderá acontecer este ano, nem com bola de cristal dá para se prever. Não tenho queda para ilusionista. A realidade do futebol é outra. Dura, muito dura. E, em Brasileirão, que pode ser comparada à Lei da Selva, prevalece a máxima do quem for podre que se quebre. Resumindo — cada jogo, como os dois de hoje, tem o cheiro, mesmo distante, de uma decisão. Detalhe — há outras Séries disputadas por clubes cearenses. De tão pouco atrativo que até seus torcedores esquecem que elas existem.

COPA DE ARAQUE

- PARA atrapalhar o andamento do Brasileirão, a tal Copa América desce de paraquedas justo no nosso calendário, em tempo de pandemia, numa mancada imperdoável do governo brasileiro.

 

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