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Gangorra do futebol cearense pende para o Fortaleza e joga Ceará pra baixo
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Gangorra do futebol cearense pende para o Fortaleza e joga Ceará pra baixo

Tipo Opinião
Wellington Paulista está certo: sem público, jogos mais parecem rachões entre amigos (Foto: Fabio Lima)
Foto: Fabio Lima Wellington Paulista está certo: sem público, jogos mais parecem rachões entre amigos

.SINAL de alerta. Lisca, dispensado pelo América-MG, pode (ou deve?) entrar no radar do Ceará. Dois motivos: a péssima campanha alvinegra, que não é pior do que a do Coelho, porém beirando. E a principal, Robinson de Castro, presidente do Ceará, sempre nutriu muita simpatia por Lisca, pelo seu jeito de ser, tão diferente de Guto Ferreira. Liguem os fios.

NUNCA ANTES

. AO longo dos 50 anos de Brasileirão, um clube do Nordeste jamais havia conseguido vencer seus três primeiros jogos em pontos corridos. Pra completar, assumiu a liderança da competição isoladamente. Este feito foi logrado, agora, pelo Fortaleza, pois sempre há uma primeira vez em tudo na vida. Detalhe — a gangorra do futebol oferece surpresa agradável como esta e mil e desagradáveis como tantas.

CHEIRO DE GOL

.QUEM reparou? O que falta ao Ceará, sobra ao Fortaleza. Como assim? Wellington Paulista, beirando os 40, continua deixando sua marca nas redes, mesmo de pênalti, que bate com tanta categoria, com direito a saracoteio. Reverso da medalha. O Ceará tem três homens rotulados de atacantes, difícil escolher o pior.

ROTA DE COLISÃO

. COISAS que acontecem de quem, de repente a bola começa a murchar. Pela primeira vez, Vina sentou-se no banco de reservas, contra a Chapecoense. Quem o substituiu, Jorginho, infelizmente não deu conta do recado. Tremeu. Teve uma razão pra barração de Vina? Sim. Ao ser substituído na derrota para o Fortaleza, saiu esbravejando em direção ao técnico Guto, que ouviu e ficou calado. Foi dar o troco na longínqua Chapecó. Os dois entraram em rota de colisão.

AMOR & DOR

. TORCEDORES do Ceará se amontoaram no aeroporto internacional, esperando a delegação alvinegra. A recepção, longe de ser calorosa, foi, isto sim, decepcionante. Com razão. Um deles bradava aos berros - "Se não for por amor será por dor". Os jogadores fingiram não era com eles, passando incólumes diante do clamor de alguns torcedores. Ao técnico, que suava às bicas, o tradicional grito de guerra - "Fora, Guto!"

POR CIMA

. TÉCNICO Juan Pablo, que mal sorri, começa com todo furor por cima do famoso churrasco argentino. Dez jogos invictos à frente do Fortaleza, provocou uma metamorfose entre os inflamados tricolores. A ponto de muitos deles acharem que Ceni encontrou um substituto a altura, embora o ex-técnico do Fortaleza, que pulou do barco, venha fazendo sucesso no Flamengo.

QUE SINA!

.INCRÍVEL a sina do Ceará de ressuscitar quem está no fundo do buraco, o tal "Efeito Lázaro". Chapecoense, por exemplo, estava na lanterna. Com o empate (0 a 0) saiu de lá, entregou o posto ao América-MG, do Lisca, gota d'água que faltava pra lhe darem as contas. Aliás, segundo treinador a cair. Não ficará nele. A fila serpenteia.

MOSAICO VERMELHO

.NOVIDADE no jogo Fortaleza x Sport foi a presença de um mosaico ali colocado, óbvio, pelas organizadas tricolores. Alertava - "Junho vermelho! Salve vidas! Doe sangue!"

O BLOQUEIO

.COMO todos os técnicos conhecem como seus adversários jogam, não foi difícil o técnico do Sport encontrar a cartilha do Fortaleza, segurar a chamada intensidade do time. O que fez? Simples. quatro zagueiros, cinco na meia-cancha e apenas um atacante isolado. Atrapalhou os planos de Juan Pablo, até sair o gol de pênalti, presentão do zagueiro Maidana. Sem ter a menor intenção de atacar, o Sport não chutou uma só bola em direção ao gol de Felipe Alves, privilegiado expectador.

FIM DE LINHA

.NO que dá contratar atacante em fim de linha. Ceará sofre horrores com Jael, por exemplo. De cruel não tem mais nada. Qualquer vento mais forte se contunde. Após contrair estiramento na coxa, foi vitimado pela Covid. No mínimo mais 20 dias fora dos gramados. Custo/benefício de Jael ao Ceará é zero. Um mísero gol e um pênalti perdido na Sul-Americana. Tem gente no Ceará querendo ver a caveira do Robinson, só ele finge não perceber.

COLECIONADOR

.CADA jogador com sua mania. Wellington Paulista tem uma exclusiva. Cada vez que balança as redes, pelo Fortaleza, junta vários atletas na comemoração, bate selfies. A coleção aumenta a ponto dele ter perdido o número, tantas vezes deixou sua marca.

 

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