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Fortaleza foi premiado pela vontade de atacar e Ceará foi punido por não tentar ampliar
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Fortaleza foi premiado pela vontade de atacar e Ceará foi punido por não tentar ampliar

Tricolor venceu o Corinthians no Castelão, enquanto Alvinegro não passou do empate com o Cuiabá na Arena Pantanal, mesmo com um a mais
Tipo Notícia
Robson, jogador do Fortaleza, comemora seu gol com jogadores do seu time durante partida contra o Corinthians pelo campeonato Brasileiro 2021 (Foto: Fabio Lima / Jornal O POVO)
Foto: Fabio Lima / Jornal O POVO Robson, jogador do Fortaleza, comemora seu gol com jogadores do seu time durante partida contra o Corinthians pelo campeonato Brasileiro 2021

- CEARÁ, teve tudo pra vencer o Cuiabá, cedo da noite, não fora um cochilo imperdoável da sua defesa, permitindo o gol de empate do time casa (2 a 2) que, para o Cuiabá, da forma como veio, foi um prêmio. Para o Ceará, um castigo. Pouco mais tarde o Fortaleza, no Castelão, venceu o Corinthians por 1 a 0, golaço do Robson.

- AS mexidas feitas pelo Guto Ferreira, pois o time estava bem, virara o placar, quando nem precisava mudar o que estava bem, foram fatais. O castigo veio a cavalo, sim, porque em desvantagem no placar, o Cuiabá entrou em parafuso, foi para o tudo ou nada, com um homem a menos.

- NEM tirar proveito desta situação o Ceará conseguiu, pelo fato de que as substituições feitas quase nada renderam. Tudo bem que empatou, desempatou a partida, em duas belas jogadas de Lima, aproveitadas por Rick e Jael, porém, acabou não sustentando a vantagem quando teve a vitória na mão e sair de Cuiabá com três pontos importantes.

ERROS FATAIS

- GUTO Ferreira tem lá suas qualidades, mas um punhado de defeitos. Um deles é no momento de fazer mudanças, maioria das vezes sem necessidade. Mexer no que está quieto e no que vem dando certo pode redundar em erros fatais. No gol de empate do Cuiabá a defesa ficou estática, abrindo passagem para que os atacantes tivessem o caminho livre.

FAZ DE CONTA

- DEIXAR escapar uma vitória que já se desenhava, faltando dois minutos pra partida terminar, ainda por cima nos acréscimos, por vezes é imperdoável. Ou o Guto achava que, mesmo com o empate, o resultado estaria de bom tamanho? Deve ter dito lá com seus botões — "antes assim do que perder". Coisas de quem não valoriza uma vitória, favas contadas, e que um empate fora de casa faz de conta que é uma vitória.

- GUTO não pensa alto. Nem dentro, quanto mais fora de casa. Repete-se a história do time demasiadamente precavido, que o Ceará, sob seu comando, sempre foi. Lema é aquele de sempre. Não perder está bem, se empatar ainda melhor. Este um dos motivos, talvez o principal, de o Alvinegro progredir tão pouco no Brasileirão, além de se tornar inconfiável aos olhos da sua torcida.

OBRA DO ACASO

- CUIABÁ, é um dos piores times deste Brasileirão. Entrou nele por obra do acaso. É uma equipe limitada, de poucos valores técnicos, dentro de suas limitações, além de não fazer mal a ninguém. Nesta Série A, é uma espécie de saco de pancadas dos adversários, tanto faz jogar fora como dentro dos seus domínios.

- CEARÁ, perdeu, isto sim, a grande chance de ter vencido, aliviado um pouco sua barra, com a vitórias nas mãos, mesmo tendo saído em desvantagem no primeiro tempo. Sua torcida tem toda razão do mundo de exigir mudanças. Ou muda agora, enquanto é cedo, ou a tendência é ser daí pra pior. De jogo para jogo o progresso técnico do Alvinegro é muito pouco, ou quase nada, Nem com um lupa poderosa consegue se enxergar.

PEDRA DURA

- FORTALEZA venceu o Corinthians (1 a 0), deixou para trás mais um obstáculo, continua voando no Brasileirão. Tricolor sabia que enfrentaria uma pedra dura no seu caminho. Verdade, sim. Mas não se amedrontou, nem se apequenou. Antes pelo contrário.

- QUEM vai a campo, como o Tricolor vem fazendo, com intenção de vencer é menos difícil achar o caminho da vitória. Essa a diferença do Fortaleza para o Ceará. Encarou um adversário diferenciado, tentando buscar seu rumo no Brasileirão ainda meio tateando, conta e risco de incontáveis crises. Vai superar, sim, com o tempo, só que ainda não foi desta vez.

- FORTALEZA não mudou seu estilo de jogar, embora com algumas precauções, como já era de se esperar. O técnico Juan Pablo sabe até onde pode ir com sua ousadia e intensidade, dependendo do adversário. O Corinthians não vem bem, é verdade, mas busca sua recuperação. Com aquele time que tem, mas vai demorar um pouco mais.

- LONGE o tempo em que só com o nome vencia uma partida de futebol. Hoje as coisas mudaram e com elas o futebol. Diferença entre os dois é que o Tricolor tem uma equipe bem treinada, acertada em suas linhas, sabe se impor quando necessário se faz.

- SENTIU alguma dificuldade, muito mais pela forma de marcação da equipe corintiana, com uma defesa bem postada e um goleiro como o Cássio, que faz toda diferença. O meio-campo é razoável, mas o ataque é fraco, carecendo de quem meta a bola pras redes, problema que, aliás, não é só dele. Chances até surgiram, entretanto encontrou uma defesa bem postada, especialmente a dupla de zaga Benevenuto e Titi, mais aquele do que este. Os dois estão bem afinados.

- TRICOLOR fez seu papel, que era vencer, mesmo por 1 a 0 o suficiente pra manter a boa colocação no Brasileirão. Ficou de bom tamanho, pois não é de goleada que se vence todas as vezes.

 

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