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Insistir e persistir; Ceará 2 x 2 Bragantino
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Insistir e persistir; Ceará 2 x 2 Bragantino

Talvez tenha passado pela cabeça do técnico Tiago Nunes que o Bragantino seria uma presa fácil
Tipo Opinião
Vina, meia do Ceará, durante o jogo contra o Bragantino (Foto: JULIO CAESAR/O POVO)
Foto: JULIO CAESAR/O POVO Vina, meia do Ceará, durante o jogo contra o Bragantino

CEARÁ salvou-se ontem no Castelão graças ao gol salvador do zagueiro Gabriel Lacerda, quando o jogo já descambava para o seu final. O empate de 2 a 2, dos males o menor. Podia até ser muito pior, catastrófico até, uma derrota dentro de casa para o RB Bragantino, que saiu na frente e fez dois gols de vantagem, mas deixou empatar. Vacilo total.

TALVEZ tenha passado pela cabeça do técnico Tiago Nunes que o Bragantino seria uma presa fácil, aqui dentro. Se pensou assim, pensou errado e pensou torto. Ele, Tiago, devia ter se ajoelhado na sua área técnica, após a partida, levantado as mãos para o céu e agradecido pelo empate. Que, aliás, o Alvinegro não fez tanto assim por merecer, vá lá que seja.

E NÃO mereceu por incontáveis motivos. O principal deles, deve ter passado pela cabeça do seu técnico que o Bragantino, jogando aqui dentro, seria fácil de ser batido. Enfrentou um adversário bem postado em suas linhas e que veio aqui, não com o propósito de armar uma retranca dificultando a vida do Ceará.

RECOMENDA-SE ao Tiago Nunes acompanhar mais de perto o Brasileirão, estudar mais detidamente o adversário que enfrentará para não cometer certas mancadas como a que o Alvinegro cometeu. Verdade seja dita. Com seu novo técnico o Alvinegro ainda não encontrou o rumo certo. Em campo parece um bando correndo a esmo.

GIRO & JIRAU

OU Tiago Nunes parece que nunca tinha visto o RB Bragantino jogar. Só desta maneira explica-se a péssima atuação do Ceará, desordenado em suas linhas e sem um sistema tático em que se possa enxergar se houve mudança na Comissão Técnica. Outra verdade? Vamos lá. Mudança de treinador não fez bem ao Ceará. Se pensava que ao trocar o Guto Ferreira por um outro, mesmo que tenha sido o Tiago Nunes, fosse fazer um giro, acabou fazendo um jirau.

DEU-SE o inverso, ontem, cedo da noite no Castelão. Como assim? Quando se esperava ver um Ceará bem mais afinado, com modelo tático definido, surpreendeu-se o torcedor que foi ao Castelão, em ver que o Bragantino mais parecia ser o dono da casa. Tanto que, aos 11 minutos, já inaugurava o placar aproveitando-se uma pajelança da defesa alvinegra que, aliás, e não é de agora, anda batendo cabeça.

O SEGUNDO gol que podia ter decretado a grande zebra, outra falha coletiva do sistema defensivo, desta vez, com participação do goleiro Richard que tomou um frango, por conta, do desentrosamento visível dos zagueiros, com participação da meia cancha. Mas frango não se explica. Toma-se. Impressão que passa ao torcedor é a de que, tanto tempo teve de treinamento para impor ao Ceará, uma nova cara, o técnico Tiago Nunes sem conhecer ninguém.

QUAL A SURPRESA?

DO Bragantino já se sabia do seu comportamento no Brasileirão. Mesmo não sendo uma grande equipe, pode ser listada como uma das boas revelações da competição. Pelo menos vai a campo sabendo o que pode produzir e do que é capaz. Qual a surpresa então para quem o enfrenta? Nenhuma. O Ceará deveria estar preparado para o que pudesse acontecer. Pelo visto este detalhe tão precioso passou ao largo.

DOS males o menor ter conseguido arrancar o empate quando podia ter amargado um resultado vexatório, quer dizer, uma derrota. Os gols salvadores de Gabriel Santos e do outro Gabriel, o zagueiro Lacerda, caíram do céu. Vai ficar engasgada na garganta do torcedor do Ceará a seguinte e inquietante pergunta: que time o Tiago Nunes quer para o Ceará? Quando chega a ser pior que o Guto Ferreira, por aí dá para se tirar o resto.

FIRME & FORTE

ENQUANTO isso, o Fortaleza continua firme e forte na Série A. Venceu a Chapecoense dentro do seu estádio, sábado, com grande atuação de Pikachu. Foi ele o dono da bola e do jogo também. Concorda-se que a Chape, segurando a lanterna, é o retrato fiel da sua incompetência e do papelão que vem fazendo no Brasileirão. Contudo, dentro da Arena Condá, consegue pregar algumas peças. Fato raro, é bem verdade.

FORTALEZA que voa em céu de brigadeiro impôs seu futebol de sempre, de entrar em campo com o foco exclusivo na vitória, pouco importando se atua fora ou dentro do Castelão. Esta é a cópia fiel do Tricolor neste Brasileirão daí se tornar na grande revelação do torneio. Fácil também decifrar. Quem vai a campo pensando em vencer, encurta o caminho do sucesso. Simples, assim.

 

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