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Estilhaços de uma rodada onde o Ceará sobe e o Fortaleza desce
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Estilhaços de uma rodada onde o Ceará sobe e o Fortaleza desce

QUE efeitos terão essas leves turbulências do Fortaleza no Brasileirão — não (ainda) a ponto de queda livre, contudo, vale a pena abrir os olhos, especialmente agora que o Brasileirão entra em sua reta final. Até onde pode-se explicar esta queda?

ASSUNTO puxa o outro. E esta subida do Ceará, beirando a zona de rebaixamento, de repente, duas vitórias, mesmo que por sôfregos 1 a 0, seis pontos preciosos, com o abismo já rondando seu arraial?

CABEM duas perguntinhas ingênuas. Primeira delas — o Vojvoda terá perdido a mão, ou o rumo, vá lá que seja, da intensidade tão apregoada, quer dizer, ver o Tricolor sempre tomar a iniciativa de jogar pra vencer, razão daquele ímpeto inicial que encantou a tudo e todos?

E O Ceará, terá sido a vinda de um novo técnico, caso Tiago Nunes, capaz de mudar a cara da equipe que, embora sem brilho, conseguiu vencer duas partidas seguidas? No futebol nem sempre se explica tudo, quanto mais se justifica.

TRADUÇÃO. Mesmo sendo uma equipe que continua com seu padrão de atuar verticalmente, as duas derrotas seguidas do Tricolor fizeram a equipe tomar dois sustos, sair da zona de conforto em que estava, permitindo que outros adversários — tipo Corinthians — começassem a lhe fungar o cangote.

RELAÇÃO ao Ceará, Tiago apenas introduziu algumas mudanças táticas, exemplo, Vina atuar mais próximo do atacante de área, tornando o Alvinegro mais agressivo. Embora ainda lhe falte muita coisa. Mas progrediu, é o que basta. Por enquanto.

INCERTEZAS

NESSE momento de incertezas, ganhar pontos pode significar muita coisa ou quase nada, dependendo do que virá pela frente. Mas aí a história é outra e os quinhentos podem ser falsos.

PELO sim, pelo não, será nesta fase de afunilamento que as dúvidas se dissiparão. O Fortaleza não deixou de continuar jogando pra buscar a vitória, mas nem sempre as coisas funcionam como o treinador deseja. O Ceará entrou naquela de não jogar bonito, apelando para o trivial — também conhecido como rame-rame — que vem funcionando. Não empolga, mas também não decepciona, tanto quanto na época do Guto Ferreira. Os dois se assemelham no mesmo estilo de atuar, mais precaução, menos ousadia.

TABUS (NÃO) QUEBRADOS

DOS nove atacantes, todos do elenco, relacionados para a partida contra o Corinthians, Vojvoda utilizou nada menos que sete e nenhum deles conseguiu vazar a meta do Corinthians. Apenas Wellington Paulista e Osvaldo não foram acionados. O argentino parece não ir com a fachada deles.

ALIÁS, dois tabus (ainda) não quebrados pelo técnico tricolor. Um deles, não vencer o Corinthians em São Paulo em 13 jogos, acumulando dez derrotas e três empates. O outro — de não manter a invencibilidade contra os paulistas fora de casa. Detalhe: na primeira volta, não perdeu nenhum dos cinco jogos.

QUEBRA CANELAS

INCRÍVEL! Contumaz colecionador de cartões, cuja intenção é a de atingir o adversário do que a bola, o volante Felipe, do Fortaleza, bate recorde ao levar seu nono cartão amarelo, sem esquecer um vermelho. Ele só só sossega quando é advertido. O que faz, ainda, o Felipe, quebra canelas, como titular do Fortaleza?

GIRO & JIRAU

AINDA tem, na fila tricolor, neste segundo turno, mais dois clubes paulistas, São Paulo e Bragantino. A propósito — alguém viu em campo o meia Lucas Lima, maior salário do Fortaleza? Qual nada! Sumido e apagado, foi uma figura nula. Uma contratação cujos efeitos, até agora, foram um tiro no pé. Tricolor imaginou fazer um giro, fez um jirau.

PILATOS

AFINAL, quem é o batedor oficial de pênaltis do Ceará? Tiago Nunes lava as mãos, qual o Pilatos da Bíblia, ao dizer que existe uma lista e dentro de campo os jogadores escolhem entre si. Qual o critério? Por acaso o cafona cara ou coroa? Coitado do Sobral. Nunca fez um gol pelo Ceará, mas é o primeiro a colocar a bola debaixo do braço, tencionando bater a penalidade. Acaba por dar lugar a um outro, tipo Cléber, ruim de gol, pior ainda em bater pênaltis. Aliás, quem determinou que fosse o batedor? Ele mesmo, ora, ora. Melou.

ESGOTAMENTO

BOM time o Cuiabá pode até não ser, mas ruim também não é. Partida contra o Ceará estava vindo de uma maratona maluca de três jogos numa semana, tanto que só trouxe dez jogadores suplentes quando é permitida uma dúzia. Esgotado fisicamente, mesmo assim, o Cuiabá deu muito trabalho. Serve como consolo?

 

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