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As entrelinhas de Fortaleza e Ceará às vésperas de mais um Clássico-Rei
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

As entrelinhas de Fortaleza e Ceará às vésperas de mais um Clássico-Rei

Com os elencos que têm à disposição, Fortaleza e Ceará estão aparentemente bem servidos. O que pode fazer a diferença é no segmento da qualidade técnica
FORTALEZA, CE, BRASIL, 02-06.2021: Fortaleza x Ceara, pela Copa do Brasil, jogo 1 na Arena Castelao. em epoca de COVID-19. (Foto: Aurelio Alves/ Jornal O POVO) (Foto: Aurelio Alves)
Foto: Aurelio Alves FORTALEZA, CE, BRASIL, 02-06.2021: Fortaleza x Ceara, pela Copa do Brasil, jogo 1 na Arena Castelao. em epoca de COVID-19. (Foto: Aurelio Alves/ Jornal O POVO)

NA corrida por reforços, o Fortaleza vem passando a perna no Ceará. Sintoma de que o setor encarregado de vasculhar quem está à disposição no mercado, o do Tricolor está bem mais atento.

ÚLTIMO que veio à tona, atacante Kayzer, do Athletico Paranaense, os olheiros do Pici de há muito estavam com ele na alça da mira, esperando apenas uma brecha pra entrar em cena.

NEGOCIAÇÕES feitas debaixo do maior sigilo, naquela de nem às paredes confesso, até fisga-lo de vez.

PARA preencher a posição este é o terceiro nome, pois lá já estão Romero e Robson. O primeiro abonado pelo treinador Vojvoda, o segundo aquele tipo de atacante imprevisível, isto é, nunca se sabe o que produzirá em campo.

ARMA DO SILÊNCIO

SABE-SE que o técnico Tiago Nunes apresentou um listão de sete nomes ao presidente Robinson de Castro para as posições que ele considera carentes. Goleador, a principal delas.

ROBINSON, frio qual uma lápide, respondeu que irá avaliá-los junto aos seus dois executivos, pelos quais qualquer reforço passa pelo crivo da dupla.

BAZÓFIA. Como a última palavra é do presidente, independente do que a dupla disser, pode até pesar, não o suficiente para deixá-lo convencido. Ele mesmo toma a iniciativa de medir e pesar, especialmente, em relação ao preço, e qual o comportamento disciplinar por onde o indicado passou.

ESTE sempre foi seu estilo. Não seria agora que Robinson mudaria. Por conhecer as mumunhas do futebol, sabe também que, ao indicar reforços, cada técnico acaba incluindo seus preferidos. Não seria o Tiago Nunes que faria essa diferença.

PELO sim, pelo não, com os elencos que têm à disposição, Fortaleza e Ceará estão aparentemente bem servidos. O que pode fazer a diferença é no segmento da qualidade técnica. Como adivinhar em futebol é pecado mortal, é deixar a bola rolar em campo. Aí, com certeza, a verdade aflorará.

BOA VONTADE

DAS equipes que estão no andar inferior, os dois rivais à parte, o Floresta é o que tem mais poder aquisitivo, razão pela qual conseguiu formatar um time que transita entre o regular e bom.

CONTANTO não dê um passo maior que a perna, vai se contentando com o que tem. Opta por investir em jogadores formados nas bases. Como tem um centro de treinamentos de sólida estrutura, leva essa vantagem sobre os demais dentro da sua faixa.

FATALMENTE os valores vão se revelando, como este atacante Flávio Torres, de boa qualidade técnica. A contratação de um técnico com bom lastro de experiência no futebol ajuda a compor o quadro.

INTENÇÃO do Floresta é a de ser, num futuro não muito distante, a terceira força do nosso futebol, nas pegadas dos Ferroviário, que sobrevive muito mais pela tradição e por conta de alguns abnegados, dentre os quais o presidente Newton Filho.

A TURMA do Interior não passará do que apresenta em campo. São equipes medianas, cujo objetivo é a de marcar presença no Estadual. Caso do Icasa, de Juazeiro, que aos poucos está se erguendo, um bom prenúncio, mas muito distante daquele Verdão de um passado não tão distante.

COM o Guarani, seu grande rival, fora de cena, tem espaço livre pra ficar à vontade. Os clubes do Interior vivem na dependência do apoio financeiro das Prefeituras para que possam sobreviver.

CASO de Sobral, por exemplo, onde o Guarany sumiu do mapa, inclusive fora das disputas do Estadual, para desencanto de sua torcida. Não consta que o prefeito de lá goste de futebol.

REVOADA

CONTADOS nos dedos, o Ceará se desfez de 22 jogadores do elenco do ano passado. Nenhum que causasse o menor impacto ou sequer esboçasse alguma reação dos torcedores. E os que poderiam causar alguns foram emprestados ou negociados mesmo a preço de banana.

AO trazer de volta Richardson, que estava no futebol do exterior, Robinson de Castro saiu-se com esta — "Preferível apostar as fichas com quem já se conhece do que correr riscos em quem nunca de sabe".

NÃO revelou nomes, nem é do seu feitio. O caso de Leandro Carvalho, trazido do futebol paraense, dentro de campo bom jogador, fora das quatro linhas, como cada qual cuida da sua vida e dos seus atos, única forma de não tê-lo no elenco é emprestá-lo a cada ano. Atualmente, foi bater com os costados no Náutico, na esperança de que se redima. Não demora e estará de volta a Porangabuçu, neste vai-vem interminável.

Foto do Alan Neto

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