Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
ANO é mesmo do Pikachu, se for o caso, e deve, o craque da temporada, por unanimidade, nem duvidem. Dois gols dele contra o Ceará, não é bem seu papel, conseguiram desbancar o milionário ataque tricolor, que joga mais no nome. Futebol, necas.
DADO relevante. Antes de vir para o Fortaleza, ele foi oferecido ao Ceará pelos seus empresários. Alvinegro rejeitou, por entender que os muitos anos no futebol paraense, com passagem sem tanto brilho pelo Vasco, o fazia um jogador bastante rodado no futebol. O Fortaleza não embarcou nessa, fisgou seu concurso. O resultado aí está.
CHEGAM até mesmo, os mais exagerados, considerá-lo que o Tricolor é o Pikachu e mais dez. A preço de hoje, acaba sendo mesmo.
DERROTA para o maior rival, o Ceará perdeu invencibilidade de doze jogos, inclusos aí a Copa do Brasil. Mais além. Equipe, que não havia tomado um único gol na Copa do Brasil, levou dois, justo para quem jamais gostaria de perder.
POR algum acaso, alguém viu em campo o Vina, pelo Ceará, e o Silvio Romero, pelo Fortaleza? Duas figuras absolutamente nulas. Vina parece ser de veneta. Ou seja, atua bem quando entende de jogar. Não demora e cairá na desgraça do torcedor. Parece ter desaprendido tudo que sabia.
OUTRO caso foi o atacante Silvio Romero, marcado pela própria sombra. E pensar que Ceará e Fortaleza travaram, pela sua contratação, uma queda de braço, ganha pelo Tricolor, hoje arrependido da hora que nasceu. Enquanto Robinson de Castro pulou uma enorme fogueira de São João.
TANTA gritaria feita pelo Ceará, na tentativa de vetar a vinda do árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, deu em nada. Entrou num ouvido da Comissão de Arbitragem da CBF e saiu pelo outro. Diferente daqui, a CBF não aceita vetos a nomes indicados por sua Comissão Técnica pra não abrir precedente perigoso.
VERDADE seja dita, Nascimento não teve a menor influência no resultado. Caso do pênalti do goleiro João Ricardo foi tão claro como a água do Rio Jaguaribe. Pra completar, nenhum jogador alvinegro protestou.
FORTALEZA sorri pela bufunfa que está mais perto de faturar, rondando a casa dos R$ 4 milhões. Não bastasse, está vendo um pouco lá adiante as quartas de final da Copa do Brasil, no jogo de volta, logo ali, em julho.
PRA completar, deixa as contas do clube rigorosamente em dia, afora o bicho molhado, que ninguém revela existir, porém é vero. E ninguém duvida que entre o salário mensal e o bicho por vitória, a opção do jogador nem carece responder...
MARCELO Boeck nunca foi o preferido do técnico Vojvoda, que, antes dele, chegou a priorizar até mesmo o terceiro reserva. Por não haver outra alternativa, o jeito foi escalar o Boeck, há quase cinco anos no Pici. E pelo que vem jogando, pegando tudo, dificilmente, perderá a posição.
SE vai servir de consolo, a diferença de vitórias no clássico entre Alvinegros e Tricolores diminuiu. Agora, são oito nos 522 jogos oficiais realizados. Não é nada, não é nada, mas já foi um alento. Até o final deste ano, ainda vão se enfrentar duas vezes.
Cada técnico com sua mania. Por vezes, esdrúxulas. Caso do Marquinhos Santos, novo treinador alvinegro. Na borda do campo, ao invés de orientar seus comandados na base do grito, prefere assoviar estridentemente. Os atletas em campo podem até ouvir o silvar do assovio, mas entender que é bom, bulhufas...
PARA os colecionadores de curiosidades, que são incontáveis, o Ceará, que não perdia como visitante para o rival tricolor há dois anos e cinco meses, finalmente sentiu o travo da derrota.
POR mais que tente entender quem é visitante ou quem é mandante, se os dois clubes são da terra, não consegue entrar na minha cachola. Qual, por exemplo, a vantagem do mandante sobre o visitante, se as caras manjadas são as mesmas?
ASSUNTO puxa outro, houve uma escrita quebrada. Qual mesmo? Ceará não perdia como visitante, bem entendido, para o rival tricolor há dois anos e cinco meses. Ou seja, em nove jogos, havia vencido quatro e empatado cinco. Ok, ok, e eu com isso...
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