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Os efeitos e as curiosidades do início do returno do Brasileirão para Ceará e Fortaleza
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Os efeitos e as curiosidades do início do returno do Brasileirão para Ceará e Fortaleza

COMEÇO do returno, a briga agora é lutar pela sobrevivência, cada um dos 20 clubes com as armas de que podem dispor, especialmente a turma do meio para baixo
Lateral-direito Nino Paraíba e volante Gabriel Menino disputam bola no jogo Ceará x Palmeiras, na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série A (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
Foto: Cesar Greco/Palmeiras Lateral-direito Nino Paraíba e volante Gabriel Menino disputam bola no jogo Ceará x Palmeiras, na Arena Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série A

COMEÇO do returno, a briga agora é lutar pela sobrevivência, cada um dos 20 clubes com as armas de que podem dispor, especialmente a turma do meio para baixo.

QUEM flana lá do alto, os chamados grandes, não têm tanta preocupação, tais Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Atlético Mineiro, Internacional, quer dizer, os de sempre. Do meio pra baixo, tudo é canela.

QUEM está na rabeira, entre os quatro últimos, esses terão que redobrar suas forças. Fortaleza, infelizmente, neste rol, apesar de, por conta da vitória sobre o Cuiabá, deu bom salto de três pontos, entregando, de mão beijada, a incômoda lanterna pro Juventude. Cuiabá, a quem o Tricolor venceu, está também neste rol, primeiro dos quatro. São companheiros de infortúnio, tirante ele, Cuiabá, se enfileiram pela ordem — Fortaleza, Atlético-GO e Juventude.

ESTA zona, também conhecida como areia movediça, não é tão difícil a queda livre, mas sair de lá é que são elas. Quem quiser fazer as contas, sinta-se à vontade. Há quanto tempo este quarteto fixou morada por lá, esperneando, estrebuchando, esperando que os ventos uivem para os seus lados, como única tábua de salvação, vá lá que seja.

RÁPIDO paralelo entre os dois cearenses, o Ceará tem um saldo de seis pontos a seu favor, ou seja, o rival tricolor terá que vencer dois jogos seguidos, totalizando o mesmo número, contanto o Alvinegro não saia do lugar, não vença mais ninguém, por lá se petrifique. Os números são cruéis, tais como as cartas, não mentem jamais.

ENCANTADORES DE SERPENTES

NUNCA fui chegado a fazer previsões. Primeiro porque são palavras ao vento. Depois porque previsão é parede e meia da adivinhação. Pra completar, ficar a apontar o dedo sujo, onde um acertou e o outro errou, também não passa de mero paliativo. Diante da realidade, nua e crua, dos números que não mentem jamais, a única saída é a de se vergar diante do que está feito. O que virá depois daí não passará de tolo exercício de futurologia, de quem não tem outra coisa melhor pra fazer.

OS erros são de origem, na formatação dos elencos, quando os cartolas, tangidos pela conversa de empresários de porta de clube, comparados a encantadores de serpentes, embarcam nesta canoa, muitas vezes furada. Um erro atrás do outro, o fracasso está logo ali, um palmo adiante do nariz. Não há empresário tolo, embora de dirigentes metidos a dono da verdade e sabichões, o purgatório está entupido.

CURIOSIDADES ÀS PENCAS

PEQUENAS curiosidades na reabertura do returno, vulgarmente conhecida como virada da montanha, que passaram ao largo dos chamados observadores de minúcias. Exceções, lado que me toca, do Sérgio, meu irmão, Miguel Júnior e Régis Medeiros, guardiões da minha trêfega memória. Sem eles por perto, estaria perdido e mal pago. Anotem, pois, e passem adiante.

QUARTO jogo do Tiago Galhardo no Fortaleza. Nada contra, mas que tal ele marcar o dia da sua estreia? Atuou em três partidas, tomando cartão amarelo em duas, decididamente, um péssimo indício. Desconfiem muito de jogador que adora tomar cartão. Galhardo está neste rol...

QUANDO não é oito, é oitenta. Banco do Fortaleza, dois goleiros, Boeck, que nunca se firmou como titular, e Polli, que não se perca pelo sobrenome. Qual deles é mais reserva do que o outro? Os dois...

QUEM se lembra de ter visto o Silvio Romero, aquele mesmo por quem tanto o Ceará brigou para tê-lo em seu elenco, perdeu a queda de braço para o Fortaleza? Pois bem. Foi visto, sim, na comemoração do gol de Robson. Antes disso não passou de um fantasma perambulando no Castelão...

FORTALEZA, do imexível Vojvoda, por qual razão só atua um tempo, como se uma partida tivesse apenas 45 minutos. No segundo tempo, a queda de produção chega a ser estarrecedora, como se, por encanto, tivesse ficado dentro do vestiário...

NEM apelando para o tradicional cara ou coroa, alguém terá coragem de apontar qual o melhor jogador de tricolores e alvinegros neste Brasileirão. Colombiano Mendonza pode até fazer a diferença. Muito mais pela corrida desenfreada do que pelo futebol. No Fortaleza, o zagueiro Benevenuto, apesar de cercado de bonzinhos e esforçados por todos os lados...

ARBITRAGEM de ruim a péssima neste Brasileirão, poucos se salvam ou nenhum. Tome-se como exemplo o Daronco, o Tarzan do apito, a ponto de sair chamuscado pelos dois adversários. Como tem o físico avantajado, os jogadores temem confrontá-lo...

APARECEU, finalmente, a transação mais cara do nosso futebol. Trata-se de Guilherme Castilho, sobre quem, antes, ninguém ouvira falar. Seu passe beirou a casa dos R$ 10 milhões, quer dizer, a metade da milionária folha do Palmeiras...

PRA completar este rosário de amarguras, foi para o espaço a longa invencibilidade do Ceará dentro do Castelão, bem entendido. Última derrota aconteceu dia 30 de abril, ou seja, três meses antes...

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