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Os efeitos da derrota do Ceará para o São Paulo pela Sul-Americana
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Os efeitos da derrota do Ceará para o São Paulo pela Sul-Americana

O jogo dos invictos pela Sul-Americana foi um purgante. Frio, insosso, chances raras, finalizações dispersas. Tirante o pênalti que o bom goleiro João Ricardo pegou, nada mais que emocionasse
Lateral-esquerdo Victor Luís e atacante Calleri no jogo São Paulo x Ceará, no Morumbi, pela Copa Sul-Americana (Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net)
Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net Lateral-esquerdo Victor Luís e atacante Calleri no jogo São Paulo x Ceará, no Morumbi, pela Copa Sul-Americana

POIS não é que caiu no colo do técnico Marquinhos Santos o Ceará ter perdido a invencibilidade de oito jogos na Sul-Americana? Somatório geral, oito vitórias, o Alvinegro, até então, tinha em seu poder a melhor campanha de todos os clubes. Agora, ruiu por terra. Motivo a mais para a torcida alvinegra intensificar as vaias sobre o treinador. Alias, a torcida não vai com sua cara desde que o nome foi anunciado.

DUAS, uma. Ou o Marquinhos ainda não se tocou sobre essa impiedosa sua rejeição, ou, por outra, se finge de mouco pra poder passar.

ALIÁS, assunto puxa o outro. Só pode ser segredo igual, ou parecido, com a da Sierra Madre este repúdio dos torcedores alvinegros contra o técnico. Do lado de fora, Marquinhos tem certeza que não é com ele. Se não for, vai ver é com o roupeiro...

PRESIDENTE Robinson de Castro, autor da escolha do Marquinhos, tem sempre uma resposta na ponta da língua — "Técnico está, ali, na borda do campo, pra receber vaias ou aplausos. Se, no caso dele, que mais vence do que perde, mantém o Ceará na zona intermediária, não tenho nada do que reclamar".

ANTES que esqueça. Marquinhos deve ser o técnico do Ceará mais vaiado, antes mesmo do time entrar em campo, fato inédito dos tantos que já passaram em Porangabuçu. Gratuita, tenham certeza, essa ojeriza não é. Deve ter uma causa, ou várias. Quem se arrisca a descobrir?

FANTASMINHA

QUEM reparou? Vina, que hoje joga mais com o nome, porque seu bom futebol sumiu, foi visto em campo uma única vez. Naquele lance em que lançou o Mendonza, que, infelizmente, chegou cinco segundos atrasado. No mais, zanzou nas quatro linhas feito um fantasminha camarada.

QUEM reparou? O colombiano quando não é oito, é oitenta. Por conta da sua correria desenfreada, ou chega cinco segundos antes, ou cinco segundos depois da bola.

PURGANTE

PRECISA ser dito. Se-lo-á (parafraseando o Temer) agora. O jogo dos invictos pela Sul-Americana foi um purgante. Frio, insosso, chances raras, finalizações dispersas. Tirante o pênalti que o bom goleiro João Ricardo pegou, nada mais que emocionasse.

SOBRE pênalti perdido, o grande Aloísio Linhares, o Caravelle, apelido que ganhou por suas defesas acrobáticas, tinha uma definição, bem ao seu feitio.

SEM tirar, nem por — "Cabe ao goleiro ficar olhando dentro dos olhos de quem vai cobrar o pênalti até deixá-lo encabulado. Se possível, abrir bem os braços, sempre em movimento, contando o batedor fique desconcentrado".

DETALHE. Aloísio foi quem mais defendeu penalidades no futebol cearense. Tinha uma explicação? Pela sua ótica, sim. Quem vai cobrar o pênalti fica mais nervoso do que o goleiro que vai tentar defender.

— "QUEM vai bater precisa ter frieza, que nem todos têm. Diferente do goleiro, que não está na obrigação de defender. Se conseguir ou a sorte o ajudou ou batedor se desconcentrou".

GAROTO ASSOVIADOR

CADA técnico com sua mania. A de Marquinhos Santos, do Ceará, já se tornou uma marca. Passa mais tempo assoviando e batendo com uma das mãos no braço. Quanto ao assovio, ninguém entende bem onde quer chegar, quanto mais o jogador dentro de campo, muito mais preocupado com o desenrolar da partida do que os desvarios fora dele.

BATIDA no braço só pode significar mais sangue, mais garra. Ou então jogo de cena, pra mostrar serviço. A verdade é que — dentro das quatro linhas, o jogador está se lixando para gritos do técnico ou seus assovios. Aliás, a depender do torcedor, Marquinhos sequer teria vindo para o Alvinegro. Se for pra mostrar serviço, tempo perdido.

MENOS UM

CONTADO nos dedos, Cléber ou Clebão, vá lá que seja, tentou dominar a bola quatro vezes e não conseguiu, como a indicar que dele quer distância de tanto ser maltratada.

ALIÁS, quem indicou o Clebão ao Ceará devia estar no Kiev, tentando acabar com a guerra...

ENSOPADO

E O CENI, hein! De tanto suar na borda do campo, a camisa fica ensopada. Argh! Nos tempos do Fortaleza era a mesma coisa. Precisava, no intervalo, trocar a camisa. No São Paulo, por usar blusão, já imaginaram como não sai encharcado? Neste caso, troca-se o blusão ou toma-se um banho?

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