
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
FORTALEZA precisava, mais do que nunca, daquela vitória sobre o Corinthians (1x0), dentro do Castelão, e o Ceará precisava, ao menos, não perder contra o Bragantino, lá dentro de Bragança, numa partida tumultuada, onde deu de tudo. Não venceu, embora até devesse, pelas circunstâncias da partida tão tumultuada, por conta e risco de uma arbitragem desastrosa.
TRICOLOR saiu-se bem, com a vitória sobre o Corinthians (1x0), aqui no Castelão, dando bom salto na tabela. Moisés, como sempre oportunista, fez o gol do da vitória. Que boa alavancada deu o Fortaleza neste Brasileirão, onde a briga pela sobrevivência faz de cada jogo uma guerra.
PARA se ter uma simples ideia do houve em Bragança, por exemplo, o Ceará precisou bater três pênaltis para finalmente valer um, cenas tão grotescas, beirando ao ridículo, naquela do valeu-não-valeu, bate outra vez, até que finalmente o gol foi convertido. Infelizmente o Alvinegro não tem um batedor de pênalti que preste. Dentro da casa do Bragantino, num estádio de proporções diminutas, é tarefa bastante difícil dobrá-lo. Ceará sabia disso. Pra completar enfrentou uma arbitragem pusilânime.
MESMO que o Alvinegro não tenha chegado ao que queria, caso a vitória, o lx1 deu-lhe um outro alento, parafraseando aquele surrado bordão do empate que valeu por uma vitória. Vá lá que seja, se servir de consolo. Some-se a tudo isso um árbitro daquele tipo caseiro, que faz de tudo para se sair bem na fita até contanto o Bragantino não perdesse em seus domínios.
DESSES tipos existem às pencas no futebol brasileiro. Vento a favor pra quem atua em casa, quem vem de fora que se vire ou se lixe. Chega rima. É preciso ter nervos de aço para aguentar tantas cenas grotescas. Espetáculo de circo, com o devido respeito aos palhaços, perde longe e feio.
PRA completar a obra, até o VAR deu sua colaboração inestimável na marcação da penalidade a favor do Bragantino. Desde que não perdesse em casa, estaria valendo tudo. Com o empate, salvou a sua pele. O Ceará que vá agora reclamar à CBF ou ao Papa.
ANTES que esqueça, a partida foi de péssima qualidade técnica, onde nenhum dos dois merecia vencer, retrato fiel de uma pelada de beira de praia.
É EXPLICÁVEL. Afinal que peso político podem ter junto à madrasta do futebol brasileiro? Nenhum. Se é assim, o empate fica conveniente para a dupla, o apitador sai ileso, apesar de toda pantomima provocada. Não há sequer necessidade de dizer que o jogo foi de uma mediocridade de fazer dó.
AQUI, no Castelão, o Corinthians veio com o objetivo único de não perder pontos. Não teve outra alternativa senão a de armar um bloqueio na meia cancha, para proteger a defesa. Tentar vencer o Fortaleza ficaria relegado a plano inferior.
QUEM vem com esse objetivo está pedindo pra perder, deixando o time da casa totalmente à vontade para assumir as rédeas do jogo. O bloqueio corintiano estava armado até os dentes. Equipe que assume tal postura objetiva o empate, enquanto vencer fica relegado a plano inferior.
FORTALEZA não se fez de rogado, foi buscar aquilo que só lhe interessava. Fácil até de explicar. Se o adversário, mesmo com o peso do nome que tem o Corinthians, se mostra em campo um time cheio de medos e precauções, está dando margem pra ser derrotado. O Tricolor, então, sentiu-se bem mais à vontade.
DEMOROU um pouco, acabou acontecendo, pois Moisés é predestinado a balançar as redes. O gol que marcou, driblando o zagueiro adversário, deixando-lhe esparramado no gramado, antes de concluir pras redes, foi um colírio. Se tivesse ao seu lado um companheiro que jogasse mais por perto, formando uma tabelinha de quem conhece o caminho das redes, seguramente o resultado teria sido mais dilatado.
ENSINA a máxima do futebol que equipe que vai a campo com finalidade única de não perder está pedindo pra perder. E o Corinthians foi atendido prontamente. O clube paulista fez um jogo amarrado, feio, como se tivesse como norte não sair de campo derrotado. Quem faz esse tipo de jogo, óbvio, está dando margem suficiente para o adversário se servir à vontade.
FORTALEZA adiantou suas linhas, foi em busca do único resultado que lhe interessava, no caso a vitória. Mereceu 1x0 com toda justiça, que bem podia ter sido por um placar maior não fora as chances desperdiçadas e o Corinthians ter um goleiro como o Cássio, um verdadeiro paredão.
ENFIM, vitória merecida, embora se o placar fosse acima de dois fizesse mais justiça a quem foi melhor, mais objetivo, disposto a alcançar a vitória, único placar que lhe interessava. Essa a diferença do Fortaleza de Vojvoda, com sua cartilha argentina imposta no Pici.
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