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Os mistérios do futebol na caminhada de Fortaleza e Ceará no Brasileirão
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

Alan Neto esportes

Os mistérios do futebol na caminhada de Fortaleza e Ceará no Brasileirão

Por enquanto, Fortaleza e Ceará cumprem suas respectivas lições. Se não podem alçar voos maiores que, pelos menos, tentem cumprir a missão de continuarem dentro do Brasileirão
Tipo Opinião
Atacante Calleri e zagueiro Marcelo Benevenuto disputam bola no jogo São Paulo x Fortaleza, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro Série A (Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net)
Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net Atacante Calleri e zagueiro Marcelo Benevenuto disputam bola no jogo São Paulo x Fortaleza, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro Série A

FUTEBOL, cercado de tantos mistérios, por todos lados, qual uma monumental ilha, trará sempre em seus bojo surpresas agradáveis e desagradáveis. Faz parte desta ciranda permanente de quando a bola começa a rolar dentro das quatros linhas. Não fora assim, somente prevalecesse o lugar comum, também não teria a menor graça, nem o menor sentido.

LUGAR comum, no caso em questão, é aquele em que os favoritos sempre vencem como se já houvesse resultado decretado por antecipação. Nunca foi assim, jamais será desta forma. Um carimbo já em desuso faz bom tempo, quando a geografia passou a encurtar e a bola passou a correr da mesma forma para os dois lados.

MAIS cedo ou mais tarde esses novos tempos chegariam apesar da longa espera. Compara-se a uma longa estrada na qual se percorre, sem a esperança de que ela um dia mude seu rumo, tendo pela frente os mesmos obstáculos, nos mesmos locais e neles sempre se tropeçando. As lições (e os caminhos) estão aí para ser aprendidas, mais tempo, menos tempo.

CASOS tanto de Ceará quanto de Fortaleza, glebas que a nós pertencem, revelam essas mudanças, benfazejas para o nosso futebol e o Nordeste de uma forma geral. Sem esquecer que alvinegros e tricolores são os únicos representantes desta banda do Brasil na disputa da Série A.

CABE outra pergunta instigante. Progredimos nós, enquanto os demais Estados nordestinos deram passos para trás, especialmente Pernambuco e Bahia? A resposta é igualmente óbvia. Estamos bem servidos com nossas duas maiores forças, cada qual dentro do seu espaço, na busca do mesmo objetivo.

POR enquanto, Fortaleza e Ceará cumprem suas respectivas lições. Se não podem alçar voos maiores que, pelos menos, tentem cumprir a missão de continuarem dentro do Brasileirão, carimbando seus passaportes para o ano que vem. Esta é a meta prioritária, pois chegar ao Brasileirão já é uma caminhada longa e áspera, imaginem nela continuar.

NÃO falta tanto terreno assim para que essas metas sejam atingidas, embora ainda falte um bom caminho até cruzar a reta de chegada. Até lá, os obstáculos são cada vez maiores e as dificuldades idem. Se mantiverem o mesmo ritmo, conseguirão ter êxito, a não ser aconteça alguma hecatombe, no futebol muito comum acontecer. Que Deus livre tricolores e alvinegros desta praga, já não bastasse o longo tempo de espera. Espera-se e aguarda-se logrem manter firme essa marcha.

RETAS & CURVAS

ÚLTIMA rodada disputada ocorreram algumas curiosidades interessantes, dignas, pois, de registro. Atentem e anotem. Se for o caso, podem (e até devem) passar adiante. Vamos a elas.

PARA quem acredita em tabu, termo criado pelo genial Gentil Cardoso, que caiu no gosto popular, como a história a zebra, existia um segundo o qual o Fortaleza nunca vencera uma partida contra Rogério Ceni, aquele que pulou do barco tricolor. Como tudo na vida, este tabu foi detonado dentro do Morumbi, com a vitória de 1x0. Faltou alguém para dedicar ao infiel Ceni a vitória tricolor.

NADA contra ele, nem a favor. Mas o papelão que protagonizou ao deixar o Pici da forma como fez são coisas que nenhum torcedor jamais esquecerá. Pois bem. O Tricolor venceu (1x0) como se não bastasse e para dar um gosto mais especial ao resultado, dentro do Morumbi.

ATENTEM agora para este outro detalhe, conta e risco das voltas que o mundo da bola dá. De lanterna até então, na virada do turno, a contumaz líder invicto e absoluto do returno. Cabe outra indagação — melhorou o Fortaleza ou pioraram os outros? Apostem na primeira hipótese.

INSTILE-SE mais uma outra. Na enxurrada da contratação de oito reforços, na janela que foi aberta, sete foram relacionados para o jogo contra o São Paulo. Apenas um ficou de fora — Luan Polli. Prazer.

HERÓI do feito tricolor dentro do Morumbi, o goleiro Fernando Miguel, com defesas monumentais e portentosas (que palavra!), a ponto de ser, final do jogo, carregado nos braços pelos companheiros.

O QUE pouca gente sabe. O Fortaleza, tem 100% de aproveitamento no segundo turno entre os vinte clubes. Cinco jogos, cinco vitórias, seis gols a favor, nenhum contra. Podem acreditar. É vero!

ENQUANTO o São Paulo, em total queda livre, chega à marca de quatro partidas sem vencer, juntando as três competições que disputa — Brasileirão, Sul-Americana e, completando o périplo, Copa do Brasil. Nos últimos treze jogos na Série A só venceu dois. Desnecessário dizer que Ceni está na fila do cadafalso do tricolor paulista.

PREVISÕES alteradas. Ao cabo de um mês, o Tricolor, de provável rebaixado, incluso aí a Sul-Americana. Motivo simples de ser explicado — venceu cinco jogos seguidos, faturando quinze preciosos pontos.

ME remete à frase simples e histórica do inesquecível Gleídson Serafim — ganhando sobe. Perdendo desce. Empatando? Não sai do lugar.

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