
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
FORTALEZA preferiu voo direto, Maldonado à nossa capital, duração dez horas, ao senta, levanta da viagem de ida, que demorou mais tempo pra chegar ao seu destino. Vantagem ou desvantagem?
TUDO isso em função do jogo, amanhã, contra o Náutico, PV, 19 horas. Quanto se há vantagem ou não, leve-se em conta o fator psicológico. Convenhamos que passar dez horas dentro de um avião sem ter nada o que fazer, apenas olhar para as nuvens, alguns até tentam dormir ou fingem para deixar o tempo passar. Ou, então, ficar batendo papo sem pé, nem cabeça. Ler algum livro, ou jornal, vá lá que seja, mas a maioria não gosta.
QUEIRAM ou não, cria-se um clima de expectativa, maioria olhando para os relógios, contando minutos e décimos, enquanto o tempo passa lenta e preguiçosamente. Um sonífero podia até dar uma ajuda, contudo, terminantemente proibido pelo DM para evitar costume e por incontáveis motivos. Vai ver se viciam e este peso na consciência ninguém quer ter.
ENFIM o desembarque — ufa! —, todos para casa, folga de 24 horas, porque amanhã já tem bola rolando contra o Náutico, pela Copa do Nordeste, menos mal 19 horas, mais tempo para descansar.
HÁ exceções, claro, em viagem voo direto, longa distância. Raras, mas existem. A maioria finge que é até melhor. Bazófia. Chega mais rápido. Como assim, cara-pálida? Experimentem passar dez horas num voo direto, depois digam qual o resultado? O entra e sai para o banheiro é uma constante. E os que têm tendência para enjoar? Haja saquinho plástico. Argh!
ENFIM, cada qual tem reação diferente, mas também não revela. Quem disser que fator psicológico não funciona, conversa pra boi dormir, lorota. Montante que a diretoria gastou não vem ao caso, problema da Conmebol, patrocinadora da Libertadores.
BOLA em campo, rolando, em Maldonado, uma pelada daquela de dar calo nos olhos. Atravessariam a noite e ninguém balançaria as redes. Dois times parecidos, em ruindade, bem entendido, queriam tudo, menos jogar bola. Três ou quatro chutes, quando muito, em direção ao gol, sem muito sucesso. Por cima das traves ou pra fora, uma sucessão de erros de dar fadiga, especialmente ao narrador de televisão, se é que houve. Aconteceu até um gol anulado pelo VAR. O árbitro em campo só notou o erro quando foi chamado atenção pelo VAR. Como pra mim serve como poderoso sonífero, nem procurei saber se houve transmissão via tevê, para tirar a dúvida se o lance foi normal ou não.
VAR foi criado para desmoralizar o apitador em campo, que, de há muito, deixou de ser a autoridade maior. O VAR tirou deles, árbitros, este poder. Chegará um tempo, não está longe, que nem haverá necessidade mais de apitador ou bandeirinhas nas quatro linhas. Deixa por conta do VAR, que passou a ser autoridade máxima. Basta ser acionado.
OS narradores de rádio são diferenciados porque sabem enfeitar o bolo como ninguém. Renílson e Vavá, com especialidade, são craques na matéria. Os demais colegas não lhes ficam atrás. Por vezes narram uma partida com mais inspiração, um pouco de transpiração também não faz mal, daquilo que estão vendo na telinha. Daí minha preferência, mil vezes, pelo rádio.
FICOU tudo para ser decidido, no jogo de volta, reabertura do Castelão, fechado faz bom tempo para mudança da grama. Já disse mil vezes. Se não colocaram a grama sintética, mais tempo, menos tempo, o problema estará de volta. Perguntem ao Quintino Vieira se dará resultado o novo gramado, principalmente agora, que o inverno pegou pra valer. Ele responderá o de sempre, ou seja, os clubes não concordaram.
GRAMADO novo, tudo bem, nada contra. Pergunta direta para o Quintino Vieira responder, se quiser, ou ficar calado. E as melhorias dos outros setores — catracas, placar, climatização dos camarotes, cabines de rádio, de TV, elevadores, enfim, como estão?
ESPERA-SE que o Governo não pague este mico, isto é, se o Elmano gostar de futebol. Seu antecessor Camilo raramente foi visto no Castelão. Nem pra dar o indefectível e ultrapassado pontapé inicial. Pra tirar de letra, dizia que torcia pelo Icasa, da sua terra. Ninguém conferiu. Nem meu Padim...
REABERTURA do Castelão confirmada para a revanche entre Fortaleza x Maldonado, quinta que vem. Casa cheia, nem duvidem. O empate na partida de ida provocou toda esta motivação.
ENQUANTO isso, o anódino Estadual, enfim, já pelas quartas de final. Jogo de ida no PV, Ferroviário venceu por 2x0 ao Maracanã. Hoje, lá em Maracanaú, cujo estádio é pequeno e desconfortável, Ferrão leva a vantagem de um gol de diferença. O grande prefeito Roberto Pessoa esqueceu do futebol, que parece não entrar no seu facho.
AMANHÃ, no PV, muda o chip, Fortaleza x Náutico (PE), 19 horas, pelo Nordestão. Tantos jogos, por competições díspares, é ou não de endoidar a cabeça de qualquer um? A minha, por exemplo, virou uma farinhada...
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